Postos da Polícia Rodoviária Federal em Pernambuco apresentam problemas de estrutura
Em Pernambuco, segundo levantamento do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais no Estado, 75% tem rachaduras; 75% tem infiltrações e 83% tem problemas elétricos.E vem aí mais um feriadão, com a Semana Santa, quando aumenta o fluxo de veículos nas estradas.
A Federação da Polícia Rodoviária Federal realizou vistorias nos postos da PRF de todo o Brasil, inclusive os de Pernambuco, com o apoio do Sindicato da categoria. As visitas foram realizadas no mês de março e está em fase de finalização. Os dados servirão como base para estudo, objetivando, especialmente, verificar o motivo da alta mortalidade desses profissionais, cuja média de vida é 56 anos.
Segundo o presidente do SINPRFPE, Frederico França, o mutirão já fiscalizou unidades de vários estados do Brasil. No nordeste a situação encontrada é bem difícil. As condições encontradas nas unidades do estado pernambucano são muito precárias. Foram encontrados postos em que nem água encanada há, e muitas vezes, onde existe é imprópria até para tomar banho. Os locais que estamos vistoriando estão muito aquém das necessidades mínimas para um trabalho digno.
Foram visitados os postos de Rajada, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó, Salgueiro, Serra Talhada, Cruzeiro do Nordeste, Moreno, Gravatá, São Caetano e Garanhuns, Igarassu, BR 101 (Cidade Universitária) e Cabo. O único posto que passou pela avaliação e teve resultado positivo foi o de São Caetano.
Na grande maioria, a triste realidade: banheiros em péssimas condições de funcionamento, paredes rachadas, fungos, ar condicionado danificado, falta de água ou água de carro pipa (fornecido pelas prefeituras) o água de poço contaminada, e alto ruído (todos os postos tiveram o volume de som externo e interno medidos).
Além disso, em diversos postos, há um excesso de veículos abandonados, favorecendo o acúmulo de lixo e bichos nocivos como ratos, baratas, escorpiões e mosquitos da dengue. Em algumas regiões, a incidência de policiais com dengue é altíssima. A água também está contaminada. De cinco amostras já concluídas, apenas uma não está com cloriformes fecais e bactérias.
