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Câmara autoriza início de obras do Hospital Geral do Sertão

Por Nill Júnior

O governador Paulo Câmara estará na próxima quinta (4) para assinar a ordem de serviço do Hospital Geral do Sertão. Será a primeira agenda do gestor estadual fora de Recife em 2018.

A unidade foi anunciada por Câmara em março, na própria Capital do Xaxado. No anúncio, houve garantia de que a obra será viabilizada graças à captação de operação de crédito junta à Caixa Econômica. A unidade receberá um investimento de R$ 35 milhões e terá capacidade para realizar 462 internamentos por mês.

Em maio do ano passado, a Comissão de Administração Pública da Assembleia Legislativa aprovou o Projeto de Lei Ordinária nº 1371/2017, que autoriza o Estado a receber a doação do imóvel onde será construído o Hospital.

Em outubro do ano passado, Câmara disse ao programa Manhã Total, da Rádio Pajeú, que as obras de terraplanagem começariam em janeiro.

“Vamos concluir esse hospital até dezembro de 2018. Temos uma Saúde cada vez mais demandada. Quando o Hospital do Sertão estiver pronto, teremos o cinturão completo de cobertura”, assegurou Câmara. A unidade promete ser referência de média e alta complexidade na região, reduzindo a ambulancioterapia, com excesso de transferência de pacientes ao Recife.

Outras Notícias

Raquel Lyra celebra 48 anos do Hemope e reforça investimento na modernização da fundação

A governadora Raquel Lyra conduziu, nesta quarta-feira (03), a solenidade que celebrou os 48 anos da Fundação Hemope, marco fundamental para a hemoterapia e a hematologia em Pernambuco. No evento, realizado no Palácio do Campo das Princesas, foram realizadas homenagens a doadores, profissionais e personalidades que contribuíram para a consolidação do primeiro hemocentro do Brasil.  […]

A governadora Raquel Lyra conduziu, nesta quarta-feira (03), a solenidade que celebrou os 48 anos da Fundação Hemope, marco fundamental para a hemoterapia e a hematologia em Pernambuco. No evento, realizado no Palácio do Campo das Princesas, foram realizadas homenagens a doadores, profissionais e personalidades que contribuíram para a consolidação do primeiro hemocentro do Brasil. 

A cerimônia também deu início ao ciclo comemorativo “Rumo aos 50 anos”, que antecipa o cinquentenário da instituição em 2027 e reforça o compromisso do Governo do Estado com a modernização e o fortalecimento da rede de atendimento a pacientes hematológicos. A vice-governadora Priscila Krause participou da cerimônia. 

“O Hemope completa 48 anos e realizamos aqui no Palácio uma solenidade para agradecer aqueles que deram a sua contribuição para o primeiro hemocentro do Brasil. Nenhum hospital funciona sem doadores, sangue e cuidados específicos com doenças que são relativas ao sangue. O Governo de Pernambuco está fazendo um investimento muito forte no Hemope, com reforça no prédio e novos equipamentos, assim como tem feito em toda a saúde pública de Pernambuco. Vamos continuar trabalhando na certeza de que os próximos 50 anos do Hemope serão ainda melhores do que esses que foram até agora”, ressaltou a governadora Raquel Lyra. 

O Governo de Pernambuco tem reforçado os investimentos na instituição. Foi inaugurado, em fevereiro deste ano, o Serviço de Pronto Atendimento (SPA), com capacidade para atender cerca de 500 pacientes por mês. “A Fundação Hemope completa 48 anos de história viva. Essa história que é composta por muitas pessoas e que hoje a gente vem reconhecer algumas delas, com certeza é uma parte pequena das tantas pessoas que contribuíram para essa trajetória”, afirmou a secretária de Saúde, Zilda Cavalcanti. 

Durante a cerimônia, foi prestado reconhecimento aos profissionais, doadores e parceiros que fazem parte do Hemope. “Homenageamos com medalhas, pessoas que passaram pelo Hemope e tiveram papéis importantíssimos nessa construção, nos levando a nos tornar quem somos hoje. O Governo de Pernambuco tem fortalecido muito a Fundação”, destacou a presidente do Hemope, Raquel Santana. 

Entre os homenageados, aos 95 anos, o médico Luiz Gonzaga, fundador do Hemope, fez questão de ressaltar a relevância da instituição para sua trajetória profissional. “Sou muito grato em ter feito parte do Hemope. Doem o máximo que puderem”, disse. Já Rogaciano Monteiro, de 52 anos, doador de sangue desde 1993 e com mais de 100 doações, fez questão de incentivar o ato de doar. Ele também foi homenageado. “Vamos salvar vidas, e para salvar vidas nós temos que correr atrás de doação de sangue”, comentou. 

O banco de sangue conta com 69 leitos, realiza os atendimentos nas áreas de hematologia (diagnóstico e tratamento de doenças do sangue) e hemoterapia (doação de sangue, processamento e transfusão de hemocomponentes). Além disso, o Governo contratou uma empresa para a requalificação da Fundação e anunciou um investimento de R$ 4 milhões destinado à manutenção e à reforma predial.

Presente na solenidade e um dos homenageados, o ex-governador João Lyra celebrou a trajetória da instituição e agradeceu. “Tenho certeza que hoje foi um dos momentos mais importantes da minha vida pública”, afirmou. Já o deputado estadual Joaquim Lira, parabenizou os doadores presentes. “Sem vocês [doadores], a gente não teria o Hemope que temos hoje”, frisou.

Acompanharam o evento os secretários Daniel Coelho (Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha), Ana Maraíza (Administração), Mauricélia Montenegro (Ciência, Tecnologia e Inovação) e Guilherme Cavalcanti (Desenvolvimento Econômico), e o deputado estadual Antônio Moraes. Além disso, participaram da solenidade a reitora da Universidade de Pernambuco (UPE), Socorro Cavalcanti, o presidente da Companhia Pernambucana de Gás (Copergás), Bruno Costa, e a diretora de administração e finanças do Hemope, Jaqueline Almeida.

Confira abaixo todos os homenageados durante a solenidade

Por realizar mais de 100 doações de sangue:

Rogaciano Monteiro Neves;

Marcos André da Silva; 

José Hilton de Cantalice;

Marcos Aurélio Roque da Silva;

José Francisco Tavares Neto.

Medalha Luiz Gonzaga, pela contribuição na Fundação:

Dra. Maria de Fátima Bandeira de Miranda 

Medalha Karl Landsteiner, pela contribuição científica: 

Dr. João Soares Lyra Neto;

Dr. Divaldo de Almeida Sampaio;

⁠Dra. Maria do Carmo Valgueiro Costa e Oliveira;

Dr. Luiz Gonzaga dos Santos.

Novo sequenciamento aponta aceleração da ômicron em Pernambuco

Após mais uma rodada de sequenciamentos genéticos de amostras biológicas de pacientes que tiveram a Covid-19, constatou-se que, das 96 amostras estudadas, 94 (98%) tinham a presença da variante Ômicron, ratificando a sua forte aceleração no território pernambucano.  As coletas são de pacientes de nove municípios e foram realizadas entre os dias 5 e 13 […]

Após mais uma rodada de sequenciamentos genéticos de amostras biológicas de pacientes que tiveram a Covid-19, constatou-se que, das 96 amostras estudadas, 94 (98%) tinham a presença da variante Ômicron, ratificando a sua forte aceleração no território pernambucano. 

As coletas são de pacientes de nove municípios e foram realizadas entre os dias 5 e 13 deste mês de janeiro. 

Além disso, duas amostras (2%), de pacientes de Recife e Triunfo, foram identificados com a linhagem Delta. Na última rodada, divulgada na sexta-feira (21), a Ômicron havia sido identificada em 91,8% dos genomas analisados.

“Diante da forte aceleração da variante Ômicron, pedimos atenção especial à necessidade de respeito aos protocolos e de reforço nos cuidados, com o uso correto da máscara, a lavagem das mãos e o ato de evitar aglomerações. Estas são ações que ajudam a diminuir a aceleração viral e demonstram nosso respeito à vida. Destaco também a importância da vacinação, porque mesmo que a vacina não nos deixe livres da infecção, a doença em não vacinados tem um impacto muito pior, podendo significar hospitalização e morte”, reforça o secretário estadual de Saúde, André Longo.

Os casos da Ômicron foram registrados a partir da coleta de pacientes provenientes de todas as regiões do Estado, das cidades de Barreiros (1), Cabo de Santo Agostinho (1), Fernando de Noronha (14), Garanhuns (1), Igarassu (1), Itacuruba (1), Olinda (1), Recife (73) e Santa Cruz do Capibaribe (1).

Morre aos 94 anos o “Doutor Aloísio Arruda”

Faleceu agora pela manhã no Hospital da Unimed, aos 94 anos, o odontólogo Aloísio Arruda. Ele lutava contra um quadro de insuficiência respiratória na UTI da unidade, que evoluiu para insuficiência renal. Ele sentiu-se mal há 15 dias e foi levado para a unidade. Ainda não há detalhes de velório e sepultamento Em outubro, o […]

Faleceu agora pela manhã no Hospital da Unimed, aos 94 anos, o odontólogo Aloísio Arruda. Ele lutava contra um quadro de insuficiência respiratória na UTI da unidade, que evoluiu para insuficiência renal. Ele sentiu-se mal há 15 dias e foi levado para a unidade. Ainda não há detalhes de velório e sepultamento Em outubro, o blog homenageou o profissional pela bela festa que brindou suas mais de nove décadas.

Em 29 de setembro, filhos, netos, bisnetos, demais familiares e amigos se reuniram no espaço Olga Cajueiro para uma justa homenagem ao odontólogo. “Doutor Aloísio, que no auge dos seus 94 anos, é parte da memória viva de Afogados da Ingazeira, cidade que abraçou como sua. A convite da família, fui acompanhar e brindar a justa homenagem”, dizia o blog em 1 de novembro.

Alvirrubro apaixonado, daqueles que chamavam os amigos em casa só para brindar fracassos de rubro-negros e tricolores com muito bom humor, compensava o que o tempo lhe tirou da visão com os ouvidos, como radio ouvinte de prefixos como Jornal, CBN e Pajeú de Afogados da Ingazeira. Com isso, era mais atualizado que a geração WhatsApp, capaz de discutir os temas mais contemporâneos com plena lucidez.

Quantos bons frutos a partir de seu Aloísio e Dona Ivone! Mais que a formação acadêmica e caminho de cada um, fica o sentimento de que o casal soube edificar personalidades,  construir um legado, replicar na prole os valores que não são definidos por fatores econômicos, mas sim por patrimônio humano.

Gentilmente, o historiador Fernando Pires nos cedeu texto a partir de entrevista com o Doutor Aloísio:

Aloisio Arruda nasceu em Cabaceiras (PB) no dia 29 de setembro de 1924, na fazenda Riacho Grande, em virtude de seus genitores, naturais de Surubim (PE), estarem residindo naquela localidade, onde permaneceram 10 anos.

Quando tinha três anos de idade, a família retornou para Surubim, onde fez o curso primário. O ginasial cursou em Limoeiro. E para dar continuidade aos estudos, teve que se deslocar para o Recife, em 1943, quando contava 19 anos, e onde, no Ginásio Pernambucano fez o curso científico.

Em 1945 foi submetido ao vestibular de Odontologia e, logrando êxito, estudou na Faculdade de Odontologia do Recife, formando-se em 1948. Em seguida foi para Lajedo (PE) para exercer a profissão de Odontólogo, ficando naquela cidade uns 5 meses. Mas, a sua aspiração era o sertão pernambucano.

Através de um amigo do Recife, Heraldo Reis da Silva Rêgo, que conhecia o então comerciante afogadense José Torreão, foi conhecer a cidade de Afogados da Ingazeira em companhia do Heraldo, aonde chegaram em meados de 1949. Na cidade iria conhecer o médico Hermes de Sousa Canto, contemporâneo do seu irmão, também médico.

Recorda-se que a viagem foi de trem, pela Rede Ferroviária Federal que acabara de chegar a Afogados da Ingazeira. O trecho entre Sertânia e o seu destino final estava em fase de testes, senão teria vindo em cima de caminhão ou em marinete que faziam essa rota.

Tem vaga lembrança sobre sua estada na cidade, mas que passou um dia fazendo o reconhecimento, e ficou na hospedaria de dona Milinha, localizada nas imediações dos Correios e Telégrafos, onde funcionou a X Dires. Aqui tomou conhecimento da existência do Doutor Wilfredo, também odontólogo, e do protético Otávio Ferreira.

Sua decisão foi imediata: gostou da cidade e disse que viria residir no sertão. Voltou no dia seguinte à capital pernambucana para se organizar e retornar àquela que seria o seu porto seguro para o resto da vida.

Não havendo qualquer objeção da família, em 9 de agosto de 1949 se mudou para o sertão do Pajeú. Vizinho à hospedaria alugou uma sala onde instalou seu consultório odontológico. Na sua bagagem, trouxe uma carta de apresentação do irmão que foi colega de turma (em 1938 ) do médico Hermes Canto, lhe apresentando.

Aqui também encontrou os médicos Herbert Miranda Henriques e Vicente Jesus Lima.

Estabelecido na pequena cidade sertaneja, exerceu com dedicação, por muitos anos, sua profissão de dentista em Afogados e cidades circunvizinhas, além de atender através do sindicato, aos funcionários da Rede Ferroviária Federal.

Seu primeiro contato com a jovem Ivone Góes, aquele que viria a ser sua esposa, se deu no dia 8 de dezembro de 1949, em meio às festas de final de ano, quando se colocavam mesas defronte à Igreja e as famílias envolvidas pelos momentos festivos natalinos e de final de ano, se confraternizavam.

Algum tempo depois eles iniciaram o namoro pra valer. Dona Ivone dizia: “Aloísio era muito assediado pelas garotas afogadenses, por ser jovem, bonito e com graduação superior”.

No dia 4 de setembro de 1955, na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, o jovem casal subiu ao altar para selar o compromisso de amor. O celebrante, Padre Antônio de Pádua Santos abençoou a união. Aloísio contava 31 anos de idade incompletos e dona Ivone 28.

Os frutos desse matrimônio foram 6 filhos: Alexandre, Valéria, Verônica, Aloísio, Isabel e Ana Tereza.

O imóvel onde reside até hoje foi construído por Herbert de Miranda Henriques, quando médico em Afogados da Ingazeira, na déc de 50.

Exímio professor de matemática, Dr. Aloísio Arruda ensinou nas principais escolas da cidade. Recorda-se de alguns alunos: Josezito Padilha, Virgílio Amaral, Newton César, José Virgínio Nogueira, Alberto Virgínio Nogueira, Cláudio Virgínio Nogueira, Silvano Queiróz (Bombinha), Silvério Queiróz, Claudete Oliveira, Adailton Vidal, Fernando Pires entre muitos outros.

Dentre os inúmeros postos de responsabilidade assumidos por ele, citamos a Secretaria da Prefeitura Municipal de Afogados da Ingazeira nos governos de Miguel de Campos Góes, José Rodrigues de Brito e João Alves Filho (no primeiro mandato). Também secretário da Escola Normal Rural e do Ginásio Mons. Pinto de Campos; diretor do ACAI e Fiel da Companhia de Armazéns Gerais do Estado de Pernambuco – CAGEP. Manteve convênio com o Sindicato dos Ferroviários.

Recordava-se do bar do senhor Aurélio Pires,  avô de Fernando Pires, localizado na praça Domingos Teotônio, hoje Mons. Alfredo de Arruda Câmara, onde ele, Doutor Hermes, Doutor Serpa e outros amigos passavam momentos de descontração.

Dr. Aloísio se aposentou nos anos 1970. Em janeiro desde ano sofreu uma grande perda com o falecimento de dona Ivone Arruda, sua esposa.

Fotos de Júnior Finfa

O Superprefeito: Como os Consórcios Públicos Estão Redesenhando a Gestão Municipal no Brasil

*Por Inácio Feitosa Com mais de 85% dos municípios brasileiros integrados a algum consórcio público, o modelo de cooperação intermunicipal já se consolidou como um dos caminhos mais eficientes para enfrentar desafios estruturais da gestão pública. Em um cenário de demandas crescentes e recursos limitados, os consórcios surgem como alternativa capaz de ampliar serviços, reduzir […]

*Por Inácio Feitosa

Com mais de 85% dos municípios brasileiros integrados a algum consórcio público, o modelo de cooperação intermunicipal já se consolidou como um dos caminhos mais eficientes para enfrentar desafios estruturais da gestão pública. Em um cenário de demandas crescentes e recursos limitados, os consórcios surgem como alternativa capaz de ampliar serviços, reduzir custos e oferecer soluções que, isoladamente, seriam inviáveis para a grande maioria das cidades. 

Regulamentados pela Lei nº 11.107/2005, eles permitem que municípios unam esforços para áreas como saúde, resíduos sólidos, saneamento básico, meio ambiente, turismo, compras compartilhadas e desenvolvimento regional. Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o país conta atualmente com 723 consórcios ativos, reunindo 4.783 cidades — um dado que traduz a força e a maturidade do modelo. É nesse contexto que ganha destaque a figura do chamado “superprefeito”, o gestor eleito pelos demais chefes do Executivo para representar institucionalmente o consórcio e conduzir projetos que ultrapassam os limites geográficos de seu município. 

Presidir ou dirigir um consórcio público é muito mais do que assumir uma função administrativa. É coordenar interesses políticos, técnicos e operacionais de múltiplas cidades, todas com necessidades e capacidades distintas. A tarefa, muitas vezes extenuante, exige habilidade de negociação, firmeza decisória, gestão de conflitos e visão regional. Os presidentes e diretores executivos desses arranjos lidam com pressões constantes por resultados, mantêm articulação com governos estaduais e federal, dialogam com órgãos de controle e administram uma estrutura que precisa funcionar com eficiência e transparência. A entrega de resultados — e, sobretudo, a manutenção da coesão entre os municípios consorciados — depende da compreensão de que o sucesso do consórcio exige apoio político, corresponsabilidade e confiança mútua entre os prefeitos participantes.

A formação de um consórcio começa pelo protocolo de intenções, documento que estabelece regras, objetivos e responsabilidades. Cada município precisa aprovar esse protocolo por meio de lei específica, garantindo segurança jurídica ao arranjo. Somente após essa etapa é celebrado o contrato do consórcio e eleita a sua liderança. Esse processo evidencia que os consórcios não são estruturas improvisadas, mas organizações planejadas, com governança própria e sustentação legal sólida.

Na prática, os consórcios avançam de maneira mais consistente em áreas onde os municípios enfrentam maiores limitações individuais, especialmente na saúde. Unidades regionais, contratação conjunta de especialistas, aquisição de equipamentos e organização de redes de atendimento transformaram a realidade de regiões inteiras. Cidades que antes não tinham acesso a exames de alta complexidade passaram a contar com serviços integrados, diminuindo filas, ampliando diagnósticos e fortalecendo o SUS. Além da saúde, áreas como meio ambiente, resíduos sólidos, turismo, agricultura e segurança pública também registram avanço expressivo dentro do modelo.

Os resultados são mensuráveis. Estudos indicam que municípios consorciados podem reduzir em até 5% suas despesas correntes per capita, sem prejuízo da qualidade dos serviços. A economia de escala gerada pelas compras compartilhadas, a otimização de equipes técnicas e a eliminação de duplicidades contratuais fortalecem a capacidade do poder público de investir melhor e entregar mais. Em muitas regiões, a formação de consórcios permitiu que pequenas cidades alcançassem padrões de gestão que antes eram possíveis apenas em grandes centros urbanos.

Esse avanço, entretanto, exige capacitação constante dos gestores. Para atender essa demanda, o Instituto Igeduc realizará no Recife um curso executivo sobre consórcios públicos, reunindo especialistas nacionais para discutir modelo jurídico, governança, sustentabilidade financeira, prestação de contas e desafios operacionais. A proposta é preparar prefeitos, secretários e equipes técnicas para liderarem arranjos cooperativos com eficiência e responsabilidade, fortalecendo ainda mais esse instrumento de desenvolvimento regional.

O “superprefeito” não é alguém com superpoderes, mas um gestor com visão ampliada, capaz de perceber que administrar uma cidade hoje significa compreender que problemas, soluções e oportunidades não respeitam fronteiras municipais. Os consórcios públicos representam essa nova lógica: colaborativa, técnica, econômica e orientada a resultados. Com quase todos os municípios brasileiros já integrados a algum arranjo cooperativo, o futuro da gestão pública no país é, inevitavelmente, interligado — e cresce na velocidade em que prefeitos entendem que, juntos, avançam mais.

*Inácio Feitosa é advogado, escritor e Fundador do Instituto IGEDUC ([email protected]).

Dilma 53% e Aécio 47% segundo Datafolha

A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, passa a liderar a corrida presidencial. Pela primeira vez no segundo turno, a petista passa o adversário Aécio Neves (PSDB) acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (23), aponta que Dilma tem […]

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A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, passa a liderar a corrida presidencial. Pela primeira vez no segundo turno, a petista passa o adversário Aécio Neves (PSDB) acima da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (23), aponta que Dilma tem 53% das intenções de voto e Aécio, 47%. O levantamento considera os votos válidos.

Nas quatro pesquisas anteriores divulgadas pelo Datafolha neste segundo turno, a situação sempre foi de empate técnico. Nas duas primeiras, com o tucano numericamente à frente (ambas por 51% a 49%). Nas duas últimas, com a petista numericamente à frente (nos dois casos, por 52% a 48%).

Em votos totais, Dilma alcança 48%, Aécio atinge 42%. Brancos e nulos somam 5%. Outros 5% dizem não saber em quem votar.

O Datafolha ouviu 9.910 pessoas na quarta (22) e nesta quinta (23). O nível de confiança do levantamento é 95% (significa que em 100 pesquisas com esta mesma metodologia, os resultados estarão dentro da margem de erro em 95 ocasiões). O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-1162/2014.