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Coluna do Domingão

Publicado em Notícias por em 26 de dezembro de 2021

Interdição e cadeia para os negacionistas

Cientista brasileiro reconhecido internacionalmente, o médico Miguel Nicolelis defendeu a interdição ou a demissão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, por ter minimizado o número de mortes de crianças por covid-19 no país.

Em suas redes sociais, ele cobrou uma reação de instituições brasileiras ao que classificou como uma das declarações mais absurdas da história da medicina no Brasil.

“Onde estão as instituições brasileiras? Como é possível que nenhuma se manifeste? Ministro da Saúde tem que ser interditado e demitido depois de uma das declarações mais absurdas na história da medicina brasileira! Mais de 300 crianças mortas! Quantas crianças mais vão ter que morrer?”, questionou, de maneira indignada.

Nicolelis é uma das vozes mais críticas à forma com que o governo Bolsonaro enfrenta a pandemia. Desde o início da crise sanitária no país, a covid-19 matou uma criança de 5 a 11 anos de idade a cada dois dias no Brasil. Foram registrados 6.163 casos da doença e 301 mortes nessa faixa etária, em decorrência do vírus, até o último dia 6.

O ministro da Saúde tem tentado protelar a vacinação de crianças entre 5 e 11 anos, conforme autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais”, disse Queiroga. O ministro também defende que a vacina só seja aplicada mediante apresentação de prescrição médica, outra posição polêmica, pois dificulta o acesso de famílias mais pobres à imunização.

Por sorte, os governadores com suas virtudes e defeitos tem mais juízo que o lambe botas do presidente Bolsonaro e já avisaram não precisar de prescrição médica.

As posições negacionistas de Bolsonaro ajudaram na conta dos mais de 600 mil mortos. A contabilidade das mortes mostra que de cada dez mortes, oito foram de não vacinados, negacionistas que compraram a posição de Jair, Silas Malafaia, Edir Macedo, Ana Paula Henkel, Janaína Pascoal e tantos outros.

Queiroga entrou na lista quando passou a querer fazer o jogo ideológico do presidente para concorrer a um cargo no Rio com seu apoio.

Infelizmente,  a postura dificilmente será apurada e responsabilizada agora como quer Nicolelis. Muitos dos que levaram à cova inocentes e ignorantes que acreditaram nesse discurso inclusive já se vacinaram como Edir Macedo.  O próprio presidente decretou sigilo de cem anos sobre seu cartão de vacinação.  Até o ídolo dele, Trump, tomou a vacina, como revelou recentemente.

Quem ainda se agarra a esse discurso é uma minoria alienada, que por discurso religioso ou político quer achar defeitos na unica tábua de salvação da pandemia.  Ainda bem que mais uma vez, essa é uma guerra que a ciência vai vencer.  Depois, só vai faltar justiça a quem corroborou com o discurso genocida.  Um dia, quem sabe…

Restam quatro

Com a declaração do governador Paulo Câmara de que Geraldo Júlio não quer disputar o governo do Estado, restam Danilo Cabral,  Tadeu Alencar, Zé Neto e, com menos força,  Fernandha Batista.  Quem tem mais garrafas vazias pra vender?

Os preferidos 

No Pajeú,  Anchieta Patriota e Marconi Santana torcem por Danilo Cabral.  Sebastião Oliveira,  por Zé Neto. E Evandro Valadares,  por Tadeu Alencar. A maioria está no time de que, o nome que vier, grita “é o nosso homem”…

Auxílio não auxilia

No almoço com os jornalistas quarta-feira,  o governador Paulo Câmara disse não acreditar que o Auxílio Brasil pese para reverter a rejeição do governo Bolsonaro.

Pelo que é justo

A caminhada de Lucinha Mota até Recife para cobrar mudança de rumo nas investigações da morte da filha Beatriz está mobilizando o estado. Pelo clamor popular por justiça de um caso tão controverso, a pressão pode dar certo.

Destaque nacional 

A cacetada do professor aposentado Heitor Scalambrini publicada no blog sob título “A farofa do Senador”, satirizando a derrota acachapante de Fernando Bezerra Coelho pela vaga no TCU, foi parar no Congresso em Foco. Heitor reside em Afogados da Ingazeira.

Don’t have Carnival

A prorrogação em 90 dias do estado de calamidade em Pernambuco por conta da pandemia é mais um sinal para os que apostam que não haverá carnaval de rua em 2022, já que está previsto para fim de fevereiro.  Se tiver, vai haver programação indoor, em espaços fechados.

Três mosqueteiros 

Nas bolsas de apostas para 2022, a de quem deve conquistar cadeiras na Alepe pelo Pajeú em 2022, entre Luciano Duque,  José Patriota e Paulo Jucá.  Um deles? Dois? Três? Ou nenhum?

Aos leitores

A Coluna entra de férias com este jornalista em janeiro, por conta das férias.  É recarregar as baterias para um ano eleitoral movimentado,  com muitas variantes e possibilidades no cenário nacional e em Pernambuco.

Frase da semana:

“A medicina vencerá e vocês estarão protegidos”.

Da bela carta do Conass, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde,  direcionada às crianças e informando a importância da futura imunização contra a Covid-19,  tapa na cara da ignorância.

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