Waldemar Borges questiona se o PT está boicotando a cidade de São Paulo ou o estado da Bahia
“Todas as vezes que alguém do partido da presidenta Dilma falar na tribuna da Assembleia Legislativa sobre o dinheiro federal colocado em Pernambuco, quero que me diga o que está acontecendo na cidade de São Paulo, onde o prefeito do PT é avaliado como o pior do Brasil, ou no estado da Bahia, onde o governador tem apenas 4% de avaliação ‘ótima’ pelos baianos. É boicote? Não estão mandando recursos ou é incompetência dos gestores”? O questionamento foi feito nesta quarta-feira (05.02) pelo líder do Governo, Waldemar Borges, em resposta as declarações da bancada de oposição de que muitas das obras feitas em Pernambuco foram realizadas com verbas federais.
O parlamentar respondeu que todos recebem verbas federais. Ele explicou que a diferença é que dinheiro só rende na mão de quem sabe fazer as coisas acontecerem. “Primeiro , tudo é dinheiro do imposto do povo brasileiro. A Adutora do Agreste, por exemplo, está saindo do papel porque o governador Eduardo Campos tem uma equipe que está fazendo acontecer. Dinheiro federal é evidente que tem, como também tem estadual. Mas, fundamentalmente, é a gestão que faz a diferença, a competência e a capacidade de tirar as coisas do papel”, afirmou.
Borges também disse que ficava impressionado com a maneira como os integrantes do PT ficam nervosos frente ao debate que se quer abrir na nação. “Estamos abrindo um debate de conteúdo. Estamos abertos a discutir o nosso governo em todos os aspectos e vamos, sem nenhuma intimidação, sem apelar para agressões como aquela da página oficial do PT contra o Governador, continuar discutindo o Governo Federal presidido por Dilma, porque, diferente de Lula, ela não tem muito o perfil de debater as questões que não lhe são agradáveis. Com toda sua história, ela é velha na forma fechada de governar e como gestora está deixando, por exemplo, nossa Petrobras valer metade do que valia quando assumiu em 2011”, ressaltou.
“Vamos discutir sim o Pacto Federativo, os rumos da economia do país, a desvalorização das nossas mais importantes estatais. A gente quer abrir um debate sobre a equação financeira da saúde pública, na qual os estados e municípios tem que entrar com uma parte maior do que a federação, queiram ou não os que se julgam donos da verdade, essas e outras questões relevantes serão colocadas”, acrescentou.
O líder do Governo também falou que o impressiona o tom de ameaça dado pela oposição. “Fazer oposição, audiências, fiscalização tudo isso faz parte do exercício cotidiano de uma Casa como esta. Ao contrário do governo de Dilma, o nosso não se opõe a discutir absolutamente nada que diga respeito às políticas públicas que estão sendo aplicadas em Pernambuco”, concluiu.