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Pedro Eugênio lembra 50 anos do golpe e defende “não permitir que aqueles que praticaram crimes continuem impunes”.

Publicado em Sem categoria por em 27 de março de 2014

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No dia 31 de março, o Golpe Militar de 1964 completa 50 anos. O deputado Pedro Eugênio (PT-PE) relatou no Plenário da Câmara fatos que marcaram sua vida e estão relacionados a este episódio da História do Brasil. “Como é terrível ver como eu vi, os diretórios da Universidade Católica serem literalmente destruídos por tratores, serem fisicamente arrasados! Como é terrível ver alunos e colegas serem perseguidos, caçados, simplesmente por fazerem política, a maior escola que alguém pode ter: fazer política estudantil e aprender o que é cidadania!”

O Deputado lembrou a prisão de Cândido Pinto de Melo, Presidente da UEP, que viveu na clandestinidade e recebeu um tiro na coluna, na Ponte da Torre, em Recife, tendo sido vitimado, ficando paraplégico — tiro desferido pelo Major Ferreira, do CCC, braço clandestino das forças reacionárias”.

“Eu mesmo passei pelo infortúnio de ser preso no DOI-CODI por fazer militância política no movimento estudantil. Sofri na pele a tortura física e mental de ser privado do convívio com a família, vivendo absolutamente à margem da lei. Senti que o Estado brasileiro cumpriu, naquele momento, a triste missão de ser delegado de interesses externos, impondo ao povo brasileiro o tacão, a truculência, a violência e o impedimento da militância política legítima”, relatou.

Eugênio lembrou que quando fala dos militares, não fala com ranço. “Estudei 7 anos no Colégio Militar. Meu pai era coronel aposentado do Exército Brasileiro. Aprendi a respeitar o Exército Brasileiro e a ver, pelo exemplo de meu pai, a farda verde-oliva como um exemplo de compromisso com a cidadania, que era o compromisso do meu pai, Nadir Toledo Cabral, que faleceu antes do golpe”.

O Coronel Paulo Magalhães assumiu que torturou, matou e ocultou corpos. Lei de Anistia deixa casos como esse impunes. Pedro Eugênio defende

O Coronel Paulo Magalhães assumiu que torturou, matou e ocultou corpos. Lei de Anistia deixa casos como esse impunes. Pedro Eugênio defende “que não haja lugar para permitir que continuem impunes”.

Pedro Eugênio disse que entretanto, é importante não  permitir que aqueles que praticaram crimes continuem impunes. “Não guardamos nenhum ranço e nenhuma vontade de fazer vingança, mas apenas o desejo de fazer com que, através das Comissões da Verdade, a verdade venha à tona”.

E tem razão: O país ficou em sua maioria perplexo com o relato do Coronel Paulo Magalhães, que assumiu ter atuado na chamada Casa da Morte,  admite que torturou, matou e ocultou corpos na ditadura militar, que  se recusou a apontar nomes de vítimas e não contou quantas matou… e ficará impune sob os olhares da famigerada Lei de Anistia.

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