Prefeito do PSB acusa PTB de uso político em evento do Sesi
do JC Online
No dia em que o senador Armando Monteiro (PTB) cumpriu agendas em dois municípios administrados por prefeitos da base governista, o PSB preparou uma ofensiva para atacar o pré-candidato ao governo estadual. Na tarde e parte da noite dessa segunda (19), o petebista participou de inaugurações e assinaturas de ordens de serviço para reformas em unidades do Sesi em Ribeirão e em Moreno.
Correligionário de Paulo Câmara (PSB), o prefeito de Moreno, Adilson Gomes Filho, acusou o senador e a Federação de Indústria do Estado de Pernambuco (Fiepe) de fazerem uso político do ato.
Dilsinho, como o prefeito é conhecido, disse que desde o ano passado o senador é procurado para tratar da reforma do Sesi. O socialista afirmou que Armando Monteiro, que já foi presidente da instituição, nunca mostrou interesse em reestruturar a unidade de Moreno.
“O Sesi, que já está fechado há alguns anos, sempre foi um equipamento importante. Procuramos o senador, mas a assessoria dele sempre nos desestimulou. A área do Sesi já estava negociada com o Tribunal de Justiça de para um cartório eleitoral ou seria vendida para uma igreja. Agora estão anunciando a reabertura do Sesi. Não sabemos nem se é verdade. Está claro que é uso eleitoral. Se não fosse assim, a Federação não iria fazer um evento e não convidar representantes da prefeitura, só porque o prefeito não vota nele”, acusou o socialista.
O presidente da Fiepe, Jorge Corte Real, que também é deputado federal pelo PTB e concorrerá à reeleição, descartou que o evento tenha sido usado como ato político pelo partido. “É um evento corriqueiro. São ações do Sistema (o chamado Sistema S) que não têm nada a ver com campanha”, explicou.
Jorge Corte Real disse, ainda, que irá analisar se o nome do prefeito Adilson Gomes Filho não constava na lista de convidados do evento. “Nossa orientação é convidar autoridades dos municípios, como prefeitos e vereadores. Vou pedir para verificar o que ocorreu”, acrescentou.