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Para integrantes da transição, entrevista de Queiroz não esclareceu dúvidas

Publicado em Notícias por em 27 de dezembro de 2018

Blog do Camarotti

Mesmo para integrantes da equipe do governo de transição, a entrevista dada por Fabrício Queiroz ao SBT não esclareceu o principal ponto de questionamentos desde que o caso estourou, há 21 dias: os depósitos na conta dele de funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

O nome de Queiroz, ex-assessor de Flávio, apareceu em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentações financeiras consideradas “atípicas” de funcionários e ex-funcionários da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. No caso de Queiroz, a movimentação foi de R$ 1,2 milhão durante um ano, segundo o Coaf.

Ao SBT, ele justificou essa movimentação pela compra e venda de carros. E disse ser um “cara de negócios”.

A expectativa interna era a de que Queiroz daria informações convincentes para encerrar o caso, o que, na avaliação de integrantes da transição, não aconteceu.

Com isso, mesmo aliados mais próximos de Bolsonaro avaliam que o caso continuará criando uma agenda negativa para o início do novo governo.

Na avaliação de um integrante da área militar da equipe de transição, Queiroz deveria ter apresentado todo o extrato de suas movimentações financeiras com explicações convincentes.

Integrantes da equipe de Bolsonaro ainda estão apreensivos com o detalhamento dessas explicações ao Ministério Público. Até agora,Queiroz faltou a duas audiências, alegando problemas de saúde.

De todo jeito, a avaliação é que a entrevista de Queiroz, depois de 21 dias do surgimento do caso, pode ajudar a tirar o foco da família Bolsonaro, centrando a cobrança de explicações diretamente no ex-assessor.

Isso porque, na entrevista, Queiroz fez questão de assumir toda responsabilidade pela movimentação na conta, dizendo que ele é o problema, e não a família Bolsonaro.

Mesmo assim, interlocutores do presidente eleito avaliam que, quanto mais demorar a explicação convincente, maior o potencial de desgaste desse caso.

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