Campos fala pela primeira vez como nome do PSB à Presidência. “Vemos o País perder seu rumo estratégico”, em alusão a Dilma
O ex-governador Eduardo Campos abriu agora a pouco seu discurso no lançamento de sua candidatura à Presidência da República, em Brasília, após a esperada confirmação de Marina Silva como sua candidata a vice.
Segundo Eduardo, “Em 2010, uma polarização deixou o povo com pouca margem para fazer escolhas”, fazendo referência ao embate entre o PT e o PSDB. Segundo Campos, não se debateu o Brasil. “Agora, vemos o País perder seu rumo estratégico”, completou, criticando a gestão da Presidência Dilma Roussef.
O governador fez uma saudação especial à ex-senadora Marina Silva, como já esperado, anunciada como candidata a Presidente. “Você estará ao meu lado lado não somente na campanha, mas no governo”, disse para Marina Silva.
Campos afirmou também que o Brasil não quer um gerente, e sim uma liderança. “É hora do País construir um novo diálogo com a sociedade”.
Segundo ele é preciso pensar na inovação não como um discurso, mas sim como uma prática. “O diagnóstico é corrente nas ruas. O Brasil parou. Nós não podemos deixar o povo brasileiro desanimar da sua luta”, defendeu.
Eduardo remontou que a Rede Sustentabilidade não conseguiu o registro partidário, em 2013, mas, levado por Marina, o movimento encontrou um caminho de seguir discutindo o País, seus compromissos e a construir um caminho ao seu lado com esse horizonte.
“Sua atitude naquele instante, de não deixar se abater, é que nos permitiu estar aqui hoje. Para construir um novo Brasil. O gesto da Rede ganhou o coração do PSB. Esses são compromissos de vida. Ao meu lado, você (Marina Silva) não estará só na campanha, mas no meu governo”, prometeu Campos.
“Eu e Marina queremos, como cada um de vocês, construir um Brasil com ânimo, otimismo, capacidade de sonhar e de realizar.”, afirmou.
Apoios : No evento do PSB, o presidente do PPS, Roberto Freire, oficializou o apoio a Campos e Marina e afirmou que o anúncio da chapa “qualifica” a candidatura do pernambucano na corrida presidencial deste ano. “Hoje estamos aqui, em um evento como esse, definindo uma vice [Marina Silva] que não é para fazer composição, que não está aqui pelo tempo de TV, mas que qualifica a candidatura de Campos”, disse Freire.
O PPL também se uniu à “aliança programática”. O PDT, que em algumas unidades da federação articula apoio ao partido mas não formalizou aliança nacional, contou com representantes de peso na cerimônia, como os deputados Cristovam Buarque (PDT-DF) e Pedro Taques (PDT-MT). Cristovam discursou no evento do PSB para apoiar a pré-candidatura.