Coluna do Domingão
Respirando por aparelhos
A pesquisa IPEC divulgada pela Rádio Independente FM, de Arcoverde, mostrou as dificuldades enfrentadas pelo governo do prefeito Wellington Maciel.
São tantas notícias ruins, que é difícil escolher qual é a pior. LW tem um governo desaprovado por 60% da população arcoverdense. Apenas 28% aprovam.
Segundo a mesma pesquisa, 42% consideram o governo de Wellington ruim ou péssimo.
Apenas 21% consideram a administração boa ou ótima, 17% e 4% respectivamente.
Ao todo, 57% tem uma opinião negativa do prefeito e apenas 32% considera a imagem positiva. Para 75% da população, Wellington já teve sua chance e desperdiçou, contra 21% que acham que o prefeito merece uma segunda oportunidade. E 60% simplesmente não confiam no prefeito, contra apenas 27% que disseram confiar.
Nas simulações eleitorais, Wellington só empataria tecnicamente com Siqueirinha. Perde pra Zeca Cavalcanti e Madalena Britto. O prefeito oscila entre 12 e 22% a depender do cenário com seus principais adversários, desempenho pífio pra quem tem a caneta. Some-se a isso uma rejeição de 67%, a maior entre os principais postulantes.
Os números reforçam o que já tinha indicado a pesquisa do Múltipla há alguns dias.
A matemática explica a política e vice-versa. De esperança, Wellington, o administrador e empresário de sucesso que prometeu dar à prefeitura o mesmo desempenho de seus negócios, virou grande decepção.
É acusado de abandonar no caminho grande parte dos que lhe confiaram apoio. A lista começa por Madalena Britto, passa pelo ex-vice, Israel Rubis, tem ainda Edcarlos Máximo (marqueteiro da campanha), Warley Amaral, Edvaldo Silvestre, Emerson do Portal do Sertão, Siqueirinha (aqui ninguém sabe quem largou do outro quem primeiro), Cal Britto, contratados da era Madalena que vestiram a camisa, ex-secretários da gestão anterior, dentre outros.
O governo foi negativamente afetado pela atuação da primeira dama, Rejane Maciel.
Até agora, tem sido uma gestão marcada pela esquizofrenia política. Nos humanos, a doença é caracterizada por pensamentos ou experiências que parecem não ter contato com a realidade, fala ou comportamento desorganizado e participação reduzida nas atividades cotidianas. Dificuldade de concentração e memória também são sintomas. É a cara do governo LW e Rejane. Prova disso foi o áudio da ex-secretária de Saúde, Socorro Vidal, irmã da primeira dama, comemorando o anúncio de Wellington de que seria candidato a reeleição. “Agora é sofrimento pra oposição não é minha gente? Prepare a medicação”.
Além dos erros gerenciais, políticos, da promessa de ampliar geração de empregos, do boom econômico, da eficiência, todas trocadas por trapalhadas e patacadas, nunca conseguiu entrar nos trilhos. Nas redes, só é aplaudido por quem tem alguma relação ou dependência econômica.
Mudou várias vezes a comunicação, botou inclusive gente muito competente. Mas não existe publicidade institucional boa pra governo ruim ou com dificuldades. A percepção do governo tem que mudar na vida das pessoas, não somente nas peças publicitárias.
A percepção é de um governo sem pilares de um bom planejamento, sem previsibilidade de ameaças no cenário econômico. Foi assim nos recentes atrasos dos cachês do São João a prestadores de serviço que batem à sua porta. Queimou dinheiro sem dó no São João milionário. Os artistas vips levaram o dinheiro. Já subiram no palco com ele no bolso. Os da terra, não.
E pra quem pergunta: “ainda tem jeito?” – a resposta é sim, a depender de alguns fatores. Primeiro, é imperativo que Wellington Maciel melhore urgentemente menos 20 pontos percentuais de sua avaliação positiva. Problema é encontrar amparo real nessa melhora. Dá, mas não parece dar.
Depois, torcer para não haver qualquer possibilidade de aliança entre Zeca Cavalcanti e Madalena Britto. Dada a possibilidade remota em virtude da vaidade política de ambos, já que ninguém aparenta querer abrir pra ninguém, esse já é um cenário mais factível.
Caso não consiga, Wellington Maciel estará sujeito a sair da vida política pela porta dos fundos, menor do que entrou, não só política, mas até empresarialmente. A gestão que hoje respira por aparelhos vai sair como a pior da história, insuperável no quesito, do Coronel Antônio Japyassu pra cá. Acorda, LW!
Quem ganha a queda de braço?
Em Afogados, o ex-vereador Zé Negão e o vice-prefeito Daniel Valadares disputam o comando do MDB. Zé Negão e o filho Edson Henrique tem apoio da deputada Iza Arruda (MDB). E Daniel, do presidente estadual do partido, Raul Henry.
Apoiado
O pré-candidato à prefeitura de São José do Egito, Augusto Valadares, recebeu apoio do empresário Edílio de Lira, dono da Costa Lira Serviços. A imagem para os que torcem pelo prefeito de Ouro Velho é tida como um “é ele que vai”.
Novos desafios
A competente Juliana Lima não aceitou os termos de renovação do contrato com a Cultura FM, de Serra Talhada. De forma maldosa, tentaram sugerir que ela teria sido demitida, uma fake news. Vai investir em seu novo blog, com versões para página e redes sociais.
Glub
Israel Rubis, um dos que se dizem traídos de LW, apareceu nas redes tomando um comprimido e ironizando a situação do grupo de Wellington, que recentemente aconselhou a oposição a tomar medicação. “Rapaz, disseram que a oposição tinha que tomar medicação, né? Eu vou tomar a minha agora. Ave Maria, depois dessa…”, afirmou depois da pesquisa IPEC.
Dossiê Dja
Vai ter dossiê pra todo lado na campanha em Serra. Se Ronaldo de Dja for o nome duquista vão usar contra ele a votação à calada da noite do aumento de salário dos vereadores e também criação de mais um assessor por vereador com salário médio de R$ 5 mil. Quem mandou, né…
Bolsa Buchuda
Mãe da prefeita Márcia Conrado, a vereadora Alice Conrado disse ao radialista Anderson Tennens, da Vilabela FM, que o gabinete de Ronaldo de Dja “tinha dia que estava com pelo menos 25 buchudas” aguardando atendimento. “Elas não eram atendidas com o dinheiro dele e sim do governo Márcia.” Resumindo, pra Alice, Ronaldo não serve nem pra acudir buchuda…
Astral
Nem em uma situação onde a própria vida estava em jogo, o blogueiro Júnior Finfa mudou o astral. A foto foi feita entre uma e outra transferência em meio aos exames que diagnosticaram um infarto. Finfa passou por um cateterismo ontem a noite e já se recupera no Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada.
Imorriveal, imbrochável, inelegível e irremediável
Por André Luis
O ex-presidente Jair Bolsonaro, impedido de se candidatar até 2030 devido a ataques ao sistema eleitoral, novamente questionou o resultado das eleições de 2022, em que foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva. Ele expressou sua crença de que um dia as informações sobre o que aconteceu serão reveladas, durante um culto da Igreja Graça & Paz em Belo Horizonte, comandada pelo pastor Edésio de Oliveira. Bolsonaro afirmou: “Foi só ocorrer o segundo turno, que um dia nós saberemos de tudo o que aconteceu, que parece que as portas lá de longe se abriram. Mas nós temos que fazer a nossa parte. Enquanto tivermos forças para que essas coisas realmente se afastem de nós”.
Frase da semana:
“Se o governo Lula tem gente que realmente acha uma baita ideia promover uma dança erótica num evento do Ministério da Saúde, não precisa nem de oposição”.
De Antônio Tabet, sobre a dança sem-noção ou propósito em ato do Ministério da Saúde.