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Vacina russa contra Covid anunciada: mundo desconfia

Publicado em Notícias por em 11 de agosto de 2020

Vacina será produzida no Brasil

Segundo Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano da Rússia, a recém anunciada vacina russa contra a Covid-19 será produzida no Brasil a partir de novembro, desde que obtida a aprovação da Anvisa.

Segundo Dmitriev, a Rússia já recebeu pedidos de 20 países por 1 bilhão de doses da vacina. Entretanto, o anúncio é visto com ceticismo pela comunidade internacional, já que o governo russo não divulgou até o momento nenhum estudo ou dado científico sobre os testes realizados.

A única informação é que a vacina foi aplicada pela primeira vez em voluntários em 18 de junho. Em um mapeamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), das 160 vacinas que estão sendo desenvolvidas em todo o mundo, a formulação russa ainda estava na primeira fase do processo de testes – normalmente são três.

Putin afirma que uma de suas filhas recebeu duas doses da vacina, e “desenvolveu um grande número de anticorpos”. Entretanto, não informou qual delas Maria ou Katarina, foi vacinada, nem deu mais detalhes sobre os resultados.

Dmitriev reforça o discurso de que a vacina é incrivelmente segura e afirmou que não foram observados efeitos colaterais. Disse ainda que recebeu uma aplicação da vacina. Entretanto, vale lembrar que uma substância segura não é, necessariamente, eficaz.

Fruto de uma parceria entre o Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamelaya e o Ministério da Defesa, o imunizante foi testado em uma primeira fase com 18 pessoas que receberam uma dose na forma liofilizada – em que a vacina é “desidratada” e a molécula estabilizada. Poucos dias depois, mais 20 indivíduos tiveram aplicações do mesmo tipo.

Em contraste, outras vacinas estão sendo testadas em escala muito maior. A “Vacina de Oxford”, produzida pela companhia farmacêutica AstraZeneca, está sendo testada em 5 mil profissionais de saúde no RJ e SP. Já a CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, será testada pelo Instituto Butantan em 9 mil voluntários em seis estados brasileiros.

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