Só pesquisas não cravam vitória de Lula no primeiro turno
A euforia de lulistas com uma vitória do petista no primeiro turno aumentou depois da pesquisa Ipec.
Mas não será surpresa se a abstenção, principalmente em regiões como o Nordeste, prejudicar e atrapalhar seus planos.
O jornalista Marlos Ápyus lembrou em sua rede social: nas duas vezes em que venceu em primeiro turno, FHC surgiu em pesquisas da véspera com 59,3% e 55,1%. Mas venceria com 54,2% e 53,1%. Lula já chegou a pintar com 53,3% (2006) e ainda assim houve segundo turno.
“O padrão me parece vir do candidato do Nordeste, região com uma natural dificuldade para deslocamento e maior abstenção. “Nos anos 1990, era FHC. De 2002 em diante, Lula. Na urna, este candidato sempre surge menor do que na pesquisa”, diz.
O padrão só foi quebrado em 2018, quando dois candidatos de ‘primeira viagem’ crescem da véspera para a urna. Não é o caso de 2022.
“Por ora, o que podemos afirmar é que nenhum candidato que surgiu na véspera com menos de 55% dos votos válidos venceu em primeiro turno. Contudo, a perda média tem sido de 3,3 pontos, sendo a maior a de 5,1 pontos de FHC em 1994, e a menor a 1,6 ponto de Lula em 2002”, afirmou.
Por isso aposto que Lula precisa ter 54% dos votos válidos no Datafolha de sábado para entrar o domingo certo de que vence em primeiro turno, diz ele.