Coluna do Domingão
Quando Raquel começa?
Parece uma unanimidade até entre quem é aliado: o governo Raquel Lyra ainda não começou, mesmo dois meses após seu início.
Quem acreditou, já se impacienta com a falta de encaminhamentos que façam a máquina estadual engrenar.
Raquel ainda não mostrou a cara de sua gestão. Nas únicas aparições, nas redes sociais, onde não é interpelada e diz o que convém, cabe aos “comentaristas da internet” a cobrança sobre as mais variadas demandas, da convocação dos professores concursados a melhorias nas estradas.
No último post, sobre a vacinação com as vacinas bivalentes da Pfizer, uma saraivada de cobranças. “Seguidores questionando a governadora ficam sem resposta”, diz um. “Oi Raquel, como foi o descanso com a família? Espero que bem! Muitas pernambucanos poderiam ter tido o mesmo descanso se houvesse um posicionamento mais claro do governo em relação aos concursos da secretaria de educação e das polícias”, diz outro. “A senhora deveria resolver o pagamento do salário das merendeiras, vigilantes terceirizados. Estão sem receber o mês de janeiro”, critica um terceiro. E por aí vai.
Claro, é exagerado querer que Raquel num toque de varinha de condão resolva tudo num vapt-vupt. Mas já era de se esperar uma identidade gerencial, uma estrada institucional, um caminho a seguir. Até agora nada.
O governo sequer está formatado. Há vários cargos de segundo a quarto escalão sem titulares. A máquina sequer está completa, afetando serviços, categorias e população. Isso porque Raquel e Priscila Krause conduziram uma sucessão lenta, apolítica e muito msis preocupada em atacar quem saía do que pavimentar seu próprio caminho.
Resultado: um início confuso, com mais de uma decisão da qual depois voltou atrás total ou parcialmente, ainda blindada por assessores, alguns que já se colocam com a impáfia só creditada a ministros da Suprema Corte.
Caiu o tempo das falas treinadas nos guias, debates e sabatinas. Chegou o mundo real, onde os problemas da sociedade pernambucana batem à porta numa velocidade estonteante. Raquel tem condições de responder a quase todas elas, mas precisa agir rápido, sair da condição de quem ainda sequer montou o motor de seu governo, ainda precisa testá-lo e colocá-lo nos trilhos.
Toda caminhada tem o primeiro passo. Daí porque Raquel precisa dar cor, ação e ritmo ao verbo determinante para que o povo de Pernambuco se sinta seguro para apostar mais: o nome do verbo é começar…
Princesa Sophia
Nasceu no Hospital São Francisco, em Serra Talhada, a pequena Sophia, filha do casal Wellington Júnior e Thays Gomes. Wellington é hoje o principal fotógrafo da gestão Márcia Conrado e também tem frelas em parceria com o blog.
Não fica
Com o PT sob o comando da agora desafeta Cleonice Maria e cia, muitos dão como certa a saída de Márcia Conrado do PT. O receio é de não garantir a legenda para disputar a reeleição. Convites não devem faltar, inclusive do PSDB de Raquel Lyra.
Já teve
Em 2012, Albérico Rocha tinha direito à reeleição no grupo do ex-prefeito Francisco Dessoles, seu concunhado. Mas uma articulação dele e Inocêncio Oliveira rifaram tecnicamente Albérico no PR, impedido de disputar. Dessoles ganhou, Albérico se juntou à oposição e, em 2016, ajudou a derrotar o próprio Dessoles com Zeinha.
Sonhando
Candidatos que querem ser os nomes governistas em 2024, mas não teriam predileção dos prefeitos: Júnior de Mocinha em Carnaíba, Diógenes Patriota em Tuparetama e Adriana de Agenor, em Solidão. Só Anchieta Patriota, Sávio Torres e Djalma Alves podem responder se é fato ou fake.
Asa a cobra
Em Tuparetama, por exemplo, mesmo com Sávio Torres dizendo que não aceita antecipar 2024 agora, muitos já tem como certo de que Diógenes Patriota não será o ungido, sob a ótica de que o prefeito prefere alguém que não crie asas e voe à sua revelia.
É ele
Em Iguaracy, o prefeito Zeinha Torres não dá declarações públicas sobre seu candidato, mas ninguém duvida que seja Marquinhos Melo, o “super Secretário”, hoje na Administração. Precisa convencer Pedro Alves, Albérico Rocha, Chico Torres e os vereadores. Marquinhos já se colocou a disposição, como admitiu ao blog em novembro de 2021.
AMUPE delas
As mulheres dominam a nova diretoria da AMUPE. Além de Márcia Conrado presidente, Mariana Medeiros (Cumaru), Ana Célia (Surubim), Nadegi Queiroz (Camaragibe), Judite Botafogo (Lagoa do Carro) e Elcione Gomes (Igarassu), também integram a Diretoria. A eleição ocorre nesta segunda pela manhã e marca também a despedida de José Patriota.
Frase da semana:
“Um líder nato”.
De Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, sobre o presidente Lula e sua atuação no caso das enchentes no estado. A frase gerou revolta dos bolsonaristas.