Opinião: alguns vereadores na região precisam rediscutir seu papel
Claro que há casos e casos, que há excelentes parlamentares na região e que a generalização é burra e injusta.
Mas em uma região marcada por tantos desafios sociais, econômicos e estruturais, como é o caso do Sertão do Pajeú, espera-se que as câmaras de vereadores estejam à altura da responsabilidade que lhes cabe.
No entanto, o que se vê, infelizmente, é um cenário preocupante de distanciamento entre os legisladores e os reais anseios da população, salvo exceções.
A região espera debates propositivos sobre saúde, educação, segurança, mobilidade, geração de emprego e alternativas para o semiárido.
Mas na imprensa os registros mostram que há vereadores que optam por gastar tempo – e recursos – com discussões irrelevantes ou mesmo contraproducentes. Casos recentes na região incluem debates acalorados sobre o uso de “bebê reborn”, mudanças em nomes de praças que já homenageavam personalidades locais, e até ataques infundados à imprensa que apenas cumpre seu papel de fiscalização e informação.
Ainda mais grave, surgem relatos de vereadores sendo acusados de assédio por funcionárias das casas legislativas. A política local, que deveria ser exemplo de serviço à coletividade, por vezes se transforma em palco de comportamentos reprováveis e práticas que em nada contribuem com a democracia.
Outro problema é a falta de independência: ou se é excessivamente governista ou radicalmente oposicionista.
A criação de ferramentas como a Comissão Parlamentar do Pajeú, COPAP, disposta a ser reativada, pode ser um dos caminhos para fortalecer a formação dos parlamentares.
Veja o comentário que foi ao ar no Sertão Notícias de hoje, na Cultura FM: