TCE aponta os prefeitos fichas-sujas de Pernambuco
Pelo menos um quinto de nossos atuais prefeitos está irregular junto ao Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE). Esta foi a constatação feita pela reportagem do JC, ao cruzar a lista com 1.624 nomes de gestores condenados (divulgada pelo órgão, no último dia 23) e a relação da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), que congrega as 184 prefeituras do Estado.
Os 35 prefeitos detectados cometeram infrações variáveis em algum período dos últimos oito anos, e esgotaram todos os recursos processuais possíveis dentro do TCE-PE. Isso leva a uma consideração assustadora: quando novos processos transitarem e forem julgados, outros nomes devem ser inseridos nesse rol.
Visitando o site do TCE-PE, adversários políticos e eleitores em potencial podem ver que Elias Lira (Vitória de Santo Antão) e Alexandre Martins (Terezinha) mantinham funcionários ativos que moravam fora de Pernambuco. Elias contratou pessoas já falecidas, e Alexandre pagou a servidores cujos CPFs pertencem a terceiros. Hely Farias (Rio Formoso) cometeu todas essas
irregularidades. E Aparecida Oliveira (Solidão) também fez tudo isso e ainda admitiu menores de idade. João Mendonça (Belo Jardim) contratou transporte escolar sem licitação, e Francisco Dessoles (Iguaracy) implantou caminhões para levar estudantes às aulas, alegando estradas ruins.
Eduardo Tabosa (Cumaru) falsificou propostas de preços e de assinaturas e pagou por serviços de perfuração de poços feitos com equipamentos da própria prefeitura. Jetro Gomes (Santa Maria da Boa Vista) foi obrigado a devolver valores gastos com combustível e locação de veículos.
Marquidoves Vieira (Lagoa do Ouro) foi acusado de desobediência à Lei da Responsabilidade Fiscal e às decisões do TCE. A lista na internet é provisória, e poderá ser modificada até o dia 05 de julho, segundo a legislação eleitoral.