Polícia continua a busca de pajeuzeiro envolvido na venda de imóveis no prédio que caiu com 24 mortes
Segundo informações que chegaram ao blog combinadas com dados da Polícia Civil no Rio de Janeiro, é do Alto Pajeú um dos procurados pela comercialização de imóveis no Alto da Muzema, onde caíram dois prédios no último dia 12 de abril.
José Bezerra de Lira, conhecido como Zé do Rolo, é natural de Brejinho, no Alto Pajeú. A região e o entorno do município foram um dos alvos da operação dessa semana. Ele teria visitado a região pela última vez durante a Semana Santa e tem uma chácara no município.
Depois que estourou a notícia de seu envolvimento com a comercialização de imóveis e sua imagem foi amplamente divulgada, ele não foi mais visto na região, segundo vizinhos e conhecidos.
Além dele, Renato Siqueira Ribeiro e Rafael Gomes da Costa tiveram a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça. Os três foram indiciados por homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
O objetivo da ação da polícia do Rio, que também esteve na Paraíba, já que Brejinho fica na divisa dos dois estados, é encontrar documentos, computadores e materiais que ajudem a chegar aos responsáveis pela construção e venda dos apartamentos dos dois prédios que desabaram na comunidade. Vinte e quatro pessoas morreram.
Equipes estiveram em endereços também nas zonas Sul e Norte e na Baixada Fluminense. A polícia não informa qual a ligação do trio, inclusive do pernambucano, com as milícias que atuam na área.
Os três homens apontados como responsáveis pelos imóveis estão foragidos. O Disque Denúncia oferece a recompensa de R$ 1 mil por informações que levem à prisão deles.
A delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) informou que os mandados foram expedidos pelo plantão judiciário, valem por 30 dias, mas podem ser prorrogados por mais 30, caso os acusados não sejam encontrados. “As pessoas construíram sonhos e entregaram a elas tragédias”, afirmou a delegada.
Testemunhas confirmaram que Zé do Rolo seria o responsável pela construção dos prédios. A polícia investiga a participação da milícia na construção e comercialização de empreendimentos imobiliários na região da zona oeste.
“Nós tínhamos a informação de que seriam eles. Nós pedimos a prisão desses três que foram efetivamente reconhecidos como o construtor e dois vendedores”, disse a Delegada.