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José Dirceu pede ao Supremo para ficar preso em Brasília

Publicado em Notícias por em 3 de agosto de 2015

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Do G1, em Brasília

A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pediu nesta segunda-feira (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele permaneça em alguma unidade prisional em Brasília e não seja transferido para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde estão outros investigados presos da Operação Lava Jato.

Preso na manhã desta segunda na capital federal, Dirceu é alvo da 17ª fase da Lava Jato, por suspeita de ter idealizado o esquema de corrupção na Petrobras, além de recebimento de propina da estatal para sua empresa de consultoria.

O pedido de permanência em Brasília foi encaminhado ao ministro Luís Roberto Barroso, relator das execuções penais do processo do mensalão, pelo qual Dirceu foi condenado e ainda cumpre pena em prisão domiciliar.

No pedido, a defesa alega que, desde que soube que era investigado, Dirceu se colocou à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos. Para os advogados do ex-ministro, a exemplo de presos condenados, Dirceu poderia passar o tempo de prisão preventiva perto de familiares.

O advogado Roberto Podval, que defende Dirceu no caso, afirma que ele poderia ser interrogado na própria capital federal, ou que investigadores de Curitiba poderiam vir a Brasília para algum ato relacionado à prisão. Mais cedo, Barroso disse que decidirá nesta segunda se autoriza a transferência de Dirceu para a cadeia da PF em Curitiba.

Segundo as investigações do Ministério Público Federal, o ex-ministro da Casa Civil participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Montou esquema na Petrobras enquanto era ministro, diz MPF: O Ministério Público Federal e a Polícia Federal afirmaram nesta segunda-feira (3) que o ex-ministro José Dirceu, preso na 17ª fase da Operação Lava Jato, participou da instituição do esquema de corrupção da Petrobras quando ainda estava na chefia da Casa Civil, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O ex-ministro “repetiu o esquema do mensalão”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima em entrevista em Curitiba. “Não é à toa que o ministro do Supremo disse que o DNA é o mesmo. Nós temos o DNA, realmente, de compra de apoio parlamentar – pelo Banco do Brasil, no caso do mensalão, como na Petrobras, no caso da Lava Jato.”

Segundo ele, Dirceu foi “instituidor e beneficiário do esquema da Petrobras”, mesmo durante e após o julgamento do mensalão.

“José Dirceu recebia valores nesse esquema criminoso enquanto investigado no mensalão e enquanto foi preso. Seu irmão fazia o papel de ir até as empresas para pedir esses valores.” O procurador afirmou que esta foi uma das razões que motivaram o novo pedido de prisão para Dirceu, que já cumpria prisão domiciliar por condenação no mensalão.

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