Articulação via MP e não Cimpajeú deixou municípios de fora de medidas restritivas
O blog buscou entender porque a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, não aderiu à medida que restringe o comércio entre 24 e 28 no Pajeú.
E, apesar das críticas de colegas de que ela poderia encorpar a decisão e unir-se aos municípios pelo princípio da colegialidade e, principalmente para redução dos números da pandemia, ela não tem responsabilidade com os encaminhamentos.
Isso porque a articulação não foi do Cimpajeú, gerido pelo prefeito de Ingazeira Luciano Torres, mas sim da 3a Circunscrição do Ministério Público, que não envolve Serra Talhada. Vai de Carnaíba a Brejinho.
Resultado: cinco cidades ficaram fora da arrumação que encaminhou as medidas. Além de Serra Talhada, Calumbi, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo. Os prefeitos estão sendo até contactados mas não participaram da discussão.
Representantes do movimento lojista das cidades que serão alvo dos decretos de restrição já questionam a falta de linearidade das medidas, deixando cidades de fora. Isso vai gerar mais pressão sobre os prefeitos que aderirem.
Por outro lado, se o resultado das medidas, inéditas nesse modelo no país (não há nada parecido que tenha sido feito de forma colegiada) indicar queda no número de mortes, gestores como Márcia Conrado Luciano Bonfim, Irlando Parabólicas, Joelson e Marconi Santana serão cobrados pelas autoridades de saúde pela não adesão, já que foram e estão sendo municiados com as informações pós reunião e convencidos a aderir.
O erro de articulação – o Cimpajeú deveria ter sido convocado a articular uma reunião extraordinária para medida linear na região – gera uma divisão evitável no Pajeú.