Coluna do Domingão
Bolsonaristas viraram PHDs em política internacional
O Bolsonarismo, como seita política, é um fenômeno que continuará sendo estudado por décadas no Brasil e no mundo.
De fato, é uma bolha de adoração política poucas vezes vista na história da humanidade. Talvez em maior escala, até pelo regime totalitário imposto, só se compare à lavagem cerebral dos que adoraram Hitler no nazismo. Essa comparação se dá pela característica exclusiva de uma leitura totalmente deturpada dos fatos ou da condição de se agarrar à toda e qualquer argumentação, mesmo sem entender patavina do que sai da própria boca, para alicerçar seu fundamentalismo político.
Isso não tem nada a ver com ter defesa de um pensamento mais à direita, algo, normal, possível e legítimo no ambiente democrático.
Mas vejam agora: muitos dos que ignoraram as mortes na pandemia e se agarraram ao negacionismo, relativizaram o dizimar de povos originários em nome do agronegócio, falam em moralidade, mas não entendem assim rachadinha e o escândalo das joias, são contra o aborto, mas defendem o direito de armar e matar o semelhante, dentre outras distorções que não caberiam em uma coluna como essa, agora viraram experts em política internacional. Especificamente, extremos conhecedores da complexa relação entre o Estado de Israel, a Palestina, grupo terrorista Hamas, os países da região e suas variáveis.
Claro que essa análise não generaliza, mas impressiona que muitos dos que defendem Israel no debate e invocam o conhecido “e o Lula?” – não saberiam nem apontar a Faixa de Gaza no mapa. Mas, impulsionados pelo fanatismo religioso de alguns líderes, ou mesmo pelo mesmo roteiro conhecido, manjado, mas ainda eficiente da propagação de fake news, repetem como um mantra informações que só exploram um lado da triste história: da covarde e violenta ação do grupo terrorista Hamas, que atacou homens, mulheres e crianças israelenses, desencadeando uma contraofensiva não menos brutal que também mata homens, mulheres e crianças palestinas, tendo como pano de fundo uma luta histórica sem um consenso de paz, da possibilidade de convivência harmoniosa e preservação dos territórios de Israel e também da Palestina.
Da Declaração Balfour de 1917, passando pela Revolta Árabe, pelo plano de partilha da ONU, a Nakba, A Guerra dos Seis Dias, A Primeira Intifada, Acordos de Oslo, A Segunda Intifada, a divisão palestina e o bloqueio em Gaza, as guerras na Faixa de Gaza e esse recente episódio, falta entendimento e sobra ambição, ignorância, mortes de inocentes, numa nova prova de incapacidade da humanidade para dirimir seus conflitos.
Como já disse, há como criticar o Hamas pelo terrorismo sem ser anti-Palestina. E chorar os mortos inocentes dos dois lados desse conflito. Mas, querer nacionalizar um debate dessa complexidade, com a pobreza reflexiva de quem não consegue sequer ter uma visão de país além da defesa dessa seita que virou o bolsonarismo é demais para quem tem o mínimo de bom senso.
Poupem-me. Tenho muito a fazer…
Fêiqui níus
O prefeito de São José do Egito, Evandro Valadares voltou a negar à Coluna que o atual vice, Eclérinston Ramos, tenha desistido da disputa à prefeitura. Ele segue, segundo Valadares, disputando a vaga de candidato com o prefeito de Ouro Velho, Augusto Valadares.
Quem será?
Enquanto isso, dia 28 próximo, Zé Marcos, Romério Guimarães, Fredson Brito, João de Maria e vereadores do grupo se reúnem pra definir quem vai disputar a prefeitura pela oposição.
Os motes
A se levar em conta o tom de Márcia Conrado na entrevista a Tony Alencar na Cultura FM, já dá pra identificar os motes que usará contra Luciano Duque. Ele será rotulado de “o prefeito das obras inacabadas”, “o que começa e nunca termina” e ela, “a destravadora de obras”. Politicamente, vai buscar colar em Duque rótulo de traidor, pelas conversas vazadas, mesmo adjetivo que duquistas tentam impor à gestora.
O poder das fakes
Sara Sidner, âncora e correspondente da CNN em Israel, pediu desculpas depois de repercutir a declaração mentirosa do governo israelense de que o Hamas havia decapitado bebês em um kibutz. “Eu precisava ter mais cuidado com minhas palavras e sinto muito”. Só que agora, a mentira já virou verdade.
GCM
A briga entre um jovem e um guarda municipal de Afogados tem relação com usuários de drogas que frequentam a quadra poliesportiva. Apesar de serem vizinhos, nunca interagiram como tal. O acontecido foi o suficiente para guardas invocarem concurso, teaser, armamento e integração às forças de segurança, não de patrimônio.
Indefinidos, pero no mucho
Dos prefeitos sem direito à reeleição, só Djalma Alves, de Solidão, admitiu estar praticamente fechado. Vai com a sobrinha, Rafaela Gomes. Em Iguaracy, Zeinha Torres ainda não confirmou Marquinhos. Em Tuparetama, Sávio Torres não diz se apoia Diógenes Patriota. Em Sertânia, Ângelo Ferreira não diz se vai de Paulo Henrique. Em Flores, Marconi Santana faz mistério. E em Carnaíba, Anchieta Patriota zerou o processo após desistir de Thaynnara Queiroz.
Indefinidos
Em Arcoverde, apesar do apelo de alguns, não há sinal de possibilidade a curto prazo de aproximação entre Zeca Cavalcanti e Madalena Britto. Cada um segue para um lado, pautando sua pré-campanha. E o Delegado Israel, evitando ter seu nome explorado por um ou outra reafirmou não estar com LW, mas também não ter fechado com ninguém.
Frase da semana:
“Vocês estão prontos para a próxima fase?”
Do primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a soldados de seu país, dando sinal de uma contraofensiva maior contra a Palestina. “Tem muita coisa para acontecer”, diz em seguida.