Eduardo Azeredo vai renunciar ao cargo de deputado, diz assessoria
Do G1
A assessoria de imprensa do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) disse que o parlamentar vai renunciar ao mandato nesta quarta-feira (19). O filho do deputado, Renato Azeredo, viajou de Belo Horizonte para Brasília para entregar a carta de renúncia ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. O teor da carta e o motivo da renúncia não foram divulgados.
No dia 7 deste mês, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) as alegações finais do processo do valerioduto tucano, também conhecido como mensalão mineiro. No documento, Janot sugere a condenação do deputado federal Eduardo Azeredo a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Na ação, o deputado Eduardo Azeredo (PSDB) é acusado de peculato e lavagem de dinheiro por supostamente se associar ao grupo de Marcos Valério para o desvio de verbas e arrecadação ilegal de recursos para a campanha eleitoral do PSDB para o governo de Minas em 1998.
Em nota enviada no dia 7 de fevereiro, a assessoria do deputado reiterou inocência. “O teor das alegações finais da Procuradoria Geral da República ainda é desconhecido. O deputado Eduardo Azeredo manifesta sua confiança no Supremo Tribunal Federal, que decidirá ouvindo também as alegações da defesa. Manifesta ainda total estranheza com a contradição entre o relatório da Procuradoria e as provas apresentadas ao processo. Azeredo reitera sua inocência com relação às acusações e espera que as questões sejam esclarecidas o quanto antes. Reforça que não houve mensalão, ou pagamento a parlamentares, em Minas Gerais e que as questões financeiras da campanha de 1998, alvo da ação penal que tramita no STF, não eram de sua responsabilidade. Reafirma ainda que a aquisição de cotas de patrocínio por estatais mineiras, também questionada, não é da alçada de um governador de Estado e não houve sua a determinação para que ocorresse.”