“Houve um descuido das autoridades”, afirma Vitalino Patriota sobre tempo sem cerco às motos irregulares. Ele defende um só perdão do Estado.
O DETRAN-PE concluiu nesta quarta-feira (19) a remoção de 275 motocicletas apreendidas que se encontravam no pátio da 24ª CIRETRAN de Afogados da Ingazeira.
Todas as motos que foram levadas para o Coliseum Leilões em Vitória de Santo Antão, possuíam placas de outros estados, permanecendo somente na 24ª CIRETRAN, as motos com placas de Pernambuco.
Há informações de que o governador Eduardo Campos, assinará um decreto isentando alguns débitos e facilitando a retirada dos veículos por parte dos proprietários.
Para entender melhor o porque de só algumas motos terem sido levadas e debater sobre a possibilidade do perdão de algumas dividas, hoje (20) nos estúdios da Rádio Pajeú, o coordenador da 24ª CIRETRAN Vitalino Patriota.
Vitalino disse que foram levadas as motos com placa de outros estados para o Coliseum, mas que as últimas possuíam placa do estado de Pernambuco sendo que do agreste, zona da mata e capital.
Vitalino também informou que os carros com mais de noventa dias, também serão levados, porque os veículos que são apreendidos não podem ficar por mais de noventa dias na CIRETRAN.
Vitalino disse que antiga diretoria do DETRAN não olhou para esta questão o que acabou prejudicando o trabalho da 24ª CIRETRAN, mas que agora a nova diretoria está procurando fazer o que é certo e colocar as coisas nos devidos lugares.
Vitalino disse que ultimamente tem sido um período de tribulações, por conta das inúmeras tentativas de furtos a motos dentro do pátio do órgão.
Vitalino disse que ainda não é oficial, mas que a meta do governo estadual é isentar alguns impostos para que as pessoas possam ir retirar suas motos, mas que isso não pode ser feito de qualquer forma, pois o estado não pode abrir mão de receita o que seria um crime administrativo, tendo que então ser feito um projeto para entrar em votação na Assembleia Legislativa.
Vitalino disse que em conversa com o secretários das cidades, Anchieta Patriota, o mesmo lhe disse que o processo está em andamento e por isso que as motos com placas do estado continuaram no pátio mesmo tendo mais de noventa dias que foram apreendidas, pra ver se conseguem resolver.
Em relação a qual seria o perfil do maior número de motos apreendidas, Vitalino disse que tem de todos os tipos, motos compradas em leilão que não poderiam rodar, moto pinada, com vários anos de documento em atraso e disse que nesse último caso, mesmo que consiga atualizar ainda vai ter problemas pois muitos não possuem o recibo e não sabe onde mora a pessoa cujo o nome está no documento.
“Quem não registra não é dono”, disse Vitalino, citando uma frase comum em cartórios.
“Houve um descuido das autoridades, porque desde que foi criada a lei de trânsito, tá escrito que você só pode dirigir um veículo se for habilitado, o veículo só pode circular com o documento em dia, então porque ficou tanto tempo sem haver uma fiscalização, sem haver uma cobrança dessa obrigação do proprietário”, disse Vitalino.
Vitalino disse que este fato gerou um grande problema, porque muitas pessoas passaram a entender que uma moto é uma bicicleta e muita gente levou na brincadeira, achando até que nunca iria ter problemas.
Vitalino disse que é corriqueiro receber telefonemas de pessoas revoltadas, muitas vezes até grosseiras, por não ter conhecimento que se alteram por conta do prejuízo que tiveram e que geralmente são pessoas que venderam alguma coisa para comprar a moto e acaba perdendo por conta da irregularidade.
Vitalino disse que acha que se as autoridades continuarem com a fiscalização e acompanhando atentamente, em poucos anos esse problema deve acabar, já que quem for comprar uma moto ou um carro já vai sabendo que o documento é caro e que tem que ser renovado de ano em ano, assim como também a habilitação.
Vitalino disse que se for olhar os documentos das motos apreendidas que estão no pátio da CIRETRAN hoje, ele (Vitalino) acredita que pouquíssimas serão regularizadas e devolvidas aos donos.
Os ouvintes da Pajeú ficaram divididos, alguns protestaram de forma veemente contra o perdão alegando que isso incentivaria a impunidade, outros defenderam para alguns casos específicos e outros apoiaram dizendo que o perdão ajudaria a muitas pessoas que tiveram suas motos apreendidas e não tem condições de regularizá-las.
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