Afogados : Historiador tira página da cidade do ar, desabafa sobre descumprimento às leis e põe casa a venda
A página Afogadosdaingazeira.com, que reunia o maior arquivo histórico de Afogados da Ingazeira está desativada. A iniciativa de tirar o site do ar foi de seu criador, o historiador Fernando Pires.
Oficialmente, Fernando não explica o motivo da retirada da página. Mas em uma de suas publicações no mural da página – que ele também deverá desativar – Fernando relata motivos que seriam causadores da decisão e indignação :
Sou agredido, indiretamente – com termos baixos – em minha cidade, por defender a bandeira do Respeito e da Paz
Estive em Afogados, desde 15 de dezembro até ontem 2 de janeiro de 2014. Encontrei a cidade mais deteriorada do que da última vez (outubro) em que lá estive. Lastimável!
TAC – Termo de Ajuste de Conduta – Apesar das audiências públicas havidas, não vimos o mínimo do cumprimento do que ficou estabelecido. Nem o Ministério Público nem as Polícias fazem valer o poder da Justiça.
As infrações continuam, e em maior intensidade:
– Carros de Som – que parece uma disputa de quem agride mais os ouvidos das pessoas. Nem é necessário ter um decibelímetro (equipamento para se medir ruído). Além do que, prejudicam a fluidez do trânsito – que já é caótico – com baixíssima velocidade – quase parando – e no meio da pista.
– Carros Particulares – que mais parecem esses mesmos Carros de Som e que dá a impressão de que vão explodir como fezes de quem está com uma séria diarreia: “música da pior qualidade”. E, mais grave, ainda continuam a incomodar depois das 22h e até mesmo pela madrugada.
– Condutores irresponsáveis e inconsequentes que dirigem levando crianças no colo. Vi essa cena várias vezes, mas, a quem reclamar se a polícia está nas ruas e certamente vê essa aberração que, em ocorrendo uma colisão, é configurado crime doloso!
– Bares que invadem as calçadas, e sempre tem algum frequentador que se acha no direito de impor o seu gosto “musical”, ligando o som dentro da noite. Em Afogados da Ingazeira, há alguns anos, passou um delegado que fazia cumprir a Lei: repreendia o infrator e, se ele descumprisse, simplesmente o conduzia à delegacia, “apreendendo o equipamento”.
– Sinais de trânsito (semáforos e outros) – Não é necessário que se passe mais do que alguns minutos para se observar os apressadinhos/infratores.
– Eventos na Avenida Rio Branco – no dia 31 de dezembro e 1º de janeiro, fiquei em frente à casa da minha mãe até às 24h – afinal é lá que eu me hospedo, por motivos óbvios. Somos obrigados a receber essa agressão do poder público que de modo nada responsável autoriza essa aberração em área central da cidade. Logo mais será realizado mais um Arerê, também Encontro de Motociclistas e Carnaval. Tudo isso na Av. Rio Branco!… Falta sensibilidade ao Ministério Público!
Por que não concluem o Pátio de Eventos, onde se poderia juntar essas festas e os bares que infernizam as famílias e idosos de Afogados da Ingazeira?
Ainda estou indo à minha cidade natal porque tenho familiares e um imóvel. Lá não me sinto mais à vontade… mas, um estranho.