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Convite de Raquel Lyra a Zeinha gera crise política no Pajeú

Publicado em Notícias por em 22 de dezembro de 2024

Do Blog do Júnior Campos

O convite para que Zeinha Torres (PSDB), prefeito de Iguaracy, assumisse um cargo no governo de Raquel Lyra (PSDB) provocou intensas movimentações nos bastidores da política no Pajeú.. Zeinha confirmou que recebeu o convite da governadora, mas atribuiu à sua assessoria de imprensa um erro na divulgação da nomenclatura do cargo, que atualmente é ocupado por Mário Viana, articulador regional da Casa Civil.

A escolha gerou críticas e questionamentos, especialmente pela exclusão de lideranças políticas que tiveram maior destaque eleitoral e histórico de alianças na região. Um dos exemplos mais mencionados é Danilo Simões, que disputou a prefeitura de Afogados da Ingazeira contra Sandrinho Palmeira, do PSB, e obteve 9.609 votos. Danilo é aliado declarado de Raquel Lyra, enquanto Sandrinho, além de ser seu adversário político, é próximo de João Campos, potencial candidato a governador e principal adversário de Raquel no cenário estadual.

Outro ponto levantado é o histórico político de Dr. Pedro Alves, prefeito eleito de Iguaracy. Pedro teve forte ligação com o saudoso governador Eduardo Campos e chegou a ocupar cargo no governo do PSB, o que evidencia sua proximidade com o grupo político que irá enfrentar Raquel em 2028. Essa conexão tem gerado dúvidas sobre a coerência das articulações promovidas pelo governo.

Para agravar, Zeinha ainda conta com a presença de sua esposa, que ocupa o cargo de Gerente Regional de Saúde – X GERES, o que tem gerado ainda mais questionamentos sobre a concentração de cargos e a falta de representatividade para outras lideranças regionais.

Nos bastidores, a estratégia de Raquel Lyra de fortalecer o grupo político de Kaio Maniçoba, deputado estadual pelo PP, também gerou desconforto. Além de Zeinha, Kaio já havia indicado Tibério, de Itacuruba, para o comando do Ciretran em Serra Talhada, reforçando a centralização das articulações em torno de seu grupo político, alinhado ao Partido Progressista de Eduardo da Fonte.

“Assim é fácil crescer, chega sem os votos e cai de paraquedas”, reclamou um deputado eu reserva.

Enquanto prefeitos e deputados evitam declarações públicas, é evidente que a estratégia da governadora tem causado descontentamentos. O convite a Zeinha e as recentes nomeações mostram o desafio de Raquel Lyra em ampliar sua base de apoio no Sertão, mas com o risco de desagradar lideranças expressivas e de perder a confiança de aliados estratégicos.

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