Líder do PPS diz que partido pode recuar no apoio à candidatura de Eduardo Campos
O presidente estadual do PPS de São Paulo, Davi Zaia, disse ontem, ao Diario, que a sigla pós-comunista “pode” recuar no apoio que deu à candidatura presidencial de Eduardo Campos caso o PSB paulistano não dê suporte à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Os paulistas foram vitais no processo que definiu o apoio a Eduardo e não ao senador Aécio Neves, como era previsto.
Segundo Davi Zaia, no Congresso do PPS realizado em 7 de dezembro do ano passado, houve 152 votos favoráveis à “indicação de apoio” à candidatura de Eduardo, sendo que, desses, cerca de 80 foram de São Paulo, quase a metade. “Quando a gente deu indicativo de apoio a Eduardo, a gente tinha a informação de que o PSB iria apoiar a reeleição do governador (Alckmin), como ainda temos. Quando tomamos essa decisão, foi de trabalho junto com Geraldo Alckmin”.
Zaia não negou a influência de Alkmin na decisão do PPS, o que também ressalta a divisão no ninho tucano, já que Aécio é presidenciável. “Estamos trabalhando com hipóteses. Marina é da Rede, mas ela está filiada ao PSB. Ela não se filiou ao PPS. O PSB é quem tem que decidir”, disse.
O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, preferiu não polemizar a decisão da sigla em São Paulo. Ele admitiu a possibilidade de rediscutir a aliança, mas não coloca isso como prioridade. “É natural que cada um tenha a sua opinião dentro do partido. Se houver a necessidade, vamos reavaliar. Qual o problema nisso?”, disse. Eduardo viajou para Washington ontem à noite, mas desde segunda-feira estava em São Paulo. Ontem, o governador e Marina analisaram a síntese das diretrizes do programa de governo que as duas siglas vão apresentar no dia 30 de janeiro.