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Inscrições abertas para o 4º LabPajeú

Por André Luis

Estão abertas as inscrições para a 4º LabPajeú, com consultoria do roteirista Hilton Lacerda. O 4º Laboratório de Roteiros no Sertão do Pajeú (LabPajeú) busca aperfeiçoar roteiros no interior do Pernambuco, colaborando para o fortalecimento da cadeia produtiva do audiovisual. Para tal, serão disponibilizadas 10 vagas, com prioridade para pessoas residentes no interior do estado, respectivamente Sertão, Agreste e Zona da Mata, mas também podem participar pessoas da RMR e de estados do Nordeste.

Já passaram pelo LabPajeú projetos de curtas-metragens, longas e séries aprovados nos editais de incentivo e que já circulam mostras e festivais de cinema. Na sua 3º edição, com consultoria de Letícia Simões, realizada em 2024/2025, participaram projetos da zona da mata, sertão e de Campina Grande (PB). Além da consultoria, o LabPajeú também organiza workshops com profissionais do audiovisual, disponíveis no youtube da Pajeú Filmes e fechados apenas aos participantes do projeto.

Em seu novo formato, o 4º LabPajeú terá apenas 2 encontros presenciais imersivos intercalados, de segunda a sexta, com 26h cada, que acontecerão no formato presencial, na cidade de Afogados da Ingazeira, para que haja a maturação dos projetos individuais dos participantes ao longo do processo. Mais uma vez, a proposta é que ao final do laboratório cada participante tenha um roteiro pronto para participar de editais de captação de recursos.

Nesta edição teremos a consultoria do roteirista e diretor pernambucano Hilton Lacerda. Com mais de 20 anos de experiência, ele roteirizou clássicos do cinema como Baile Perfumado – 1996 (Dir. Paulo Caldas e Lírio Ferreira, Amarelo Manga – 2002 (Dir. Cláudio Assis), Árido Movie – 2005 (Dir. Lírio Ferreira), Baixio das Bestas – 2006 (Dir. Cláudio Assis), A Festa da Menina Morta – 2008 (Dir. Matheus Nachtergaele), Febre do Rato – 2011 (Dir. Cláudio Assis), Big Jato – 2015 (dir. Cláudio Assis), Piedade – 2020 (dir. Cláudio Assis), entre outros. Com o documentário Cartola – Música Para os Olhos, assinou sua primeira direção de longa-metragem (roteiro e direção em parceria com Lírio Ferreira). Com os filmes Tatuagem (2013) e Fim de Festa (2020), assina argumento, roteiro e direção.

As inscrições para o 4º LabPajeú são totalmente gratuitas e seguem abertas até o dia 28 de novembro de 2025, no link https://forms.gle/UdHWF9ziuj9wEu6MA . Os selecionados serão divulgados até o dia 15 de dezembro de 2025. No ato da inscrição a candidata ou candidato deverá enviar uma ideia em argumento de filme, uma carta de intenções e a sua minibio ou minicurrículo.

Também serão disponibilizadas bolsas, por encontro presencial, como ajuda de custos para despesas de deslocamento, hospedagem e alimentação de participantes não residentes em Afogados da Ingazeira. O participante poderá indicar na inscrição se gostaria ou não da bolsa, sob a obrigatoriedade de participação nos encontros presenciais do 4º LabPajeú.

Regulamento completo, com mais informações e o link para inscrições você encontra nas redes sociais do LabPajeu (@labpajeu) da Pajeú Filmes (@pajeufilmes) , organizadora do Laboratório e incentivo do Edital do Funcultura Audiovisual, Fundarpe, Secretaria de Cultura e Governo de Pernambuco.

Outras Notícias

Bolsonaro desautoriza Mourão sobre 13º. “Só quem desconhece Constituição critica”

O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição. — Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) 27 de setembro de 2018 G1 O candidato à […]

G1

O candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quinta-feira (27) em sua página no Twitter que só critica o 13º salário quem desconhece a Constituição, além de ser uma “ofensa” a quem trabalha.

Em palestra na terça-feira (25), na Câmara de Dirigentes Lojistas de Uruguaiana (RS), o general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, defendeu pensamento liberal na economia e discursou contra fatores que, segundo ele, encarecem a contratação de mão de obra no país. Nessa fala, ele chamou o 13º de “jabuticaba”.

“Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12, como é que nós pagamos 13? É complicado. E é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais. É aqui no Brasil. Então, são coisas nossas. A legislação que está aí é sempre aquela visão dita social, mas com o chapéu dos outros, não é com o chapéu do governo”, afirmou.

Nesta quinta (27), Bolsonaro publicou: “O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”.

Opinião: Robin Hood às avessas

Por Lucas Ramos O que o Governo de Pernambuco poderia fazer com R$ 200 milhões de receitas extras? Recuperar quilômetros de estradas. Construir novas Escolas Técnicas e de tempo integral. Ampliar o acesso à água, a partir de novas adutoras ou através da perfuração de poços e implantação de Sistemas Simplificados de Abastecimento. Construir novos […]

Por Lucas Ramos

O que o Governo de Pernambuco poderia fazer com R$ 200 milhões de receitas extras? Recuperar quilômetros de estradas. Construir novas Escolas Técnicas e de tempo integral. Ampliar o acesso à água, a partir de novas adutoras ou através da perfuração de poços e implantação de Sistemas Simplificados de Abastecimento. Construir novos Centros Comunitários da Paz – Compaz. Hospitais para aumentar a cobertura de Saúde em nosso Estado. Projetos de inegável importância para a melhoria da qualidade de vida dos pernambucanos.

A realização de sonhos, a tão esperada geração de empregos e distribuição de renda. Os valores, no entanto, correm sério risco de nunca mais serem repassados. Agindo como um Robin Hood às avessas, a liderança do Governo Bolsonaro no Congresso Nacional, orquestrou uma manobra nos bastidores que impediu que essas novas receitas chegassem. Trabalhou para prejudicar Pernambuco e Nordeste e favorecer Estados mais ricos.

Os R$ 200 milhões seriam provenientes das novas regras de partilha entre Estados e municípios da cessão onerosa da exploração de petróleo no Brasil, previstas para o próximo megaleilão que acontecerá no mês de novembro. A estimativa é de que o novo certame arrecade R$ 106,6 bilhões. No projeto que passou pelo Senado, Pernambuco teria uma receita extra com a operação de R$ 695 milhões. Mas com as digitais do líder do Governo Federal nas negociações, esse valor despencou para R$ 489,8 milhões na proposta votada semana passada na Câmara dos Deputados – votação considerada simbólica, pois não foram identificados os votos de cada um dos parlamentares. Em valores absolutos, trata-se da maior perda entre os Estado brasileiros.

Pior. A nova divisão fez com que dos 10 estados que mais ganham com a partilha, cinco sejam do eixo Sul/Sudeste e Centro-Oeste. O Norte e Nordeste foram colocados de lado pelo líder do Governo Bolsonaro. No total, os nove estados nordestinos deixarão de receber R$ 1,85 bilhão. Somente São Paulo, por exemplo, saltou de R$ 93,2 milhões para R$ 632,6 milhões entre uma proposta e outra, um aumento de 573% na expectativa de arrecadação.

Qual serviço a liderança do Governo Bolsonaro no Senado esperava estar prestando aos pernambucanos e nordestinos ao operar tamanhas perdas? Em um cenário econômico ainda recessivo, onde o Governo de Pernambuco tem se destacado, com muita competência, para se manter fora do grupo de Estados com saúde financeira prejudicada, por que um de seus representantes no Senado Federal decidiu virar as costas para seu povo?

Não há respostas ou justificativas plausíveis. O projeto individualista, centrado na defesa de interesses de um pequeno grupo político, nunca deveria se sobrepor às necessidades do nosso povo pernambucano e nordestino. Corremos o risco de perder a oportunidade de melhorar o abastecimento de água, a Educação, a Saúde, a Segurança e a Economia de Pernambuco e região. De abrir mão de R$ 1,85 bilhão por ano. Por total falta de compromisso com a população.

 
Lucas Ramos é deputado estadual de Pernambuco
Pesquisa Ibope: No Sertão, teve foguetório de militantes de Armando e Câmara

No Sertão do Estado, a divulgação da pesquisa Ibope com intenções de voto para governador gerou reações curiosas. Em Afogados da Ingazeira, fogos puderam ser ouvidos em dois pontos na cidade, assim que os números saíram. Isso porque nos comitês das coligações Pernambuco Vai Mais Longe, de Armando e João Paulo e da Frente Popular, […]

Em Itapetim, militantes comemoram crescimento de Câmara. O fato é curioso, mostrando festa para um segundo colocado nas pesquisas.
Em Itapetim, militantes comemoram crescimento de Câmara. O fato é curioso, mostrando festa para um segundo colocado nas pesquisas. Foto: Marcelo Patriota

No Sertão do Estado, a divulgação da pesquisa Ibope com intenções de voto para governador gerou reações curiosas. Em Afogados da Ingazeira, fogos puderam ser ouvidos em dois pontos na cidade, assim que os números saíram. Isso porque nos comitês das coligações Pernambuco Vai Mais Longe, de Armando e João Paulo e da Frente Popular, dos candidatos Paulo Câmara e Fernando Bezerra, militantes soltaram fogos quase que ao mesmo tempo comemorando o resultado.

Arquimedes om o ex-prefeito Adelmo Moura.
Arquimedes com o ex-prefeito Adelmo Moura. “A gente sabia que ele cresceria. Morte de Eduardo acelerou crescimento”. Foto: Marcelo Patriota

Em Itapetim, a euforia socialista foi mais longe. Correligionários de Adelmo Moura e do atual prefeito Arquimedes Machado foram às ruas vibrar como se estivessem comemorando uma vitória. “A gente não tinha dúvida que Paulo cresceria pois sentia isso no porta-a-porta. Claro que a morte de Eduardo pela comoção acelerou esse crescimento, mas ele aconteceria de todo jeito”, disse Arquimedes Machado ao blog.

Mário Filho, com Armando.
Mário Filho, com Armando. “Clima de comoção reflete momento. Armando vai aumentar vantagem”.

Na Coligação de Armando, o tom pregado busca não externar preocupação, mas naturalidade e comemoração aos números. Mário Viana Filho participa da equipe de coordenação de comunicação da campanha trabalhista e usa discurso parecido com o do candidato.”Esse resultado já era esperado pelo clima de comoção com a morte de Eduardo. Acreditamos que já na próxima pesquisa essa comoção arrefeça e a população analise os candidatos pelos perfis e compromissos com a população, o que indiscutivelmente favorece Armando”, diagnosticou.

Ibope, votos válidos: Paulo Câmara tem 57%, Armando Monteiro, 41%

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (4) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos na corrida para o governo de Pernambuco. Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado […]

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (4) aponta os seguintes percentuais de intenção de votos válidos na corrida para o governo de Pernambuco.

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Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa de 50% dos votos válidos mais um voto.

Segundo o Ibope, Paulo Câmara deve ser eleito neste domingo (5).

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa são:

Paulo Câmara (PSB): 45%
Armando Monteiro (PTB): 32%
Zé Gomes (PSOL): 1%
Pantaleão (PCO): 0%
Miguel Anacleto (PCB): 0%
Jair Pedro (PSTU): 0%
Brancos e nulos: 9%
Indecisos: 13%

No levantamento anterior do instituto, divulgado em 1º de outubro, Paulo Câmara tinha 42% e Armando Monteiro, 34%. Em 23 de setembro, Paulo Câmara aparecia com 39% e Armando Monteiro, com 35%. Esta pesquisa é a sexta do Ibope após o registro das candidaturas.

Doleiro da Lava Jato bancou campanha de Álvaro Dias, aliado de Moro

O doleiro Alberto Youssef, símbolo da Lava Jato, bancou parte das campanhas políticas do senador paranaense Álvaro Dias (Podemos-PR), principal aliado do ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pela suprema corte brasileira e responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos, segundo o Dieese. É que revela reportagem de Felipe Bachtold e Vinicius Konchinski, publicada nesta quarta-feira, na […]

O doleiro Alberto Youssef, símbolo da Lava Jato, bancou parte das campanhas políticas do senador paranaense Álvaro Dias (Podemos-PR), principal aliado do ex-juiz Sergio Moro, declarado suspeito pela suprema corte brasileira e responsável pela destruição de 4,4 milhões de empregos, segundo o Dieese.

É que revela reportagem de Felipe Bachtold e Vinicius Konchinski, publicada nesta quarta-feira, na Folha de S. Paulo.

“O operador financeiro Alberto Youssef, pivô da Lava Jato, financiou uma das campanhas eleitorais do agora maior aliado político de Sergio Moro, juiz símbolo da operação. Duas empresas de Youssef em 1998 pagaram R$ 21 mil (o equivalente a R$ 88 mil em valores atualizados) à campanha a senador de Alvaro Dias, hoje no Podemos e à época no PSDB. As informações estão na prestação de contas de Dias entregue naquele ano à Justiça Eleitoral no Paraná. As doações se referem a horas de voo em jatinhos que Youssef cedeu ao então candidato”, informam os jornalistas.

Ao que tudo indica, Moro já tinha essas informações durante a Lava Jato e blindou Alvaro Dias, uma vez que ambos já eram aliados políticos naquele período. Hoje, os dois estão no mesmo partido e os pagamentos que a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal fez a Moro serão investigados pelo Tribunal de Contas da União.

Isso porque a empresa lucrou com a quebra de grandes construtoras brasileiras e depois bancou Moro nos Estados Unidos – o que aponta possível conflito de interesses e corrupção numa prática conhecida como porta giratória. Documentário de Joaquim de Carvalho aponta o enriquecimento do ex-juiz suspeito Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol.