Na Bahia, Lula volta a atacar ‘as elites’
do JC Online
Em dois eventos na Bahia, nesta segunda-feira (12) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que pretende manter o discurso adotado pelo PT nas últimas eleições para tentar garantir a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Lula atacou “as elites”, que para ele “estão incomodadas” por “ter de repartir o bolo”, e não poupou a imprensa.
O ex-presidente participou do evento de inauguração do campus Bahia da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) São Francisco do Conde, a 67 quilômetros de Salvador. Na capital, foi a estrela do evento de anúncio da coligação que vai apoiar o candidato governista, Rui Costa (PT).
Lula defendeu tanto o governo Dilma quanto a gestão da Petrobras alvo de denúncias de possíveis irregularidades administrativas, e atacou a oposição. “A única coisa que eles sabem fazer é acusação”, disse, entre aplausos entusiasmados de petistas e integrantes de partidos aliados, em Salvador. “Eles esquecem de dizer que, quando eu cheguei à Presidência, a Petrobrás valia US$ 15 bilhões no mercado de ações. Eles agora dizem que a Petrobras caiu, mas ainda assim a Petrobras vale US$ 98 bilhões.”
Balela – Direta e indiretamente, o ex-presidente também criticou os candidatos de oposição a Dilma. Um dos lemas da campanha do presidenciável do PSDB, Aécio Neves, o chamado “choque de gestão”, por exemplo, foi chamado de “balela” por Lula. “É a maior balela que já ouvi neste país”, ironizou. “Toda vez que alguém fala em choque de gestão, o resultado é corte de salário e dispensa de trabalhador.”
Além disso, Lula alfinetou os avanços apontados por Neves em Minas Gerais, Estado que governou, e pelo pré-candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, em Pernambuco. “É só ver quem são nossos adversários e ver qual a política social que eles fizeram nos Estados, para ver se não tem um dedinho do governo federal”, argumentou. “Quem cuida dos pobres em Minas Gerais? É o governo federal. E em Pernambuco? É o governo federal. Ninguém é tolo de acreditar que quem não fez em 500 anos vai fazer agora.”