Humberto critica forma de escolha e nome de Paulo Câmara
Do JC On Line
A primeira “cutucada” oriunda do campo da oposição em relação à composição da chapa governista construída pelo governador Eduardo Campos (PSB), na sucessão estadual, partiu do senador Humberto Costa (PT). Em entrevista nessa sexta-feira à Rádio Jornal, o petista fez questão de enfatizar que o processo de decisão dentro PT não será feito por uma “única pessoa”, como ocorreu, segundo ele, no PSB.
“Logicamente nós não vamos ter uma decisão como foi à do PSB. Uma decisão em que uma única pessoa decida por vários partidos. Um tipo de política que absolutamente de novo não tem nada”, disparou o senador em resposta ao comunicador Geraldo Freire. Na eleição municipal de 2012, porém, o PT foi acusado internamente de “ingerência” da Nacional no processo local, na medida em que anulou as prévias, rifando da disputa o ex-prefeito João da Costa e o ex-petista Maurício Rands (hoje no PSB).
O senador Humberto Costa já admite que pode ser apressado o calendário de discussões internas para definir se o PT terá candidatura própria no Estado ou apoiará o senador Armando Monteiro (PTB), como deseja a cúpula petista.
“Acredito que é perfeitamente possível anteciparmos essa definição, que acredito que hoje marcha para o entendimento com o PTB, e o PT participando dessa chapa, possivelmente com a indicação para o Senado. (…) É possível fazer tudo isso democraticamente num período curto de tempo”, disse, frisando que a escolha pela aliança com PTB é uma opinião pessoal sua.
Ele não quis comentar a escolha por Paulo Câmara. “Prefiro não emitir nenhuma opinião sobre o posicionamento dos adversários”, disse. “Queremos dar a Pernambuco uma alternativa de alguém que tenha experiência técnica, que seja capaz de agregar, que tenha experiência política, capacidade de abrir caminhos para recursos, que tenha presença própria e reconhecimento pelo eleitorado”, acrescentou, frisando características como “experiência política” e “reconhecimento do eleitorado” que faltam a Câmara, neófito na política.