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Odebrecht adotou a corrupção como modelo de negócio profissional, diz procurador

Por Nill Júnior

Uol

daltO coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou nesta quinta-feira (28), que a Odebrecht, durante a gestão de Marcelo Odebrecht, herdeiro da família que fundou a maior construtora do país, implementou um sistema profissional de pagamento de propinas. “Se trata de uma sofisticação dos métodos de lavagem de dinheiro, a corrupção foi adotada como modelo de negócio profissional”, afirmou Dallagnol.

A fala do procurador da República foi feita ao explicar uma das denúncias oferecidas pela força-tarefa nesta quinta, e que tem como alvos os funcionários do “departamento de propinas” da Odebrecht, o próprio Marcelo Odebrecht e o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que trabalharam nas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Lula (2006).

Ao todo, foram 12 denunciados nesta acusação, incluindo Maria Lúcia Tavares, ex-secretária da Odebrecht e primeira funcionária da empreiteira a decidir colaborar com as investigações e admitir a existência do setor de pagamentos ilegais da empresa. As descobertas das operações Acarajé e Xepa embasaram a denúncia.

Na acusação, a Procuradoria da República aponta que a Odebrecht, por meio doSetor de Operações Estruturadas, nome oficial do “departamento da propina” e com o apoio de doleiros, teria lavado US$ 6,4 milhões no exterior, equivalendo a R$ 23,5 milhões.

O Ministério Público Federal identificou que este valor foi destinado ao casal de marqueteiros por meio de 45 pagamentos “por fora”, realizados de 24 de outubro 2014, durante o período eleitoral, até 22 de maio 2015. Além do casal de marqueteiros, as investigações da Lava Jato revelaram vários outros destinatários dos pagamentos ilícitos da empresa, que ainda estão sendo apurados e não foram alvos desta denúncia.

Ao explicar o funcionamento do esquema profissionalizado, Deltan apontou que “se adotavam muitas cautelas profissionais para que os pagamentos ilícitos fossem feitos sem serem descobertos”. Tais procedimentos iam desde o software My Web Day, utilizado para a contabilidade da propina, o programa de comunicação entre os funcionários por meio de códigos chamado Drousys e até as cautelas para fazer entregas de dinheiro em endereços diferentes. “Enquanto empresas estruturam sistemas de compliance, eles (Odebrecht) criaram um sistema pelo contrário, para permitir o pagamento de propinas”, afirmou Dallagnol.

Outras Notícias

Ângelo Ferreira se despede da Alepe

Esta terça-feira (20) foi um dia marcado por despedidas, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Ângelo Ferreira foi à tribuna da Casa de Joaquim Nabuco para agradecer o convívio com seus colegas no exercício do seu terceiro mandato e anunciar seu afastamento. A partir de janeiro de 2017, ocupará o cargo de gestor […]

img_2423Esta terça-feira (20) foi um dia marcado por despedidas, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado estadual Ângelo Ferreira foi à tribuna da Casa de Joaquim Nabuco para agradecer o convívio com seus colegas no exercício do seu terceiro mandato e anunciar seu afastamento.

A partir de janeiro de 2017, ocupará o cargo de gestor municipal de Sertânia, no Sertão do Moxotó. Em seu discurso, o prefeito eleito lembrou de suas ações como deputado. Na sua fala, pontuou ainda sobre a convocação do povo de Sertânia para que assumisse a Prefeitura do município. Vinte anos depois de seu primeiro mandato como prefeito da cidade, Ângelo volta a ocupar a posição pela terceira vez.

“O povo de minha cidade, Sertânia, amargou um desgoverno nos últimos quatro anos. A população pediu e atendemos a essa necessidade, pois nosso dever como homem público é lutar a favor do povo, do seu lado. A partir de primeiro de janeiro de 2017, estarei ocupando o cargo de gestor municipal, em Sertânia. Posição que assumo, com orgulho, pois tenho a confiança dos sertanienses e a certeza de que podemos voltar a viver com dignidade naquela cidade”, relatou.

O parlamentar também se despediu logo cedo, pela manhã, das comissões, que fez parte na Casa. Atuou como vice-presidente da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça e ocupou a presidência da Comissão de Administração Pública. “Foi muito importante, na minha vida, na minha passagem por essa Casa ter presidido esta Comissão e ter tido a oportunidade de ser vice na de Justiça, por onde entram os Projetos de Lei. Quero ressaltar o trabalho e agradecer o empenho de todos”, celebrou.

Evandro Valadares: “nosso grupo segue unido”

O prefeito de São José do Egito,  Evandro Valadares,  do PSB, gravou um vídeo reafirmando apoio a seus candidatos ao executivo,  senado e legislativo. “Nós estamos do jeito que começamos. Nós estamos com Danilo, Nós estamos com Tadeu, nós estamos com Paulo Jucá, nós estamos com Teresa, nossa Senadora. Nós estamos com o nosso grupo, […]

O prefeito de São José do Egito,  Evandro Valadares,  do PSB, gravou um vídeo reafirmando apoio a seus candidatos ao executivo,  senado e legislativo.

“Nós estamos do jeito que começamos. Nós estamos com Danilo, Nós estamos com Tadeu, nós estamos com Paulo Jucá, nós estamos com Teresa, nossa Senadora. Nós estamos com o nosso grupo, o grupo que começamos. Essa história que eu vou votar em cicrano, que eu vou votar em Beltrano, isso é conversa fiada, isso não se faz. A gente tem que ter brio, a gente tem que ter vergonha. Vamos pra frente. Vamos ganhar essas eleições sem fofoca, sem mentiras”.

Evandro reafirmou ainda que seu grupo está coeso em torno de seus candidatos.

A foi uma reação à informação de que o seu grupo estaria fragmentado. O prefeito ainda manifestou confiança de que seus candidatos serão todos majoritários no município.

Orgulhoso de quem canta e decanta o Sertão

Por Magno Martins Desde que ingressei no jornalismo fui levado para o campo da especialidade política, provavelmente por influência do meu pai Gastão Cerquinha, 97 anos, vice-prefeito e vereador de minha Afogados da Ingazeira. Depois de pegar o canudo de Jornalismo da Unicap, busquei especialização em Ciências Políticas, pós-graduado pela mesma universidade. Minha universidade política […]

Por Magno Martins

Desde que ingressei no jornalismo fui levado para o campo da especialidade política, provavelmente por influência do meu pai Gastão Cerquinha, 97 anos, vice-prefeito e vereador de minha Afogados da Ingazeira.

Depois de pegar o canudo de Jornalismo da Unicap, busquei especialização em Ciências Políticas, pós-graduado pela mesma universidade. Minha universidade política da vida, entretanto, foi o Congresso Nacional, Brasília, onde morei por muitos anos, trabalhei em vários veículos e sempre estou por lá a cata de notícias.

Matuto, nunca deixei de apreciar, dar meus pitacos e valorizar a cultura sertaneja. Gosto de muita gente boa que canta o nosso Sertão, embala o sonho e o romantismo de nossa gente. Gente que berrou no abre do ventre da mãe lá nas barrancas do meu Pajeú.

Maciel Melo, de Iguaracy, aquele que perpetuou “Isso vale um abraço”. Flávio Leandro, que canta poesia em forma de versos ruminados entre o desabrochar do sol ardente por cima da sua chapada do Araripe e o canto do rouxinol.

Gosto do declamar choroso de lágrimas que molham a terra seca brotantes dos olhos marejados e encantadores de Mariana Teles. Gosto da viola que ponteia a saudade das barrentas terras de Tuparetama, dedilhada pelo monstro sagrado do improviso, o seu pai Valdir Teles.

Gosto de Dedé Monteiro, cuja trajetória poética de Tabira se confunde com sua história de vida e o seu poetizar. São tantos que posso cometer injustiças pela omissão. Mas todo esse preâmbulo é para dizer que fiquei encantado ontem com a festa dos 25 anos do Aconchego do Matuto, do meu conterrâneo Lulinha e sua Silvana.

Pude conhecer gente boa do pedaço musical. Irah Caldeira, dispensa comentários, mas como sempre fervilhou o ambiente. Gente que conhecia só da política, como Marquinhos Maraial, ex-prefeito de sua Maraial, que forma com Dudu uma dupla perfeita do sertanejo da sofrência.

Geraldinho Lins, que nem sabia ser amigo de Lulinha. Lins é madeira que cupim não rói. Estava lá também Luizinho de Serra com sua espetacular sanfona de todos os baixos. Igualmente, meu amigo João Lacerda, talentoso filho e herdeiro da veia artística do seu pai, o irreverente Genival Lacerda.

Tinha muito mais: Amigos Sertanejos, João Victor, voz de soprano; Charles Matoso, que não conhecia, mas de vozeirão lindo; Bruno Flor de Lótus, bom, mas que também não conhecia; Rafhael Moura e Rafael Verissimo,  duas grandes promessas; Manoel Neto, César Cunha e Forró de Maria.

Todo esse exército da nossa música mais bela e harmoniosa foi mobilizado pelo meu amigo produtor Fred Campos, com uma mãozinha de Toninho, da TN Produções, de Salgueiro, o mais novo cidadão recifense, dono da banda já internacional Forró do Miúdo.

Por fim, fiquei extremamente impressionado com a dupla Karol e Karina, de Floresta (na foto comigo), que ganha os palcos musicais projetadas pelo grande Fred Campos.

Sai de lá convencido de que a nossa cambada de artistas não faz o Sertão passar vexame em lugar nenhum do mundo.

Assino embaixo, com procuração em cartório!

Em reunião no Congresso, Mandetta alerta para surto de Coronavírus

Na noite desta quarta-feira (11), em reunião com os presidentes do Senado e da Câmara e líderes partidários, o ministro da Saúde Luiz Mandetta disse que, a partir da semana que vem, a contaminação pelo coronavírus se dará em progressão geométrica, que a situação é alarmante e o país tem que se preparar. Mandetta fez […]

Na noite desta quarta-feira (11), em reunião com os presidentes do Senado e da Câmara e líderes partidários, o ministro da Saúde Luiz Mandetta disse que, a partir da semana que vem, a contaminação pelo coronavírus se dará em progressão geométrica, que a situação é alarmante e o país tem que se preparar.

Mandetta fez um apelo pedindo recursos e disse que o SUS não vai suportar toda a demanda.

Ele anunciou que a Agência Nacional de Saúde vai obrigar hospitais privados e planos de saúde a atenderem os pacientes e a lidarem com tudo o que diz respeito ao coronavírus.

A reunião acabou por volta das 11h20, amanhã deverá ser publicada uma MP que libera R$ 5 bilhões emergenciais para o Ministério da Saúde, conforme foi solicitado pelo ministro Mandetta ao Congresso.

Também participaram, os ministros Paulo Guedes (Economia), Jorge Oliveira (Secretário-geral da Presidência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretário de Governo), além de Roberto Campos Neto (Banco Central).

MP protocola alegações finais e pede cassação de Gilvandro Estrela e seu vice

Do Fala PE O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou, nesta terça-feira (23), as alegações finais na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostas irregularidades praticadas pelo prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela, e seu vice, José Lopes Silveira, ambos candidatos à reeleição nas eleições municipais de 2024. A Promotoria pede a cassação da […]

Do Fala PE

O Ministério Público Eleitoral (MPE) protocolou, nesta terça-feira (23), as alegações finais na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que apura supostas irregularidades praticadas pelo prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela, e seu vice, José Lopes Silveira, ambos candidatos à reeleição nas eleições municipais de 2024.

A Promotoria pede a cassação da chapa por abuso de poder político e econômico, com base em um conjunto robusto de provas que indicam uso indevido da estrutura da administração pública em favor da campanha dos representados.

Segundo o MPE, ficou comprovado durante a instrução do processo que bens públicos, como veículos oficiais e o gabinete da Prefeitura, foram utilizados para atividades eleitorais. Além disso, servidores comissionados e contratados teriam sido desviados de suas funções para atuar em ações de campanha durante o expediente, em clara violação às normas eleitorais. O Ministério Público também denuncia o uso das redes sociais institucionais da Prefeitura para promover pessoalmente os candidatos, com recursos públicos.

Dentre as provas apresentadas constam portarias de nomeações, requerimentos de férias, contratos de veículos, vídeos de atos políticos, comprovantes de despesas da Prefeitura e depoimentos colhidos em juízo. Para o Promotor Eleitoral, os elementos demonstram, de forma clara, a existência de um esquema organizado para beneficiar a candidatura à reeleição dos atuais gestores, com desvio de finalidade e afronta à lisura do pleito.

Depoimentos prestados por integrantes da própria administração reforçaram a tese acusatória. Paulo Victor Fernandes, diretor de comunicação do município, admitiu em juízo ter atuado diretamente na campanha e ter tido acesso às redes sociais eleitorais a partir do gabinete do prefeito, apesar de tentar justificar que tal atuação se deu fora do horário de trabalho. Já os servidores Maria Eduarda Vilar e Tiago Manso apresentaram versões consideradas frágeis pela Promotoria quanto à regularidade de sua participação nas ações de campanha.

O Ministério Público ainda chamou atenção para possíveis fraudes documentais e crimes de falso testemunho. A Promotoria apontou indícios de que alguns requerimentos de férias apresentados por servidores foram forjados para encobrir suas ausências durante o horário de expediente, quando na realidade estavam envolvidos em atividades eleitorais. O caso de Thiago Manso Holanda da Silva foi especialmente mencionado: sua versão em juízo contradiz documentos e registros audiovisuais presentes nos autos. Por essa razão, o promotor solicitou o envio de cópia dos autos ao Ministério Público com atribuição criminal, para apuração dos crimes previstos nos artigos 299 e 342 do Código Penal.

O caso agora aguarda julgamento pelo Juízo da 45ª Zona Eleitoral de Belo Jardim. Se as alegações do Ministério Público forem acolhidas, a chapa Gilvandro–Zé Lopes poderá ter seus diplomas cassados, além de serem declarados inelegíveis por oito anos e responderem criminalmente pelas condutas apontadas. O episódio reforça os debates sobre o uso indevido da máquina pública em campanhas e pode representar um importante precedente no cenário político municipal.

As informações são oriundas do Processo nº 0600476-31.2024.6.17.0045, que tramita na Justiça Eleitoral de Pernambuco. Clique aqui e veja a manifestação do MPPE.