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Biden próximo de eleição nos EUA. Trump reclama e promete judicializar

Publicado em Notícias por em 4 de novembro de 2020

Disputa entretanto é mais apertada que o esperado

Folhapress

Um dia que começou com Joe Biden esperando aplicar uma goleada no presidente Donald Trump terminou com o mundo inteiro sem saber quem será o próximo presidente americano.

E, embora a disputa continue em aberto, a análise dos estados nos quais a apuração ainda tem de ser concluída indica que o democrata segue como favorito nesta quarta (4) -mesmo que suas possibilidades de vitória tenham diminuído bastante desde o início do pleito.

A esperança de Biden de conquistar a Presidência rapidamente, ainda na noite de terça (3), esvaiu-se assim que a contagem indicou o triunfo do republicano na Flórida. A partir daí, o que se viu foi uma maré vermelha inicial, com o presidente vencendo uma série de estados-chave e, assim, mantendo suas chances de ser eleito. Foi um feito e tanto para alguém que chegou ao último dia de disputa com 10% de possibilidades de vitória.

Em parte, isso pode ser explicado pelo fato de que muitos estados contam o voto presencial -que favorece o republicano- antes dos votos antecipados, em sua maioria, democratas. Ao vencer no Texas, em Iowa e em Ohio durante a madrugada, Trump fez muitos apoiadores de Biden temerem uma repetição de 2016, quando foi eleito ao vencer na maior parte dos estados-chave, contrariando as pesquisas.

Os levantamentos, aliás, novamente subestimaram o voto no republicano, que teve mais apoio do que o esperado entre latinos no Sul e no geral no Meio-Oeste -região crucial para a vitória há quatro anos. Em todo o país, Trump tem atualmente 48,3% dos votos, mais de cinco pontos percentuais acima do que apontavam a média das pesquisas -Biden, com 50,2%, tem pouco mais de um ponto a menos do que indicavam as sondagens.

Importante lembrar que no sistema indireto que escolhe o presidente dos EUA quem define o vencedor é o Colégio Eleitoral, e não o voto popular. Nesse modelo, cada estado recebe um número de votos proporcional à sua população. A Califórnia, com 39,51 milhões de habitantes, por exemplo, tem direito a 55 representantes. A Dakota do Sul, com 884,6 mil, a 3. O vencedor em um estado leva todos os votos dele, com exceção de Maine e Nebraska, que dividem os delegados de maneira um pouco mais proporcional.

No fim do processo, é eleito quem conquistar mais da metade dos votos no Colégio Eleitoral -270 dos 538 votos possíveis. Assim, a senha para vencer é conquistar os estados onde a disputa é mais apertada. Este ano, 13 deles eram classificados dessa forma antes da votação, sendo que quatro já foram para Trump (os já citados Texas, Flórida, Ohio e Iowa), e dois, para Biden (New Hampshire e Minnesota).

Sobram, assim, sete, cujos resultados ainda estão sendo contabilizados -devido ao fuso-horário, o Alaska também não terminou sua apuração, mas ali Trump é amplo favorito. Dos sete, o republicano e o democrata têm uma vantagem clara em um cada um: Carolina do Norte para Trump, Arizona para Biden. Embora uma virada em ambos ainda seja possível, é pouco provável.

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