Paulo Rubem pode ser vice de Armando Monteiro Neto
A possibilidade de o PDT verticalizar seu alinhamento à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), com a orientação para as instâncias regionais buscarem palanques da petista nos Estados, deixou muitos aliados do senador e pré-candidato a governador, Armando Monteiro Neto (PTB), bem animados. Sobretudo porque o petebista recebera o indicativo de integrantes da área política do Governo Federal de que o comando nacional pedetista está aberto para discutir composições que fortaleçam a legenda regionalmente.
E a coligação que se desenha como base da postulação do parlamentar poderia dedicar o espaço da vice na majoritária para atender esse desejo. Caso se concretize o movimento, o nome cotado para o posto seria o do deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT).
Historicamente, os pedetistas têm marchado com o PSB em Pernambuco. Nas eleições de 2006 e de 2010, a vaga de vice na chapa encabeçada pelo governador Eduardo Campos (PSB) foi ocupada por um representante do PDT. João Lyra Neto, que acabou migrando no ano passado para o próprio PSB com vistas à atual disputa sucessória, foi o escolhido nas duas oportunidades. Entretanto, a perda do espaço ainda reverbera negativamente na cúpula pedetista.
“A saída do João Lyra foi muito cordial e elegante, mas o partido perdeu um espaço importante e não houve nenhuma compensação (por parte do governador Eduardo Campos) por conta disso. Toda legenda sempre está disposta a discutir composições que lhe garantam espaços, ainda mais em alinhamento com a sua orientação nacional”, indicou um importante integrante da direção nacional do PDT.
Contudo, o eventual ingresso pedetista na coligação encabeçada pelo senador Armando Monteiro Neto não se restringiria à possibilidade da indicação da vice. O PDT faz a leitura de que, na Frente Popular de Pernambuco, é muito difícil para o partido reeleger os dois deputados federais que possui no Estado, Wolney Queiroz e Paulo Rubem. Participando de uma chapa com um número menor de candidatos com alta expectativa de votação, a legenda teria mais chances de manter a sua representação. E, com ela, o tempo de TV e os recursos do Fundo Partidário – ambos utilizam o quantitativo de deputados como suas bases. (Blog da Folha)