Campos defende maior autonomia do Banco Central
do Diário de Pernambuco
Em entrevista aos jornais Wall Street Journal (EUA) e Financial Times (Inglaterra), o pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB) defendeu uma maior autonomia do Banco Central (BC). De acordo com ele, isso é fundamental para “encorajar investidores” e “ajudar o Brasil a retomar o rápido crescimento”.
“É preciso restabelecermos a sintonia na política econômica. Hoje a política fiscal e a política monetária caminham separadamente”, afirmou o presidenciável. O socialista colocou este ponto como um dos um dos temas a serem debatidos pelo grupo responsável pela formulação do futuro programa de governo.
O futuro da Petrobras, principal estatal brasileira também foi abordado durante as conversas. Campos criticou a condução dos trabalhos na companhia, disse que ela estava carente de “transparência” na política de preços e “sob interferências políticas”. ” A Petrobras é muito importante para o Brasil e precisa ser tratada com gala… é preciso profissionalizar a diretoria e proteger a empresa contra interferências políticas”, afirmou.
Eduardo Campos também voltou a defender a necessidade do resgate do planejamento estratégico, com um olhar de longo prazo para o Brasil na economia. “O Brasil tem um grande desafio, que é melhorar a produtividade da economia, com um olhar estratégico para o futuro, questionando o que queremos”, disse. Ele também defendeu a implantação da educação em tempo integral. O sistema foi implantado em algumas escolas pernambucanas na época em que ele foi governou o estado e deve ser usado como vitrine durante a campanha.
Outro tema abordado durante a entrevista foi o papel da ex-senadora Marina Silva, confirmada como pré-candidata a vice na chapa socialista. “Ela é muito respeitada dentro e fora do Brasil e vamos trabalhar juntos para fazer as mudanças que o Brasil deseja”, frisou.