Caso de agressão envolvendo filho de ex-prefeito toma as redes
Blog foi procurado por pessoa ligada ao menor agredido e apurou caso na Polícia Civil
Atualizado às 13h40
Desde a última quinta-feira, um episódio de violência envolvendo um filho menor do ex-prefeito Totonho Valadares toma as redes em Afogados da Ingazeira.
As informações dão conta de uma agressão utilizando-se de um capacete contra um outro menor, no Colégio Normal Estadual. A vítima é da Vila Pitombeira, também em Afogados da Ingazeira.
Primo do menor atingido, Charles Cordeiro procurou o blog diz que o caso teve status de tentativa de homicídio. Também reclama da postura da Direção do Colégio Normal Estadual.
“O menino está com rosto todo disconfigurado. Fui atrás da gestora, mas ela disse que as câmaras da escola não pegaram nada. Que tinha apenas o vídeo da movimentação da escola e que do ato em si não tinha, que já tinha passado pro Conselho Tutelar. Mas pelo jeito do falar dela, ela está acobertando”, reclama. Ele mostrou imagens da farda ensanguentada da vítima e dele no Hospital Regional.
Também diz que se fosse o contrário, Renan estaria “preso”. Para menores, o caso sugere apreensão ou internação. “Pelo que vimos, ele foi retirado da cidade e está numa praia, como se nada tivesse acontecido. Mas não vamos sossegar. Queremos justiça”, diz.
O blog buscou fontes da Polícia Civil. Verificou que há duas apurações. A da agressão em si, cometida pelo filho de Totonho contra outro menor, identificado como Renan, morador da Vila Pitombeira.
“Um filho de Totonho veio registrar um BO por ameaça contra um familiar da vítima que foi atingida pelo capacete”.
Também que os dois menores já tinham inimizade pregressa. Em vez de buscarem pacificar a situação, alimentaram a rixa. “Ninguém chegou pra pôr fim a isso. Pelo contrário, estimulavam a confusão”, diz a fonte policial.
O menor agressor responderá pelo ato infracional. Haverá ouvidas essa semana. “Foi uma tentativa de homicídio”, diz o denunciante. O menor agredido já foi liberado do Hospital Regional Emília Câmara e recupera-se em casa.
Da redação
O blog apurou que houve questionamentos à imprensa por não dar repercussão ao caso. Entretanto, à exceção da repercussão nas redes sociais, com enorme carência de detalhes, não houve informações oficiais. Por exemplo, não há boletim oficial. Nesses casos, quando há apuração, a notícia se dá pela relevância e repercussão social.
Outro lado: escola diz que há histórico de agressões. Familiares de ex-prefeito também relatam agressão sofrida e querem pacificar situação. “Briga de adolescentes”
A EREM Ione de Góis Barros, pelo que o blog apurou, trata o caso com cuidado por tratar-se de dois menores.
O menor que foi atingido hoje já teria invadido a sala de aula do agressor atual e o agredido a socos. No episódio a boca do menor teria sido cortada.
Responsáveis teriam garantido que não haveria mais agressões, mas os episódios de gozação sobre o caso não pararam. O caso também teria envolvido agressão verbal a uma menor.
Outra questão é que, de fato, a escola não teria câmeras que filmaram a agressão específica. Também que a obrigação seria passar à polícia, não a familiares. Os dois deverão ser transferidos da escola.
Já familiares do ex-prefeito Totonho Valadares defendem diálogo entre as partes para resolver definitivamente a situação. Dizem que a todo momento o menor agredido foi monitorado e acompanhado no Hospital Regional Emília Câmara.
Ainda que não defendem nem um dos lados, que ambos erraram antes e agora e que o momento é de pacificar o ambiente e seguir. Ainda negam proteção e que o caso tem que ser devidamente apurado, do episódio ao histórico de ambos. Tratam a questão como “briga de adolescentes”. A gerência regional de Educação também acompanha o caso.