Madalena defende Airton Freire antes de conclusão do inquérito
Numa posição de quem sempre explorou a popularidade do padre Airton Freire politicamente, a ex-prefeita de Arcoverde Madalena Britto, claro, preferiu o lado do acusado do que da vítima.
Fez uma defesa do padre sem aguardar a finalização do inquérito, que segue em segredo de justiça. Como era de se esperar, buscando pagar a dívida com o padre, que a ajudou em várias eleições direcionando seus fieis politicamente, Madalena assumiu o risco.
Não deve saber que o caso de Sílvia Tavares pode ser a ponta do iceberg. Pelo que o blog apurou, a investigação pode apontar para o fato de que há outras pessoas vitimadas pelo modus operandi do padre e de seu entorno na Fundação Terra.
Torcer para que haja respostas a todas as investigações e que, ao final, nada seja comprovado, é até compreensível. Mas caso as outras questões envolvendo o caso vindo à tona sejam comprovadas, o que dirá Madalena? Não seria melhor ela, que inclusive deve disputar as próximas eleições, ter esperado o que indicam as investigações para se manifestar?
Outro fato é de que não deve haver interferência política na investigação. Poderoso que é, Airton tem muitos amigos na política e no judiciário.
Que haja o legítimo direito à defesa e contraditório, mas também respeito à isenção da investigação. Se nada se provar, que se absolva. Se os crimes investigados se comprovem, que haja punição exemplar, doa a quem doer.