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Avaliação negativa do governo vai de 30% para 33%, diz pesquisa Ibope

Por Nill Júnior

dilma51O percentual de eleitores que considera “ruim” ou “péssimo” o governo da presidente Dilma Rousseff passou de 30% em abril para 33% neste mês, segundo o Ibope. Desde dezembro do ano passado, quando era de 20%, a avaliação negativa do governo só cresceu – 24% em fevereiro, 27% em março, 30% em abril e agora 33%.

Os números da avaliação do governo são parte da pesquisa de intenção de voto para presidente divulgada nesta quinta-feira (22), em que Dilma (PT) aparece em primeiro lugar, com 40%, seguida dos pré-candidatos Aécio Neves, do PSDB (20%), e Eduardo Campos, do PSB (11%).

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A avaliação positiva do governo variou dentro da margem de erro da pesquisa (dois pontos percentuais para mais ou para menos). Em abril, eram 34% os que julgavam o governo “ótimo” ou “bom”; em maio, 35%.

Os que consideravam o governo “regular” eram 34% em abril e passaram a 30% em maio. Os que não sabem ou não quiseram responder eram 2% em abril, percentual que se manteve em maio.

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios entre os últimos dias 15 e 19. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00120/2014.

Outras Notícias

Arcoverde: Compesa e Hospital Ruy de Barros lideram queixas em 2025

No meu comentário no Jornal Itapuama desta quinta-feira (25), falo sobre as críticas aos serviços prestados pelo Hospital Regional e a Compesa para Arcoverde e municípios vizinhos. Moradores de Arcoverde e cidades vizinhas têm intensificado as críticas à prestação de serviços públicos essenciais, em especial à Compesa e ao Hospital Regional Ruy de Barros Correia […]

No meu comentário no Jornal Itapuama desta quinta-feira (25), falo sobre as críticas aos serviços prestados pelo Hospital Regional e a Compesa para Arcoverde e municípios vizinhos.

Moradores de Arcoverde e cidades vizinhas têm intensificado as críticas à prestação de serviços públicos essenciais, em especial à Compesa e ao Hospital Regional Ruy de Barros Correia (HRRBC), duas instituições que deveriam assegurar direitos básicos, como abastecimento de água e atendimento de saúde de qualidade.

No caso da Compesa, o descontentamento popular está ligado a interrupções frequentes no fornecimento de água, falta de comunicação transparente e a sensação de que a estatal não atende adequadamente às necessidades da população, especialmente em períodos de estiagem. Relatos de usuários nas redes sociais e em fóruns locais apontam moradores enfrentando dias seguidos sem água, com pouca previsibilidade sobre consertos e reposição do serviço.

Paralelamente, o Hospital Regional Ruy de Barros Correia, uma unidade que atende mais de uma dezena de municípios do Sertão do Moxotó, tem sido alvo de denúncias recorrentes sobre falhas no atendimento à população. Moradores e familiares de pacientes relatam demoras excessivas para atendimento e transferências, falta de leitos, e situações em que pacientes idosos aguardam por longos períodos em cadeiras por falta de estrutura adequada. Em redes sociais e postagens recentes, surgem relatos de casos graves — como relatos de mães que viram familiares esperando por cirurgia ou atendimento especializado por dias — que ganharam grande repercussão local.

Cirurgia de Bolsonaro deve durar 4 horas

O ex-presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia eletiva de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25); ele está internado desde quarta-feira (24). O procedimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois de avaliação médica da Polícia Federal, que apontou a necessidade de correção cirúrgica para evitar o agravamento do quadro. […]

O ex-presidente Jair Bolsonaro passa por uma cirurgia eletiva de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25); ele está internado desde quarta-feira (24).

O procedimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois de avaliação médica da Polícia Federal, que apontou a necessidade de correção cirúrgica para evitar o agravamento do quadro.

Os exames pré-operatórios foram bem sucedidos e a cirurgia de Jair Bolsonaro (PL) começa às 9 horas desta quinta-feira, dia do Natal, informou a equipe médica. A previsão é que a operação dure até quatro horas.

Médicos afirmaram que vão analisar possibilidade de procedimento para diminuir soluços. É estudado fazer uma anestesia no diafragma, medida que não é considerada uma cirurgia, explicou Cláudio Birolini, cirurgião de Bolsonaro.

O procedimento contra o soluço deve ficar para o começo da próxima semana. O médico do ex-presidente acrescentou que a anestesia no diafragma será feita antes de o paciente ter alta. Segundo laudo da PF, Bolsonaro tem de 30 a 40 soluços por minuto.

Debate sobre “pé direito” das Havaianas: que o mundo não nos ouça

O recente debate que viralizou nas redes,  provocado pela propaganda das Havaianas,  é uma prova de empobrecimento intelectual de parte da sociedade. Com tantos temas importantes na pauta, tantas questões que afligem o país,  será que interessa mesmo debater se a propaganda teve viés ideológico? Na minha reflexão para o Sertão Notícias,  da Cultura FM,  […]

O recente debate que viralizou nas redes,  provocado pela propaganda das Havaianas,  é uma prova de empobrecimento intelectual de parte da sociedade.

Com tantos temas importantes na pauta, tantas questões que afligem o país,  será que interessa mesmo debater se a propaganda teve viés ideológico?

Na minha reflexão para o Sertão Notícias,  da Cultura FM,  me perguntei o que o mundo vai dizer do Brasil ao saber que o texto da Fernanda Torres, que em nada direciona ideologicamente,  gerou essa celeuma toda no país.

Morre Tainara Souza, símbolo do combate à violência contra mulher

Tainara Souza Santos (31) morreu após ter sido atropelada e arrastada por um homem na Marginal Tietê, em São Paulo, no final de novmebro. Ela estava internada há 25 dias, passou por 3 cirurgias e teve as pernas amputadas devido à gravidade das lesões, mas não resistiu aos ferimentos. Tainara teve as duas pernas amputadas […]

Tainara Souza Santos (31) morreu após ter sido atropelada e arrastada por um homem na Marginal Tietê, em São Paulo, no final de novmebro.

Ela estava internada há 25 dias, passou por 3 cirurgias e teve as pernas amputadas devido à gravidade das lesões, mas não resistiu aos ferimentos.

Tainara teve as duas pernas amputadas após ser arrastada por mais de 1 km. O suspeito, Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso em um hotel na zona leste da capital paulista em 30 de novembro.

Na última segunda-feira (22), Tainara passou por uma nova amputação na altura da coxa para reconstruir parte dos glúteos.

“É com muita dor que venho avisar que nossa guerreirinha, a Tay, nos deixou. Descansou, agradeço desde já todas as mensagens de oração, carinho e amor que vocês tiveram comigo e pela minha filha. Ela acabou de partir desse mundo cruel e está com Deus. É uma dor enorme, mas acabou o sofrimento e agora é pedir por justiça”, escreveu a mãe de Taynara nas redes sociais.

O caso, que chocou o país, é investigado como tentativa de feminicídio, e o acusado é Douglas Alves da Silva, réu confesso. A morte foi divulgada pela mãe de Tainara nas redes sociais e confirmada ao UOL pelo advogado da família.

No Sertão, Natal é tempo que resiste até às mais fortes ventanias

Por Magno Martins O Natal deixa as pessoas mais leves, mais sensíveis e extremamente emocionadas. Mexe fortemente com os sentimentos. Em mim, provoca um tremendo saudosismo. Sinto falta dos meus pais Gastão e Margarida, fortemente contagiados pela festa cristã. Quem matava o peru para a ceia natalina, comprado na feira e colocado por 15 dias […]

Por Magno Martins

O Natal deixa as pessoas mais leves, mais sensíveis e extremamente emocionadas. Mexe fortemente com os sentimentos. Em mim, provoca um tremendo saudosismo. Sinto falta dos meus pais Gastão e Margarida, fortemente contagiados pela festa cristã.

Quem matava o peru para a ceia natalina, comprado na feira e colocado por 15 dias num sistema de engorda no quintal da casa, era papai, com uma habilidade impressionante.

Não sai da minha mente, como um filme reprisado a cada instante, cenas levadas pelo vendaval do tempo, papai costurando o papo do peru, assistido pacientemente por Jocelina, a Joça, que quase não enxergava. Usava um óculos fundo de garrafa, um vestido até a ponta do pé, quase não tinha dentes, mas falava feito uma matraca.

Para nós, Joça era a Boca Mole, mas odiava o apelido. Rogava a todos os santos e também ao xangô, frequentadora assídua, para não ser tratada assim. Brincadeira! Joça era uma queridona, uma segunda mãe, irmã de criação e estimação de mamãe. Todos os dias saía do São Braz, bairro onde morava, para ajudar mamãe, a quem tratava por Mãe Dó.

Joça enfiava a faca no pescoço das galinhas. Uma, duas, até três galinhas de capoeira, que também iam ser devoradas na ceia natalina. Eu só via o sangue jorrar pelo chão. Cena comovente, que fazia Joça chorar.

Natal também era tempo de paçoca, batida no pilão arcado por papai, que caprichava no tempero. Usava bastante cebola e farinha. A gente comia com as mãos com tamanho apetite. Éramos esfomeados. Papai nunca nos deixou passar fome, mas Sertão não tem farturas.

A fome no Sertão vem da dor da seca, da miséria e do abandono. A resiliência do povo contrasta com a crueldade da realidade, onde o prato vazio é um símbolo de um “holocausto silencioso”. A vida vira mera sobrevivência e a esperança na chuva e na solidariedade se mistura à frustração com a falta de atenção política.

O Sertão nunca vai acordar do pesadelo da fome, porque os políticos dormem eternamente em berço esplêndido. Papai lia muito os clássicos sertanejos. Aprendi com ele a devorar Guimarães Rosa, que disse que Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar. E que viver é muito perigoso.

Para Joça, a fome que rodeou sua casa de taipa no São Braz era assombração. Ela pariu muito. Perdeu uma leva de filhos para a seca. Não morriam da morte matada. Morriam de diarreia, que naquele tempo tirava a vida das crianças pobres no Sertão.

Natal, para nós, uma família gigantesca – nove filhos e agregados sem fim – era uma noite de sonhos. E de reflexões. Político, adepto da oratória, papai fazia o seu discurso com os olhos marejados e o coração dilacerado. A Deus, agradecia o pão de cada dia e só pedia saúde. “Com saúde, a gente vence todas as intempéries”, dizia.

Papai era um poeta, um ser iluminado, apaixonado pela vida e pela família, seu maior orgulho. Mamãe não vinha com sermões. Vinha com sua taça de vinho nas mãos, alegre, jorrando felicidade. Olhava em direção a cada um dos filhos e dizia, como se fosse uma saudação com a pureza e a beleza da sua alma, que latejava amor: “Quer vinho, venha”.

Doces recordações, como diz uma canção de Roberto Carlos. O Natal no Sertão nos lembra que a simplicidade da manjedoura tem a mesma força da caatinga que insiste em florescer: a vida sempre encontra um caminho.

A maior magia do Natal, seja na cidade ou no Sertão, não está nos presentes, mas na presença e no carinho que aquecem a alma e fortalecem a fé.

Diante de tantas recordações, só me resta desejar a todos um Feliz Natal, numa celebração que estende um abraço a todo o povo de fé, lembrando que o Natal é o céu que veio à terra, é Jesus dentro de cada um de nós com esperança e fé.

Magno Martins é jornalista, responsável pelo blog mais lido do Nordeste, e filho do Sertão do Pajeú