Eduardo Campos diz que posição do PSB em São Paulo não está definida
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), virtual candidato à Presidência da República, negou que o partido teria batido o martelo e desistido de apoiar à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nas eleições deste ano. “Temos até o dia 30 de janeiro, estamos fechando o documento de referência do programa, as diretrizes programáticas, como estava previsto”, declarou na manhã desta segunda-feira (13) após o anúncio do calendário de pagamento dos servidores do estado em 2014. Em São Paulo, lideranças ligadas a ex-senadora Marina Silva desejam que o PSB lance uma candidatura própria.
“Só depois de fechado esse documento, íamos tirar um documento sobre a tática eleitoral, a tática tem que responder ao conteúdo. Deve ser ao longo de fevereiro. Para depois, descer para os estados munidos das diretrizes do programa, para discutir estado a estado. Não temos a pretensão de resolver todos os estados da forma que desejávamos resolver, nem necessariamente vamos ter consenso em todos os estados”, completou o governador, ao assinalar que está ouvindo e debatendo com partidos como o PPS e o PPL na construção do conteúdo programático.
Por telefone, o deputado federal Márcio França (PSB-SP) também desconversou sobre a decisão em São Paulo. “Quem fala sobre (a decisão) o PSB é o governador (Eduardo Campos). O resto é fofoca. Da minha parte, eu não soube da tomada desta decisão”, disse ao Diario. O parlamentar é um responsáveis pela articulação do partido com o PSDB em São Paulo, tendo seu nome cotado para vice numa composição com o governador Geraldo Alckmin. Depois da entrada de Marina Silva no PSB, que está “embarcada” na legenda com o grupo da Rede Sustentabilidade, a aliança começou a ser contestada.
O governador também falou sobre a sucessão estadual. Nos bastidores, fontes do PSB informaram que a escolha do nome do candidato ao governo de Pernambuco pelo o partido será tomada no próximo mês. Entre os favoritos, o atual secretário da Fazenda Paulo Câmara, cuja “torcida” na legenda teria aumentado desde o começo do ano. Ele estaria disputando a indicação com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar. “Aqui o fato é o seguinte, eu não comecei as conversas com nenhum partido, com ninguém do meu partido e a data que vai terminar as conversas, tudo mais são chuvas de verão, eu não conversei com ninguém… porque não é o tempo de conversar, é o tempo de cuidar da gestão”, desconversou.