Vereadores tem as mais variadas opções para 2014. Alguns não se arriscarão nem a subir em palanques
Augusto Martins vota em Eduardo pra Presidente, que não será apoiado por Zé Negão, que vota em Dilma e Armando, que Augusto também vai apoiar, mas não será seguido por Igor, que vai de Paulo Câmara e apoia Anchieta Patriota, que não tem o apoio de Augusto, que vota em Aline, mas deve apoiar o candidato do Prefeito pra Federal, que Igor também apóia, mas não será apoiado por Zé Negão, que vota em Zeca, mas decidiu-se por Dilma, que não será apoiada por Augusto, que vota em Eduardo, nem por Igor, que pode votar em Aécio. Entenderam ?
Os vereadores Augusto Martins (PTB), Zé Negão (PROS) e Igor Mariano (PSDB) estiveram no Debate das Dez da Rádio Pajeú defendendo as posições que terão nas eleições deste ano. Ficou evidente que a nova formatação política deste ano com a divisão entre Armando e Eduardo Campos causou situações curiosas.
Uma delas, do Presidente da casa. Augusto vai votar em Eduardo Campos para Presidente, Armando Monteiro para governador, João Paulo para o Senado, Aline Mariano para a Assembleia e espera a definição do prefeito José Patriota para definir seu Federal.
“Pode parecer salada, mas é fácil explicar. Desde o ano passado declarei que estaria com Armando por minha lealdade ao partido. Patriota sabe disso. Não sou simpático ao jeito de Fernando Bezerra Coelho de fazer política e apoio João Paulo. E por questão de cunho familiar, vou apoiar Aline, que é minha cunhada e faz um mandato propositivo em Recife”.
Já Igor Mariano diz que estará com Anchieta Patriota para Estadual, por compromisso firmado antes de Aline – que é de sua família – sair candidata. Seguirá ainda Paulo Câmara, Bezerra Coelho e o Federal que será indicado pelo Prefeito. E admite votar em Aécio para Presidente, mantendo o mínimo de fidelidade partidária.
Zé Negão (PROS) já tem todos seus nomes conhecidos : Dilma, Armando, João Paulo, Júlio e Zeca Cavalcanti. Apesar de aparentar ser o mais coerente politicamente dos três pela opção, teve que responder se seu apoio aos irmãos Cavalcanti tinha componente econômico. “Se eu fosse escolher por dinheiro estaria era com Paulo Câmara”, defende-se.
O debate gera situações tão curiosas que Augusto, por exemplo decidiu que não subirá em palanque de ninguém. “Vou fazer a campanha com meus amigos e aliados. Não tenho como subir no palanque de armando e pedir voto pra Eduardo nem subir no de Eduardo e pedir voto pra Armando”.
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