PSB estadual se reúne hoje para decidir apoio no segundo turno presidencial, afirma Paulo Câmara
do Diário Pernambuco
O PSB de Pernambuco se reunirá ainda nesta segunda-feira (6) para definir um posicionamento em relação ao segundo turno presidencial, afirmou o recém-eleito governador de Pernambuco Paulo Câmara (PSB), em entrevista ao programa Em Foco da Rádio Globo 720 AM. “Temos que nos decidir. Hoje vai ter uma reunião do PSB estadual para levar a nossa posição até a direção nacional”, afirmou Câmara.
O socialista ressaltou que será determinante que o candidato escolhido assimile o programa de governo criado por Marina Silva (PSB) e pelo ex-governador Eduardo campos (PSB). “Um dos pontos fundamentais para a nossa decisão no segundo turno também vai passar pelo nosso programa de governo construído por Eduardo e Marina”. Entre as propostas citadas por Paulo estão as escolas de tempo integral e a ampliação do Pacto Pela Vida em todo o país. O atual governador de Pernambuco, João Lyra (PSB), já se adiantou e anunciou ontem seu apoio ao tucano Aécio Neves. A mesma atitude foi tomada pelo deputado federal eleito ontem Jarbas Vasconcelos (PMDB), que se tornou uma das principais figuras da frente popular no pleito estadual.
Paulo ressaltou que o PSB estadual terá voz ativa na escolha, mas sempre com o objetivo principal de manter a unidade partidária. “Pernambuco sempre teve protagonismo dentro do PSB nacional, desde doutor Arraes, Eduardo. Nós vamos continuar com esse protagonismo, sim. Vamos ter voz ativa nesse processo. Vamos usar esse capital político para impor nossas ideias”, defendeu.
As atenções de Câmara estarão voltadas também para a transição do atual governo de João Lyra (PSB) para a sua gestão. De acordo com ele, por ter participado da gestão estadual até abril, a transição deve ser conduzida principalmente visando uma atualização dos dados do estado. O governador ressaltou que reuniões semanais serão realizadas com uma equipe de transição a partir desse mês até janeiro.
Paulo Câmara falou também sobre a ampla vantagem que encontrará na Assembleia Legislativa. Somente da Frente Popular, são 26 dos 45 parlamentares, além dos que mesmo não fazendo parte da coligação apoiaram a sua candidatura. “É uma base consolidada, forte, o mesmo número que elegemos em 2010. A base política é muito importante para que possamos cumprir tudo aquilo que foi compactuado por Pernambuco”, apontou.
Quanto a oposição, Paulo ressaltou que seguirá o exemplo de Eduardo que “sempre respeitou muito” quem estava na bancada contrária ao seu governo. “Vou respeitar as críticas também, vou estar aberto ao diálogo, mas eu vou seguir aquilo que acho que é importante para Pernambuco. Fui eleito para isso, para cumprir meus compromissos, e vou cumprir”.