Dezesseis prisões em PE. Quinze em Cabrobó, uma em Ingazeira
G1
O prefeito de Cabrobó, no Sertão de Pernambuco, Marcilio Rodrigues Cavalcante (MDB), foi preso por suspeita de “boca de urna”, neste domingo (7), primeiro turno das eleições 2018, de acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE).
Um vereador de Ingazeira, no Sertão, que não teve o nome nem o partido divulgados, também foi preso, mas por transporte irregular de eleitores. O nome não foi informado.
Segundo o assessor-chefe da Corregedoria Regional Eleitoral, Orson Lemos, outras 14 pessoas que estavam com o prefeito preso também foram detidas.
“Quem deu voz de prisão ao prefeito foi um promotor de Justiça do município. Tanto ele quanto as outras pessoas presas com ele e o vereador preso estão na delegacia, onde estão sendo feitos termos circunstanciais de ocorrência. Eles passam por audiência de custódia e o juiz deve decidir se as prisões se mantêm”, afirmou.
As prisões relacionadas ao processo eleitoral são coordenadas pela Secretaria de Defesa Social, em conjunto com o TRE-PE. “Nas informações que recebemos, ainda não é possível detalhar o tipo de crime cometido pelo prefeito de Cabrobó. O que sabemos é que foi boca de urna”, disse.
O G1 tenta contato com a assessoria do prefeito preso e o partido dele para repercutir a prisão.
Urnas eletrônicas
Até as 16h deste domingo (7), houve 279 atendimentos para verificar defeitos técnicos em urnas eletrônicas no estão. De acordo com o TRE-PE, essas ocorrências resultaram na substituição de 151 terminais de votação no estado.
Segundo o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do TRE-PE, George Maciel, as urnas substituídas não perdem os votos anteriormente computados. Os principais problemas são de troca de bobinas de papel antes do início da votação.
“Isso é esperado. Ao longo da votação, esses equipamentos podem apresentar defeito e o tribunal colocou mais de 2 mil urnas para casos de substituição. Faltando duas horas para o fim da votação, esse número está bem aquém do que esperávamos. Os votos são todos registrados e ninguém perde a oportunidade de exercer sua cidadania”, afirmou George Maciel.