PT Nacional quer Armando, mas rejeita intervenção na decisão em Pernambuco
do Diário de Pernambuco
Depois de amargar uma derrota na eleição de 2012 para o PSB, quando o PT nacional impôs a candidatura do senador Humberto Costa (PT) em detrimento do ex-prefeito João da Costa (PT) para a Prefeitura do Recife, o presidente nacional da legenda, Rui Falcão, garantiu ontem no Recife que o partido não agirá com mão de ferro para escolha do candidato ao governo de Pernambuco.
O petista afirmou que apesar de sua preferência, do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff pela formação de uma aliança entre PT e PTB para apoiar a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo do estado já no primeiro turno, o comando nacional não vai impor nada ao PT estadual.
De acordo com Rui Falcão, caberá à direção estadual decidir. “Minha mão é bem fraquinha para querer ser mão de ferro. É verdade que em alguns momentos Lula expressou a opinião dele (apoiar Armando), que é também a minha opinião. Agora isso não significa que há uma determinação, uma mão de ferro para impor essa opinião”, argumentou.
Apesar de destacar que a definição de candidatura própria ou aliança com o PTB caberia ao PT local definir, o presidente nacional do PT abriu espaço na agenda para tomar café na casa de Armando Monteiro, em Boa Viagem, acompanhado da presidente estadual da legenda, deputada Teresa Leitão (PT). O pestista procurou “abafar” qualquer especulação de que o apoio do PT a Armando era fato consumado.
Ao analisar a derrota do PT no Recife para o prefeito Geraldo Julio (PSB), Falcão admitiu que a direção falhou naquela eleição, mas disse que o “ato falho” não se repetiria. “Os erros do passado que cometemos, inclusive em Pernambuco, são uma responsabilidade coletiva, mas eu assumi isso como responsabilidade da presidência. Nós não queremos voltar a cometê-los”, prometeu.
Rui Falcão garantiu que a partir de março, o ex-presidente Lula estará livre para marcar presença nos estados e que o petista virá a Pernambuco, no mínimo uma vez. Segundo Falcão, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), terá dificuldade para emplacar o discurso do novo e fazer críticas ao governo federal, uma vez que o PSB esteve no governo até bem pouco tempo.