Após denúncia, deputado petista André Vargas pede licença da Câmara
Bruna Borges e Fernanda Calgaro
Do UOL, em Brasília
O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, pediu uma licença não-remunerada da Casa na tarde desta segunda-feira (7). O deputado é investigado por seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso desde 17 de março, durante a operação Lava-Jato da Polícia Federal, suspeito de participar de um esquema de lavagem de dinheiro, remessa ilegal de dólar e financiamento ao tráfico de drogas.
Segundo a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara, a licença é de 60 dias por “interesse particular”. Cada parlamentar tem direito a tirar 120 dias por ano deste tipo de licença, que é prevista na Constituição. A de Vargas termina em 5 de junho. De acordo com o regimento interno, só são convocados suplentes quando o deputado se licencia por mais de 120 dias. Por isso, nenhum parlamentar assume o mandato no lugar de Vargas.
No ofício em que solicita a licença, Vargas se coloca “à disposição da Casa para quaisquer esclarecimentos”. O salário do deputado é R$ 26,7 mil, valor que ele não receberá nesses dois meses.