Ao lado de Barbosa, deputado faz gesto em apoio a presos do mensalão
Do G1
Sentado na cerimônia de abertura dos trabalhos no Congresso ao lado do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, o vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), manifestou apoio a deputados condenados no julgamento do mensalão fazendo um gesto usado pelo PT como sinal de “resistência – o punho cerrado erguido para o alto.
Em vários momentos da solenidade, Vargas repetiu o gesto e também tirou fotos dele mesmo ao lado de Joaquim Barbosa. Apesar do constrangimento, o ministro do STF permaneceu calado e não respondeu às provocações.
Após o evento, o deputado petista afirmou que o punho cerrado foi uma forma de criticar e “reagir” à condenação de parlamentares do PT no julgamento do mensalão.
“A gente tem se cumprimentado assim, um símbolo de reação aos nossos companheiros que foram injustamente condenados. O ministro está na nossa casa, então ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”, justificou Vargas.
Durante a sessão de abertura do ano Legislativo, o deputado André Vargas também tirou foto estilo ‘selfie’ na tribuna da Câmara, ao lado de Joaquim Barbosa.
O petista ainda criticou Joaquim Barbosa por sair de férias em janeiro sem assinar o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP). Em janeiro, o ministro rejeitou recursos do deputado e publicou o trânsito em julgado da condenação (quando não há mais possibilidade de recursos).
No entanto, o magistrado saiu de férias em 7 de janeiro sem assinar o mandado de prisão – documento necessário para que a Polícia Federal encaminhe o petista ao presídio. “Na verdade, parece que ele [Barbosa] está se comportando de forma sádica. Ele dá sentença negativa dos recursos, João Paulo veio para se entregar e não houve o mandado”, ironizou André Vargas.