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Coluna do Domingão

Publicado em Notícias por em 31 de dezembro de 2023

Que tristeza,  2023…

O ano de 2023, no conjunto da obra, foi um dos piores da história, se não o pior, considerando o que entrega de desafios para 2024. Da minha geração,  o pior, com certeza.

Não dá pra entrar em 2024 sem pensar no sofrimento das famílias palestinas, arrasadas,  dizimadas pelo poder opressor de Israel. Eu não consigo fechar os olhos sem pensar na imagem de crianças amontoadas nos hospitais que ainda restam.

Elas também são alvo pela ótica perversa de que no futuro, pela dor sofrem perdendo pais, mães,  irmãozinhos,  vão nutrir ódio por Israel. Benjamin Netanyahu age sobre a ótica de que, se um cacho de uvas está estragado,  que se dizime toda videira. Matar inocentes não deveria ser resposta para os terroristas do Hamas, que resistirá mesmo após o genocídio.

E olha que esquecemos haver outras guerras com o mesmo potencial de auto destruição humana, como na Ucrânia,  na Síria,  no Iêmen,  em parte da África. Não há nada que os faça parar.

Este foi o ano em que as mudanças climáticas transformaram o tempo. Tanto o tempo verbal quanto o meteorológico. Em 2023, elas deixaram de ser futuro e se tornaram presente.

Este foi um ano de eventos extremos, agravados por um El Niño intenso, que levou o clima do planeta ao que a Organização Meteorológica Mundial (OMM) chamou, em julho, de mergulho em “território desconhecido”.

Um território que se revelou repleto de ondas de calor, tempestades, inundações, incêndios, secas, nevascas, ciclones, furacões e tornados. O ano termina com as maiores anomalias e sucessão de extremos climáticos já testemunhadas pela Humanidade. E, segundo a OMM, é só o primeiro ano de uma nova era de extremos das mudanças climáticas.

A média da temperatura global deve ficar 1,4ºC acima da do período pré-industrial. É a maior elevação desde o início dos registros, em 1850. E 2023 veio na esteira de nove anos seguidos de tendência de elevação.

Aqui,  mais da metade dos 5.568 municípios brasileiros foi afetada por fenômenos extremos em 2023. Cerca de 2.797 cidades decretaram estado de emergência ou calamidade por causa de desastres naturais. Vimos regiões do estado do Amazonas registrarem neste ano os menores índices de chuva, no período de julho a setembro, dos últimos 40 anos.

No Sul, alagamentos e mortes. Aqui no Nordeste, nem a nós nativos, havia sido imposto tamanho calor.

Pior é a nossa incapacidade de buscar reverter a curva do caos. Pelo contrário,  líderes mundiais alimentam mais guerras,  mais eventos climáticos adversos, mais dor.

No Brasil,  a intolerância de parte da sociedade nos faz indagar o que de fato houve com os reais valores que deveriam nos regir no caminho da fraternidade e solidariedade. Um pedaço de nossa comunidade julgou e condenou vítimas sociais.  Adoraram a Bolsonaro.  Condenaram padre Júlio Lancelotti.

Se vale o registro,  o Deus que acredito me estimula a não perder o direito de acreditar,  esperançar,  resistir. Depois da escuridão,  a luz sempre renasce.

Feliz Ano Novo!

Dança dos números 

Considerando só números do Opinião em Serra Talhada,  da pesquisa realizada em maio com a divulgada ontem, os números se mantiveram estáveis.  Em maio, Luciano Duque tinha 42%. Agora, foi a 44,1%. Márcia tinha 31%. Foi a 33,3%. Cresceram praticamente a mesma coisa.

Gestão Márcia 

A avaliação da gestão Márcia também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Sete meses atrás,  era aprovada por 55,7% dos serra-talhadenses e reprovada por 35,8%. Agora, aprovada por 57,4% de aprovação contra 29,8% de reprovação. Quadro relativamente estável.

Registre-se 1

A estabilidade do cenário em uma recorte de sete meses favorece Luciano Duque.  Até a eleição são 10 meses. Ou seja, trocando em miúdos, num português bem claro: se tudo continuar como antes, Duque é favorito.

Registre-se 2

Nesse aspecto,  a pesquisa também foi boa pra Márcia,  caso a utilize,  assim como as internas que tem, pra fazer gestão e liderar. A Coluna avaliou inclusive com seus aliados: precisa de mais quadros competentes com alinhamento político,  não bajuladores de rede social,  mais de gente que vista a camisa administrativamente,  menos de puxa-saquismo. Mais de sua liderança,  menos de sua passividade.

Faca e queijo

Dos dois, só  quem tem a caneta e condição de virar o jogo é Márcia.  Registre-se,  Ela já teve de 74% a 82% de aprovação. Ninguém perde 20 pontos de avaliação positiva porque pegou uma friagem.  Não é de hoje que muitos se perguntam se ela vai morrer abraçada com seu guru da comunicação,  João Kosta, e entorno. “Sabe onde tem que reagir, já foi alertada,  e não mexe “, diz um vereador aliado à Coluna. Vem perdendo a narrativa da comunicação, não explora os avanços,  além de ser engolida quando erra por falta de uma reação profissional e coordenada, como no recente caso do lixão.

Iludidos

Alguns aliados de Luciano que não querem vê-lo tentar voltar à prefeitura pela projeção e espaços na Alepe venderam a ilusão de que Ronaldo de Dja cresceu e surpreendeu.  Nenhum demérito a Ronaldo,  mas dentre os que optam por ele na simulação com Márcia,  estão os que votam no candidato e aqueles que optaram por ele porque não votam em Márcia.

Desenhando

Márcia perdeu terreno até nesse cenário. Chega apenas a 45,4%, enquanto Ronaldo de Deja aparece com 31,5%. Em 2020, Márcia teve 60,54% contra 39,45% da oposição. Assim,  Ronaldo, fosse a bala de prata, deveria ter pontuado mais. Resumindo, não passa disso e o único real competitivo é Duque.  A não ser que queiram um “perdedor de luxo”.

Fato novo

Fatos são os fatos: a chegada de Danilo Simões no embate em Afogados da Ingazeira subiu o sarrafo da disputa e tende a melhorar a gestão Sandrinho Palmeira.  Mesmo que ainda favorito, o atual gestor  precisa otimizar a gestão, inclusive chamando à baila quem não entrega o que prometeu no governo.   Endurecer, sem perder a ternura para uns. Para outros,  só serve o “endurecer” mesmo. Isso porque o futuro,  caso não se enfrente essa realidade,  pode reservar surpresas.

Entendeu? 

O ex-prefeito Dinca Brandino justificou em sua live porque Nicinha Melo não apareceu bem na pesquisa: “se for o bem eu vou tá lembrado.  Se for o mal, aí é que eu vô tá lembrado”, iniciou. Disse ainda que misericórdia criticou ela porque está com eminésia.  Que a prefeita não vai falar na rádio porque a Cidade FM “não executou nenhuma obra em Tabira” e ainda diz que a gestão Nicinha é “desastrosa e não aparece”. E que “quem não paga servidor é o Banco do Brasil”. Também que ouviu todos os números da pesquisa,  menos de Nicinha. “Eu acho isso endiotice. Até porque dotô Anchieta disse que 2023 foi um ano desafiadô de desafio“.

Mais pesquisa 

Pesquisa do Instituto Expressão divulgada neste sábado (30) coloca o advogado Flávio Marques (PT) à frente na corrida pela Prefeitura de Tabira no ano que vem. Ele tem 49,33% das intenções de voto, seguido pela atual prefeita, Nicinha de Dinca (MDB), com 25,67%. A terceira posição tem um empate técnico entre o vereador Djalma das almofadas (PT), com 4,67%, o vice-prefeito Marco Crente (UB), com 4%, e os vereadores Socorro Véras (PT), com 2,33% e Kleber Paulino (PSB), com 1%.

Definidos

Estão definidos no Pajeú os embates em Afogados da Ingazeira (Sandrinho x Danilo), Carnaíba (Berg X Ilma), Brejinho (Gilson X Túlio), Santa Cruz (Irlando x Zé Bezerra),  Calumbi (Joelson x Cícero Simões) e Triunfo, entre João Batista e  Eduardo Melo.

Meio definidos

Parcialmente fechadas as disputas em Serra Talhada (Márcia x ?), Ingazeira (Luciano Torres x ?), Quixaba (Zé Pretinho x ?), Solidão (Maycon da Farmácia x ?), Itapetim (Anderson Lopes  x ?), Tabira (Nicinhha x ?), Santa Terezinha (Delson Lustosa x?). Totalmente indefinidos  Flores, Iguaracy,  Tuparetama,  São José do Egito e Itapetim .

Pula pula

Se a debandada do palanque de Wellington Maciel seguir o atual ritmo,  chega no ano que vem só com o vereador Luciano Pacheco.  Há quem analise que não está descartado que ele libere a base para apoiar Madalena Britto e anuncie ficar fora da disputa.  Assim,  pagaria parte da dívida que aliados da ex-prefeita dizem que ele deixou aberta.

Há controvérsias 

Por outro lado, há uma análise de que, no momento,  LW ainda sonha em recuperar popularidade e disputar a reeleição.  Por isso, estaria contando os cargos que pertencem a cada vereador vira casaca,  pra realocá-los. João Taxista,  que seria o próximo a pular para Madalena,  estaria avisado…

Frase da semana:

“Hoje, como no tempo de Herodes, as conspirações do mal, que se opõem à luz divina, movem-se à sombra da hipocrisia e do escondimento”.

Do Papa Francisco,  na mensagem Urbi et Orbi,  criticando as guerras. “Quantos massacres armados acontecem num silêncio ensurdecedor, ignorados de tantos! O povo, que não quer armas mas pão, que tem dificuldade em acudir às despesas quotidianas, ignora quanto dinheiro público é destinado a armamentos”.

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