Fifa diz que não pediu R$ 1,1 bi em isenções para Copa, governo se esquiva
Do Uol Esporte
A Fifa publicou em sua página na internet uma carta aberta em inglês com o título “Setting the record straight” — expressão similar ao “colocando os pingos nos ‘i’s” brasileiro — onde rebate críticas relacionadas à organização e exigências da entidade para a Copa no Brasil, e diz que nunca obrigou o governo federal a conceder uma “isenção fiscal geral para patrocinadores e organizadores” nos moldes do que foi feito no país.
O Ministério do Esporte evitou polemizar, disse que não é bem assim mas ficou em cima do muro.
De acordo com o documento que não foi refutado frontalmente pelo Ministério, a isenção fiscal concedida a patrocinadores e parceiros da Fifa na realização do Mundial — assim como às construtoras dos 12 estádios da Copa e a ampla extensão do benefício, por exemplo — teria sido uma liberalidade do governo brasileiro. De acordo com número inédito do TCU (Tribunal de Contas da União), o total das renúncias na arrecadação de impostos que caberiam à Fifa, suas parceiras, empreiteiras e afins na realização da Copa chega a R$ 1,1 bilhão no período de 2010 a 2014 — apenas em impostos federais.
A entidade diz que dos cerca de US$ 2 bilhões que gasta na organização da Copa, metade é gasto no Brasil, adquirindo serviços e produtos nacionais, e que estudos do governo brasileiro indicam que a Copa irá movimentar cerca de US$ 27 bilhões na economia.