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Novo protocolo em PE muda de 33 para 32 cm medida de microcefalia

Publicado em Notícias por em 3 de dezembro de 2015
Luciana Albuquerque, secretária executiva de Vigilância em Saúde/PE

Luciana Albuquerque, secretária executiva de Vigilância em Saúde/PE

Do G1 PE

A partir desta quinta-feira (3), só serão considerados como microcéfalos em Pernambuco os bebês que tenham perímetro cefálico igual ou inferior a 32 centímetros  e não mais 33 cm. Em novo protocolo finalizado na quarta-feira (2), o estado decidiu adotar os parâmetros definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O protocolo também determina que as mães que apresentarem manchas vermelhas pelo corpo (exantema) durante a gestação devem procurar a Secretaria Estadual de Saúde (SES) para que o caso seja notificado.

“Não houve diagnóstico errado. Era preciso, no primeiro momento, pegar tudo e, a partir dali, a gente começar a fazer a triagem. Em alguns desses casos o bebê pode ter a cabeça normal, com 33 cm, e dentro, um cérebro com alterações”, afirmou Luciana Albuquerque, secretária executiva de Vigilância em Saúde/PE. “Antes erámos mais sensíveis, era importante porque era algo desconhecido, não sabíamos com o que estávamos lidando”, reconhece.

Luciana explicou que o limite de 33 cm era usado no estado porque alguns profissionais percebiam alterações tomográficas. Segundo ela, a experiência acumulada gerou o entendimento de que é preciso ser mais específico e atender aos critérios da OMS. “O importante nisso tudo é dizer que vamos garantir todo o atendimento das crianças que já foram notificadas até hoje na nossa rede de referência”, assegurou.

Até o último sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou 1.248 casos suspeitos de microcefalia em 13 estados e no Distrito Federal. Pernambuco é o estado brasileiro com maior número de casos suspeitos — até agora, foram 646 notificações. O número já representa crescimento em relação ao último levantamento, divulgado no dia 24 de novembro, em que foram contabilizados 487 casos em PE.

Luciana Albuquerque explicou que, dos 646 casos notificados, apenas 211 atendem esse critério da OMS. “De fato o número é bem maior se comparar com os que cabem entre os critérios da OMS. Mas esse novo protocolo não altera os dados já divulgados. Esses bebês serão acompanhados pela nossa rede, porém os que vamos considerar com microcefalia de agora em diante são os que tem 32 centímetros ou menos. O número de 646 não será descartado porque serão avaliados”, disse.

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