Se Kleber Mendonça falou, tá falado!
O cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho recomendou em suas redes sociais que assistam ao premiado “O Agente Secreto” no Cine São José, em Afogados da Ingazeira.
“Veja o Agente Secreto no Cine São José de Afogados da Ingazeira”, disse, postando uma imagem do belo prédio no Sertão de Pernambuco. Kleber atendeu à interação do odontólogo Bruno Senhor, que recomendou a ele indicar assistir o filme no cinema histórico. “Só se for agora”.
O post tem várias interações e gente elogiando a beleza do nosso Cine. Acaba sendo um presente por seus 83 anos completados ontem.
O prédio foi idealizado pelo farmacêutico Helvécio César de Macedo Lima e nasceu chamado Cine Teatro Pajeú, inaugurado em 14 de Novembro de 1942.
As máquinas operadoras e projetores foram importados da Alemanha.
Não deixa também de ser uma homenagem a todos que atuaram por sua reconstrução, começando pela Associação Cultural São José, com Marcos Antônio, Augusto Martins, Carrinho de Lica, Evanildo Mariano e José Arlindo. Eles tocaram as atividades de 1994, com a reconstrução, até 2016, quando o Cine parou de exibir.
Só em 2020, a Fundação Cultural Bom Senhor dos Remédios – atual administradora do cinema em comodato com a Diocese de Afogados da Ingazeira, detentora do prédio, com a qual a Fundação também tem ligação – adquiriu o equipamento que gera filmes no espaço, um projetor digital da marca Christie, com investimento de mais de R$ 250 mil, considerando todas as etapas. Conseguiu captação de recursos para a mostra de curtas e outros projetos com Fundarpe e Empetur, além de parceria com a prefeitura de Afogados para eventos públicos no espaço.
O espaço retomou as exibições regulares em outubro de 2020, com equipamentos de projeção digital e sistema de som 5.1, a única sala de cinema de rua com atividades regulares no interior de Pernambuco. Mais um feito histórico na contramão dos movimentos de exibição nacional.
Também adquiriu com recursos da Lei Aldir Blanc recursos para nova tela e cadeiras, em projeto conduzido pela Pajeú Filmes, de Bruna Tavares e William Tenório, outros apaixonados pelo Cine, com trabalho voluntário, de amor pelo espaço.
Hoje, vejo que aquela decisão de adquir o projetor, graças também ao caixa que a Fundação detinha pelo trabalho e protagonismo da Rádio Pajeú, valeu a pena. O Cine São José pulsa e resiste.
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