Eduardo defende CPI na Petrobras
do JC Online
Depois de criticar a gestão da Petrobras nos últimos anos, sobretudo no governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o governador-presidenciável Eduardo Campos (PSB) afirmou, ontem (24), que é preciso uma análise mais profunda sobre as últimas denúncias que envolvem a estatal. Possível adversário de Dilma, o socialista defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), caso as possíveis irregularidades não sejam esclarecidas pelos representantes da Petrobras.
Há duas semanas, parlamentares do PSB contribuíram com assinaturas para convocação da presidente da estatal, Graça Foster, para prestar esclarecimentos sobre a empresa no Congresso Nacional. Eduardo ainda destacou que o Ministério Público já foi acionado para levantar possíveis irregularidades envolvendo a empresa.
“A Petrobras já sofreu demais, perdeu metade do seu valor, teve seu endividamento multiplicado por quatro e precisamos de uma visão central para defender a maior empresa pública que o Brasil tem. Caso esses esclarecimentos não sejam suficientes, vai ser o caso de se pedir uma CPI”, disse o presidenciável.
A declaração veio no dia em que o jornal O Estado de S.Paulo trouxe a informação de que a estatal teria arcado com uma dívida bilionária que deveria ser paga pelo governo da Venezuela à Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Na semana passada, quando o caso da compra da refinaria Pasadena, no Texas (EUA), veio à tona, o socialista fez inúmeras críticas à gestão Dilma. Eduardo questionou o fato de a empresa ter apresentado complicadores econômicos justamente durante o governo da petista. Ontem, porém, o presidenciável disse que a questão não pode ser tratada com caráter eleitoral.
“Nós queremos tratar dessa questão com muita tranquilidade, não queremos eleitoralizar esse debate. Por outro lado, não podemos ficar sem respostas adequadas. A cada dia é uma surpresa, uma notícia diferente. Que se faça todos os processos de esclarecimentos que estão disponíveis, seja por meio do Ministério Público, do Parlamento ou imprensa. O que a gente quer é a verdade”, afirmou o governador.