Site do PT explora ajuda do governo federal durante greve da PM em Pernambuco
Do Diário de Pernambuco
A greve dos Policias Militares em Pernambuco terminou, mas as o Partido dos Trabalhadores (PT) não deixou o assunto passar em branco. Na manhã desta sexta-feira (16), o site oficial do partido colocou como um dos destaques a participação da Força Nacional e de tropas do Exército durante a crise da segurança no estado. A publicação destaca o pedido de ajuda do governador João Lyra Neto (PSB) a presidente Dilma Rousseff (PT). “A corporação já colocou militares de sobreaviso, caso seja preciso reforçar as tropas da Força Nacional”, reforça o texto da agência de notícias da legenda.
A reportagem ainda destaca a participação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Apesar do contigente das forças federais estar presente no estado desde a manhã da quinta-feira (15), enquanto durava a greve, o auxiliar da presidente Dilma só chegou ao estado às 16h. Vale ressaltar ainda que, enquanto os grevistas declaravam o fim da paralisação, que já tinha sido considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o mesmo ministro concedia uma entrevista coletiva na secretaria de Planejamento e Gestão ao lado do governador João Lyra Neto.
O senador de Pernambuco Humberto Costa, também do PT, reforçou a ajuda do governo federal durante a paralisação dos policiais no estado. Em um comunicado à imprensa, Humberto disse que o apoio do governo federal e a presença das Forças Armadas em Pernambuco foram fundamentais para o fim da greve no estado. “A presidente Dilma se dedicou pessoalmente para garantir a segurança. O empenho foi de todo o governo e o apoio foi dado desde o primeiro momento em que foi solicitado pelo governador João Lyra”, assinalou.
O desfecho da greve dos policiais e bombeiros militares em Pernambuco, no entanto, começou a ser costurado nos bastidores com a intervenção de deputados estaduais ligados ao governo, à oposição e à bancada independente. Desde quarta-feira (14), pelo menos duas reuniões foram realizadas a portas fechadas na Assembleia Legislativa do estado entre os parlamentares e a comissão que representa a categoria. Nessas conversas, a pauta de reivindicações foi apresentada, as garantias foram dadas e o acordo foi finalmente fechado.
A primeira dessas reuniões ocorreu ainda na manhã da quarta, depois que a Justiça decretou a ilegalidade do movimento. Como naquele momento o governo havia fechado o canal de negociações por conta da decisão, coube aos deputados o trabalho de mediar o debate. A reunião aconteceu no gabinete do presidente da Casa, Gulherme Uchôa (PDT). “A pauta foi aprovada, excetuando-se a questão do aumento salarial, por conta da legislação eleitoral. Mas, como os ânimos estavam acirrados, a proposta só foi levada à tropa hoje (ontem)”, explicou o deputado Alberto Feitosa (PR).