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A condenação de Lula: na Pajeú, advogados comentam decisão do Juiz Sergio Moro

Publicado em Notícias por em 13 de julho de 2017

Foto: André Luis

Por André Luis

Nesta quarta-feira (12), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 9 anos e seis meses de prisão, por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A sentença foi dada em primeira instância pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato.

A condenação de Lula, repercutiu em todo território nacional e mereceu destaque também na imprensa internacional do mundo  todo. De ontem pra cá, muitas foram as manifestações contra e a favor da condenação, nas redes sociais os debates pegaram fogo e houve manifestações públicos dos dois grupos.

O assunto também repercutiu na região do Pajeú e no Debate das Dez da Rádio Pajeú desta quinta-feira (13), o tema foi debatido pelos advogados Carlos Marques, que defende a condenação e Clóvis Lira, que é contra.

Os dois defenderam fervorosamente as suas ideias, Clóvis defendeu Lula com unhas e dentes e acusou o sistema judiciário de ser ditador e ao juiz Sergio Moro de ser “justiceiro, fascista” e que estaria a serviço dos EUA e da CIA.

Clóvis disse ainda que, este país está perdido, sem direção e está sendo governado por uma quadrilha de ladrões. “Eles são ladrões, roubaram este país, acabaram com este país e Lula foi condenado sem nenhuma prova, mostra a prova material que Lula é ladrão, que ganhou apartamento. Se basearam em uma sentença, no depoimento de um tal de Léo Pinheiro, que está preso, doido pra sair, pra ir curtir a riqueza que ele conseguiu através de roubo”, desabafou Clóvis, que disse ainda não acreditar na absolvição de Lula, mesmo recorrendo à segunda instância.

Já o advogado Carlos Marques, disse que a condenação foi recebida com tranquilidade, e não vê a ditadura do judiciário ao qual se referiu o advogado Clóvis Lira. “Quando teve a ditadura nesse país o poder judiciário não tinha liberdade, os juízes eram monitorados pelo poder executivo é tanto que vários ministros do supremo foram substituídos por atos do presidente e nós não temos isso hoje”, disse Marques.

Carlos Marques disse lembrou que grande parte da cúpula do judiciário foi indicada pelo Partido dos Trabalhadores e que acha que o juiz Sergio Moro é um juiz preparado, “um homem que tem um conhecimento jurídico inquestionável e ele tem consciência de que essa sentença dele vai entrar pra história do direito brasileiro, como também vai ser referência na história do direito mundial”.

Para Marques, a sentença de Moro é histórica por estar condenado um ex-presidente da República, “um líder popular de massa inquestionável e um ex-presidente que fez um governo com grandes avanços sociais”.

Carlos Marques concordou com Clóvis de que o país está sendo governado por uma quadrilha, mas alfinetou: “havia outra quadrilha antes também”.

Disse também que a condenação foi dentro dos elementos probatórios que estavam nos altos. “É muito difícil a gente falar sobre provas contundentes quando você não viu os altos”.

Respondendo ao questionamento do vice-presidente do PT de Afogados da Ingazeira, Emídio Vasconcelos, que também comentou sobre o tema à Pajeú mais cedo. Ele pediu que o advogado, respondesse “em que parte do processo existia alguma prova documental contra Lula”, Marques disse que era impossível dizer, sem ter lido a condenação.

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