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Ministério da Educação prepara ação para barrar curso sobre “golpe de 2016″ anunciado pela UnB

Por André Luis
Mendonça Filho, sobre o curso do “golpe”: “Absurdo”. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Do Congresso em Foco

Reflexo das eleições de 2014, o impeachment da presidente Dilma Rousseff, concretizado em 31 de agosto de 2016, está longe de ser assunto encerrado. O Ministério da Educação (MEC) vai provocar o Ministério Público Federal (MPF) contra o curso de graduação “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, anunciado pela Universidade de Brasília (UnB) e com data já marcada. Promovidas pelo Instituto de Ciência Política da UnB, as aulas terão início em 5 de março, às segundas e quartas-feiras, das 10h às 11h50. O curso se estenderá por todo o 1º semestre deste ano e é opcional aos alunos da universidade.

Além do MPF, a pasta chefiada pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE) vai acionar a Advocacia-Geral da União (AGU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) para que seja verificada a ocorrência de improbidade administrativas por parte dos organizadores do curso – responsabilidade do professor Luis Felipe Miguel, que também coordena o Grupo de Pesquisa sobre Democracia e Desigualdades (Demodê), e da monitora de pós-graduação Karina Damous Duailibe. Segundo nota divulgada pelo MEC (veja a íntegra abaixo), os acadêmicos fazem “proselitismo político e ideológico  de uma corrente política usando uma instituição pública de ensino”.

“A ementa da disciplina traz indicativos claros de uso de toda uma estrutura acadêmica, custeada por todos os brasileiros com recursos públicos, para benefício político e ideológico de determinado segmento partidário, citando, inclusive, nominalmente o PT. Dividida em 5 módulos, a disciplina tem indicativos de ter sido criada exclusivamente para militância partidária, algo que pode ser percebido no caso da temática de algumas unidades como ‘o lulismo e a promoção da paz social’, ‘o governo Dilma e a tentativa de repactuação lulista’ e ‘a resistência popular e as eleições de 2018′”, diz trecho da nota.

Ontem (quarta, 21), ao saber do curso, o ministro da Educação disse ao site Poder360 que considera absurda a ideia do curso: “Os órgãos de controle é que vão dizer como proceder. Eu achei 1 absurdo. Não é possível que no âmbito de uma universidade pública alguém possa aparelhar uma estrutura para defender ideias do PT ou de qualquer outro partido. Estão transformando o curso numa extensão do PT e dos seus aliados”, reclamou Mendonça Filho , em cuja gestão se acalenta a polêmica questão da “escola do partido”, espécie de cerceamento da livre propagação de ideias que consta de um projeto de lei (PL 867/2015) do deputado Izalci (PSDB-DF).

Pesquisa

O professor Luis Miguel se manifestou pela Facebook e disse preferir não alimentar a “falsa polêmica”. Nesse sentido, o acadêmico registra o comunicado que encaminhou a UnB para a devida divulgação. “A disciplina que estou oferecendo se alinha com valores claros, em favor da liberdade, da democracia e da justiça social, sem por isso abrir mão do rigor científico ou aderir a qualquer tipo de dogmatismo”, diz Luis Miguel, que tem recebido apoio da universidade e solidariedade da comunidade acadêmica.

O acadêmico também veiculou nas redes sociais a nota emitida pela Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) repudiando a “violência contra a liberdade de cátedra” (íntegra abaixo). A entidades diz que, caso prospere a ação do MEC, estaria configurada a prática de censura. “[…] proibir a realização da disciplina impediria os discentes que assim o desejassem de cursá-la, o que fere, por suposto, o princípio da liberdade de aprender. Diante disto, consideramos que, se a intenção manifesta do Ministro de fato se concretizar, a autonomia pedagógica das universidades brasileiras estará ameaçada, assim como os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. O ato não poderá ser avaliado de outra forma, se não como censura, característico de regimes de exceção”, diz trecho do comunicado.

A ementa do curso expõe seus três “objetivos complementares”: “(1) Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff. (2) Analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil. (3) Perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”.

Leia a nota do MEC:

O ministro da Educação, Mendonça Filho, lamenta que uma instituição respeitada e importante como a Universidade de Brasília adote uma prática de apropriação do bem público para promoção de pensamentos político-partidário ao criar a disciplina “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, que será ministrado no curso de Ciências Políticas da universidade.

O MEC irá encaminhar solicitação para a Advocacia-Geral da União (AGU), ao Tribunal de Contas da União (TCU), à Controladoria-Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal (MPF) para a apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina na Universidade de Brasília (UnB) por fazer proselitismo político e ideológico de uma corrente política usando uma instituição pública de ensino.

A ementa da disciplina traz indicativos claros de uso de toda uma estrutura acadêmica, custeada por todos os brasileiros com recursos públicos, para benefício político e ideológico de determinado segmento partidário, citando, inclusive, nominalmente o PT. Dividida em 5 módulos, a disciplina tem indicativos de ter sido criada exclusivamente para militância partidária, algo que pode ser percebido no caso da temática de algumas unidades como “o lulismo e a promoção da paz social”, “o governo Dilma e a tentativa de repactuação lulista” e “a resistência popular e as eleições de 2018″.

Além disso, há, também, módulos tratando sobre “O PT e o Pacto Lulista”, “Democratização e Desdemocratização” e “O Governo ilegítimo e a resistência”, em um ataque claro às instituições brasileiras, incluindo o próprio Supremo Tribunal Federal (STF).

O texto do professor Luis Felipe:

Um site aqui de Brasília publicou a ementa da minha disciplina sobre o golpe e vários jornais correram à UnB para pedir posição sobre este “absurdo” – começando pelo pasquim fascistoide do Paraná, especializado no ataque à universidade pública.

Não vejo nenhum sentido em alimentar a falsa polêmica que querem abrir. Pedi à assessoria de comunicação da universidade que encaminhasse, de minha parte, apenas a seguinte observação:

Trata-se de uma disciplina corriqueira, de interpelação da realidade à luz do conhecimento produzido nas ciências sociais, que não merece o estardalhaço artificialmente criado sobre ela. A única coisa que não é corriqueira é a situação atual do Brasil, sobre a qual a disciplina se debruçará. De resto, na academia é como no jornalismo: o discurso da “imparcialidade” é muitas vezes brandido para inibir qualquer interpelação crítica do mundo e para transmitir uma aceitação conservadora da realidade existente. A disciplina que estou oferecendo se alinha com valores claros, em favor da liberdade, da democracia e da justiça social, sem por isso abrir mão do rigor científico ou aderir a qualquer tipo de dogmatismo. É assim que se faz a melhor ciência e que a universidade pode realizar seu compromisso de contribuir para a construção de uma sociedade melhor.

Leia a nota da ABCP:

A Diretoria da ABCP vem manifestar a sua profunda preocupação com o intenção do ministro da Educação, Mendonça Filho, veiculada por diversos sites de notícias na quarta feira, dia 21 de fevereiro, de acionar os órgãos de controle para analisar a legalidade de uma disciplina a ser lecionada no Instituto de Ciência Politica da Universidade de Brasília (IPOL-UNB), cujo conteúdo refere-se à análise da democracia brasileira contemporânea, abrangendo o período que antecede a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff até os dias atuais.

A Diretoria da ABCP entende que a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 206, II, garante aos docentes e discentes o pleno exercício da liberdade de ensinar e aprender, assim como faculta às Universidades brasileiras autonomia pedagógica. Ressalte-se ainda que a disciplina questionada pelo MEC é uma cadeira optativa de ementário livre, sendo facultado aos docentes montar o programa com o intuito de apresentar pesquisas recentes e debater temas da atualidade. A rigor, nenhum aluno ou aluna do curso de graduação em Ciência Política da UNB é obrigado a cursá-la. Por outro lado, proibir a realização da disciplina impediria os discentes que assim o desejassem de cursá-la, o que fere, por suposto, o princípio da liberdade de aprender.

Diante disto, consideramos que, se a intenção manifesta do Ministro de fato se concretizar, a autonomia pedagógica das universidades brasileiras estará ameaçada, assim como os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal. O ato não poderá ser avaliado de outra forma, se não como censura, característico de regimes de exceção.

Outras Notícias

Afogados: alunos da rede municipal recebem Medalha de Ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), edição 2018, reuniu mais de 18 milhões de inscritos em todo o Brasil. Participaram alunos dos ensinos fundamental, médio e universitário. A 14ª edição da OBMEP também contou com a participação de escolas particulares, registrando um novo recorde de escolas inscritas: 54.498 instituições, abrangendo 99,44% dos […]

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), edição 2018, reuniu mais de 18 milhões de inscritos em todo o Brasil. Participaram alunos dos ensinos fundamental, médio e universitário. A 14ª edição da OBMEP também contou com a participação de escolas particulares, registrando um novo recorde de escolas inscritas: 54.498 instituições, abrangendo 99,44% dos municípios de todo o país. Os inscritos foram oriundos de 48.970 escolas públicas e 5.528 escolas particulares.

Ao todo, 575 estudantes foram agraciados no País com a honraria máxima: a medalha de ouro. Destes, dois são Afogadenses, alunos da rede pública municipal de ensino. São eles os jovens Bruno Vinícius, aluno da Escola Municipal Ana Melo; e Alisson Alberto, aluno da Escola Municipal Dom Mota.

A entrega das medalhas aconteceu na tarde desta segunda (08), em Salvador, no Fiesta Bahia Hotel. Além dos familiares, os alunos foram acompanhados pela Secretária Municipal de Educação, Veratânia Moraes e pelo Vice-prefeito Alessandro Palmeira. Para se ter ideia da importância da premiação que Afogados recebeu, apenas cinco alunos foram agraciados com a medalha de ouro em todo o Estado da Bahia.

“Nossos alunos tem se destacado nessa e em outras olimpíadas nacionais do conhecimento. Afogados teve quase metade das medalhas que obteve o Estado da Bahia. Esses resultados são fruto da qualidade do ensino ofertado em nossas escolas municipais, da dedicação dos nossos professores, revelando jovens talentos nas mais diversas áreas do conhecimento,” destacou o Vice-Prefeito, Alessandro Palmeira, que representou o Prefeito José Patriota na solenidade.

A premiação contou com as presenças do ministro da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, e do diretor-adjunto do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e coordenador-geral da Obmep, Cláudio Landim. Também foram premiados um aluno de Brejinho e outro de Quixaba.

Glosadoras do Pajeú marcam presença na Festa de Louro 2024

Um dos mais importantes eventos de Pernambuco, repleto de poesia e arte, é realizado em São José do Egito em celebração à memória de Lourival Batista, que em 2024 completaria 109 anos de vida. “Para a gente é a ocupação de um espaço estratégico enquanto mulheres poetisas”, descrevem. Poesia no improviso com coesão e beleza […]

Um dos mais importantes eventos de Pernambuco, repleto de poesia e arte, é realizado em São José do Egito em celebração à memória de Lourival Batista, que em 2024 completaria 109 anos de vida. “Para a gente é a ocupação de um espaço estratégico enquanto mulheres poetisas”, descrevem.

Poesia no improviso com coesão e beleza não é para qualquer um, mas é a especialidade das poetisas Erivoneide Amaral (Afogados da Ingazeira), Elenilda Amaral (Afogados da Ingazeira), Dayane Rocha (Brejinho de Tabira), Milene Augusto (Solidão), Francisca Araújo (Iguaracy) e Thaynnara Queiróz (Carnaíba): as sertanejas comandam o grupo “Mulheres de Repente” e levam para o mundo o incrível talento da poesias originais. 

Junto com a multiartista Luna Vitrolira, poetisa que faz a mediação das apresentações, elas chegam à Festa de Louro inaugurando o projeto “Glosa: nuances da oralidade e da escrita”, ação com oficina mais apresentação, que é desenvolvido com o apoio do Funcultura. A produtora executiva Taciana Enes completa o time de super mulheres de repente!

As oficinas “Nuances da Glosa” serão gratuitas e terão duração de três dias: de 03 a 05 de janeiro de 2024, das 8h às 12h, com direito a certificação. Serão abordados: a origem da Glosa e da Mesa de Glosas e oralidade e identidade pajeúnica; produção literária de mulheres no improviso e declamação e performance; métrica, rima e oração e estratégias e técnicas de criação do improviso.

Quem pretende participar deve se inscrever no link https://forms.gle/ZbgK7TwFgkcqKT4q8 : serão apenas 15 vagas e as aulas ocorrerão no Centro de Cultura Professor Bernardo Jucá.

Também será criada uma “Cartilha da Glosa”, nos formatos impresso e e-book (180 unidades para impressão), sendo a culminância de cada etapa do projeto a realização de uma “Mesa de Glosas” em cada cidade, com intérprete de libras junto ao grupo para fomentar a acessibilidade e integração dos públicos.

“A formação de mulheres na Glosa representa um forte e estratégico movimento como uma forma de fortalecer o cenário da poesia de repente feita por mulheres, fomentando a cultura do improviso da poesia popular. Nesta oficina as poetas glosadoras da nova geração, junto com a coordenadora de Mesa de Glosas, Luna Vitrolira, pesquisadora da modalidade e mestra em Teoria da Literatura, estarão juntas, incentivando o surgimento de novas vozes femininas no improviso, que darão continuidade a essa tradição”, informa o projeto.

Thaynnara Queiróz, uma das poetisas, explica que foi a profissionalização do grupo que fomentou a ampliação da atuação feminina na glosa: “Elenilda e Dayane foram as primeiras a ocupar esses espaços, depois a gente foi chegando junto, e quando criamos o “Mulheres de Repente” a gente passou a ter um espaço muito maior, inclusive fora do Estado. Para além de hobby ou espaço de resistência, esse movimento é estratégico para romper esse pensamento de limitar o espaço da mulher”.

ENTENDENDO A GLOSA

Dentre as centenas de atividades oficiais e paralelas da Festa de Louro, tradicional evento no calendário das artes em Pernambuco, sem dúvida a mesa de glosas é uma das mais prestigiadas: modalidade de poesia de improviso criada no Pajeú Pernambucano, apresenta esquema rígido de funcionamento, a partir de métrica onde os poemas são improvisados em décimas, com motes elaborados pelo mediador da mesa e revelados apenas na hora da glosa para as poetas.

“Essa estrutura de dois versos determina os assuntos, a forma métrica e as rimas a serem usadas no improviso, além de obrigatoriamente encerrar as estrofes”, explica Luna Vitrolira.

Para o evento de Louro, as poetisas pretendem abordar temáticas relacionadas à contemporaneidade, como educação e igualdade, mas sem abrir mão de assuntos mais poéticos que exaltem a resistência e importância da arte. 

“MOTE dado por Dayane Rocha: 

As “Mulheres de Repente” têm a força do Sertão

Nasceu pra mesa de glosa

A primeira poetisa

Elenilda, que é precisa

Foi nossa primeira rosa.

Tem Dayane corajosa

Francisca que é explosão

Milene é só emoção

Thaynnara completa a gente

“As mulheres de repente

Têm a força do Sertão”.

Glosa: Erivoneide Amaral”

UM 2023 ARRETADO

As artistas iniciam 2024 ainda em êxtase pelo sucesso do grupo em 2023, com direito a apresentações em São Paulo, Festa Literária de Paraty (RJ), apresentações em eventos federais em Brasília e matérias na mídia importantes, com destaque para uma matéria gravada pela TV Cultura para o programa Metrópoles.

O grupo possui uma série de conteúdos disponível no instagram  @mulheres_de_repente; e um pouco do resumo dos projetos nos últimos anos estão disponíveis nos links https://www.youtube.com/watch?v=uhJEABdpdNg (mesa de glosa na Flup 2022) e https://www.youtube.com/watch?v=Si4vTb4TXB8 (Mulheres de Repente – Comemoração dos 35 anos do Programa Metrópolis da TV CULTURA).

SERVIÇO: “Mulheres de Repente” em São José do Egito (PE): projeto “Glosa: nuances da oralidade e da escrita”

Oficina: 03 a 05 de janeiro de 2024.

08h às 12h presencial com carga horária extra.

Local: Centro de Cultura

Inscrições: https://forms.gle/ZbgK7TwFgkcqKT4q8 

Apoio: Funcultura

Mesa de Glosa: 05/01/24 15h.

Vídeo: Vereador joga dinheiro pela janela da Câmara e afirma que recebeu do prefeito para renunciar

Por g1 MA – São Luís Na manhã desta sexta-feira (4), um vereador do município de Cândido Mendes, no Maranhão, provocou um alvoroço na cidade ao jogar dinheiro pela janela da Câmara. Em um vídeo (veja abaixo), o vereador Sababá Filho (PCdoB) aparece fazendo um longo discurso na Câmara de Vereadores, que se preparava para […]

Por g1 MA – São Luís

Na manhã desta sexta-feira (4), um vereador do município de Cândido Mendes, no Maranhão, provocou um alvoroço na cidade ao jogar dinheiro pela janela da Câmara.

Em um vídeo (veja abaixo), o vereador Sababá Filho (PCdoB) aparece fazendo um longo discurso na Câmara de Vereadores, que se preparava para a sua renúncia. No entanto, ele rasga a carta de renúncia e afirma que recebeu R$ 300 mil do prefeito Facinho (PL) para desistir do mandato.

Nas imagens, o vereador apresenta uma mochila cheia de dinheiro, diz que teme pela própria vida, mas que não iria renunciar. Em seguida, ele pega as notas na mochila e joga pela janela da Câmara dos Vereadores.

O valor seria de R$ 250 mil e, na rua, a atitude do vereador chamou a atenção da população, que se amontoou e disputou as várias notas que foram jogadas.

Conflito entre prefeito e oposição

Cândido Mendes vive uma crise política por causa de diversos conflitos envolvendo o prefeito Facinho , seu grupo político na Câmara e vereadores de oposição.

Em sessão extraordinária da Câmara , no dia 26 de junho, quatro vereadores da base do prefeito foram cassados por suposta quebra de decoro parlamentar, após uma sessão secreta aberta pelo presidente da Câmara, Josenilton Santos, que faz parte do grupo da oposição.

Segundo os vereadores, a suposta manobra foi feita para que a oposição tivesse maioria na Câmara para cassar o prefeito. No entanto, os vereadores cassados conseguiram um Mandado de Segurança na Justiça que anulou a cassação e os reconduziu aos cargos.

Após o caso, a crise na Câmara de Vereadores se acentuou e, nesta sexta-feira (4), um dos vereadores de oposição, Sababá Filho, afirmou que recebeu dinheiro do prefeito para renunciar.

O que diz o prefeito

Em nota, o prefeito Facinho (PL) afirmou que não manteve contato com o vereador Sababá e que irá processá-lo por calúnia e difamação.

“O Prefeito JOSE BONIFACIO ROCHA DE JESUS vem a público, acerca dos fatos envolvendo o vereador SABABA FILHO, esclarecer: primeiro, não manteve nenhum tipo de contato ou teve qualquer tratativa com esse vereador, seu notório inimigo político e conhecido por armações e criar espetáculos, para se promover; segundo, o que o prefeito soube foi que o referido vereador preparou carta de renúncia, tendo comparecido pessoalmente a um Cartório, em São Luís-MA, reconheceu sua assinatura no referido documento e o protocolou na Câmara Municipal, na tarde de ontem (03/08/2023); e por fim, o que se sabe é o que referido vereador estava desesperado, por ter tentado me cassar e não ter conseguido, por não ter fundamentos legais, tampouco quórum necessário para cassação, não tendo para este prefeito nenhuma utilidade em sua renúncia ou não, sendo insignificante a sua saída da Câmara. Tudo não passou de uma simulação para criar tumulto e aparecer”, diz a defesa do prefeito.

Anchieta Patriota entrega fogões ecológicos para moradores da zona rural de Carnaíba

Por André Luis O prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, realizou nesta segunda-feira (9), a entrega de oito fogões ecológicos para moradores das comunidades de Curral Velho e Riacho Fundo II, na zona rural do município. Os fogões ecológicos são uma tecnologia ambientalmente sustentável, que reduzem o consumo de lenha e a emissão de gases poluentes. […]

Por André Luis

O prefeito de Carnaíba, Anchieta Patriota, realizou nesta segunda-feira (9), a entrega de oito fogões ecológicos para moradores das comunidades de Curral Velho e Riacho Fundo II, na zona rural do município.

Os fogões ecológicos são uma tecnologia ambientalmente sustentável, que reduzem o consumo de lenha e a emissão de gases poluentes. Além disso, eles também representam uma economia significativa para as famílias, que podem diminuir o gasto com fogões a gás.

Anchieta Patriota estava acompanhado dos secretários Everaldo Patriota, da Administração, e Anchieta Alves da Agricultura, assim como também, presidentes de associações e a população local.

“Estamos muito felizes em poder entregar esses fogões ecológicos para as famílias da zona rural de Carnaíba. Além de serem uma tecnologia sustentável, eles também representam uma economia significativa para as famílias”, afirmou o prefeito.

Sobre os fogões ecológicos

Os fogões ecológicos são uma tecnologia que utiliza o princípio da combustão lenta para cozinhar alimentos. Eles são feitos de material cerâmico e têm uma câmara de combustão que é selada. Isso permite que o calor seja retido e usado de forma mais eficiente.

Os fogões ecológicos são uma alternativa sustentável aos fogões a lenha e a gás. Eles reduzem o consumo de lenha e a emissão de gases poluentes. Além disso, eles também são mais econômicos, pois consomem menos combustível.

Amupe mobiliza gestores para o Prêmio MuniCiência

As iniciativas inovadoras implementadas nos Municípios pernambucanos poderão ser conhecidas nacionalmente através do Prêmio MuniCiência promovido pela CNN, em parceria com a União Europeia.  A Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe, topa a ideia através do Projeto Gestão Cidadã e mobiliza municípios a participarem do prêmio, onde concorre os municípios dos quatro cantos do país. […]

As iniciativas inovadoras implementadas nos Municípios pernambucanos poderão ser conhecidas nacionalmente através do Prêmio MuniCiência promovido pela CNN, em parceria com a União Europeia.  A Associação Municipalista de Pernambuco – Amupe, topa a ideia através do Projeto Gestão Cidadã e mobiliza municípios a participarem do prêmio, onde concorre os municípios dos quatro cantos do país. Agora é correr para se inscrever até 8 de julho próximo.

Segundo a CNM, o processo seletivo é separado em etapas. A primeira é das inscrições. Para participar da seleção não é necessário seguir um tema específico, mas é preciso que o projeto esteja em andamento e seja voltado à gestão municipal. “Não pode estar na fase de planejamento, nem ter sido encerrada. Nós precisamos ver resultados, como a iniciativa acontece, por isso é importante que ela esteja ativa no momento da inscrição”, reforçou a responsável pelo Projeto UniverCidades na CNM, Jasmim Madueño.

Os interessados que devem acessar o portal do MuniCiência e clicar em inscreva-se. Neste link, além do caminho para a inscrição, o municipalista terá acesso ao edital com normas e regras para participação, bem como ao cronograma com as etapas. Podem participar do processo seletivo Municípios e Consórcios Intermunicipais podendo, cada um, cadastrar até duas boas práticas.

Entre as regras, caso selecionado, o Município deve ser filiado à CNM. O mesmo caso se aplica aos consórcios municipais ou intermunicipais, quando todos os Municípios integrantes devem ser filiados à entidade.

Resultado

 Ainda conforme a CNM, uma comissão formada por especialistas e técnicos da entidade vai avaliar todas as iniciativas inscritas. Destas, 30 serão selecionadas para a 2ª etapa. Em seguida, serão submetidas ao Conselho Político da entidade para validação. Nesta fase do processo, os Municípios contemplados entre os selecionados, devem complementar as informações em formulário detalhado, apresentando evidências, além de um vídeo gravado com depoimento do prefeito (a) com duração de até dois minutos sobre a experiência de implantação da iniciativa.

Ao fim do prazo, a Comissão se reúne novamente e chega ao resultado final com as dez melhores iniciativas, que será divulgado durante a XXIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

Premiação

As dez melhores boas práticas serão divulgadas em eventos nacionais e internacionais, além das redes sociais da CNM e do projeto. Serão elaborados, ainda, guias de reaplicação das iniciativas, reafirmando o reconhecimento aos prefeitos (as) e aos Municípios com práticas inovadoras na gestão reaplicáveis. As dez iniciativas serão submetidas a votação nacional online, cujos prefeitos das cinco mais votadas participam de Seminário Internacional para intercâmbio de experiências, em junho de 2020.