“Você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador. Governador quem elege é o povo”, cutuca Armando
Pré-candidato a governador, o senador Armando Monteiro (PTB) concedeu entrevista ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, no Recife, nesta segunda-feira (24).
O senador falou também sobre a formação do palanque de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff em Pernambuco, sobre o processo de escolha do candidato adversário e o precário debate entre a necessidade de um perfil técnico ou político. “O fundamental nesse processo é que se possa aliar experiência, capacidade de articulação e um sentido de direção. Outra questão também muito importante é a capacidade de caminhar com as próprias pernas, ter um sentido de independência, que é tão importante e algo tão caro a Pernambuco”, acrescentou.
Monteiro avaliou a escolha de Paulo Câmara pelo bloco governista ao Governo de Pernambuco, quando perguntado por Geraldo se o candidato “era um poste”.
“Não, eu não digo isso. Eu tenho respeito pelas pessoas e esse processo que culminou com a indicação é um processo que foi acompanhado por vocês, que, em última instância, indicou que não havia uma candidatura natural nesse campo. Tanto que se assistiu a um processo curioso em que havia exposição de nomes, frituras, vetos. Mas isso não importa! O que importa é que ao final essa escolha foi definida e, a partir de agora, definidas as pré-candidaturas e confirmadas nas convenções, esse crivo muda. Não é mais um grupo fechado, não é mais um processo que se dá dentro de um grupo. Aí, sim, nós temos que ter um crivo da opinião pública, porque é ela que vai efetivamente fazer um julgamento da habilitação do candidato. Portanto, aí, esse outro campo, é um campo essencialmente democrático. E aí só o debate, o contraditório, a discussão das questões de Pernambuco é que ao final vão orientar esse processo. Eu quero dizer é que você nomeia secretário, mas ninguém nomeia governador. Governador quem elege é o povo”.