Secult-PE e Fundarpe lamentam a morte de Reinaldo Oliveira
A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) lamentam o falecimento do diretor de teatro, médico e ator Reinaldo de Oliveira, neste sábado (9), aos 91 anos, no Recife.
“Reinaldo sempre foi um defensor incansável, apaixonado pela cultura pernambucana, mas em especial pelo teatro. Fui testemunha disso quando convivemos juntos no Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural”, destaca Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.
“Vale destacar que além do grande legado para a cultura pernambucana, em especial às artes cênicas, Reinaldo também deixou grande contribuição para as artes brasileiras em outras linguagens artísticas, como a música e literatura”, opina Gilberto Freyre Neto, secretário Estadual de Cultura.
Filho da atriz Diná de Oliveira e de Valdemar de Oliveira, fundador do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), um dos grupos teatrais mais importantes do Brasil e o mais antigo em atividade no país, ele estrou nos palcos ainda criança, aos 10 anos. Durante 42 anos, Reinaldo foi o diretor-geral do TAP. Em 2020, passou a ser presidente de honra do desse grupo teatral.
A última atuação de Reinaldo nos palcos foi no espetáculo “Bibi em casa de Ferreira, espírito de palco”, sobre a vida de Bibi Ferreira, outra grande artista do teatro brasileiro. O espetáculo foi encenado em 2019, no Teatro de Santa Isabel.
Amante incondicional da cultura pernambucana, Reinaldo compôs maracatus e frevos, ganhando prêmios em vários festivais. Também escreveu vários livros e fez parte da Sociedade dos Médicos Escritores de Pernambuco. Além disso, ocupou a cadeira de número 24 da Academia Pernambucana de Letras.
Armando Monteiro lamentou a morte do artista. “Pernambuco lamenta o falecimento de Reinaldo de Oliveira, um homem múltiplo, que ao longo da vida dedicou-se à medicina, ao teatro e à literatura. Ícone de nossa cultura, Reinaldo deu continuidade ao amor de sua família pelas artes, sobretudo ao legado da mãe, Diná de Oliveira, e de seu pai, Waldemar de Oliveira, fundadores do Teatro de Amadores de Pernambuco. Meus sentimentos a todos os seus amigos e familiares”.